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Marco A. Birnfeld

Marco A. Birnfeld

Publicada em 08 de Abril de 2024 às 20:58

Mulheres médicas serão maioria na profissão em 2024

DEPOSIT PHOTOS/divulgação/EV/JC
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Marco Antonio Birnfeld
Tal como já acontece há quatro anos na advocacia brasileira (crescente presença do gênero feminino na profissão), as mulheres passarão a ser maioria no exercício da Medicina ainda em 2024. Nova edição da pesquisa Demografia Médica, do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que 49,92% dos/das profissionais são mulheres. Isso acontece pela primeira vez na história do Brasil. De acordo com dados atualizados até janeiro deste ano, os homens somam 50,08% do total. Em 1990, somente 30% dos médicos brasileiros eram do sexo feminino. Há localidades do País em que as mulheres já são maioria, como na cidade de São Paulo: ali elas constituem 51,04% da força trabalho da profissão, com 39.721 profissionais.
Tal como já acontece há quatro anos na advocacia brasileira (crescente presença do gênero feminino na profissão), as mulheres passarão a ser maioria no exercício da Medicina ainda em 2024. Nova edição da pesquisa Demografia Médica, do Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que 49,92% dos/das profissionais são mulheres. Isso acontece pela primeira vez na história do Brasil. De acordo com dados atualizados até janeiro deste ano, os homens somam 50,08% do total. Em 1990, somente 30% dos médicos brasileiros eram do sexo feminino. Há localidades do País em que as mulheres já são maioria, como na cidade de São Paulo: ali elas constituem 51,04% da força trabalho da profissão, com 39.721 profissionais.
Segundo o CFM, a ligeira vantagem masculina atual no cenário nacional será superada neste ano porque, desde 2009, as mulheres já são maioria entre as egressas das faculdades médicas. Entre os profissionais médicos com menos de 40 de idade, elas são 58%. E considerando apenas os médicos que ingressaram no mercado no ano passado, 60% eram do sexo feminino.
Especialistas e representantes da categoria destacam que a mudança no perfil dos médicos brasileiros tem repercussões também para os pacientes. Em estudo divulgado nesta segunda-feira, 8 de abril, o CFM ressalta que a evolução na composição de gênero na Medicina "traz novas perspectivas e abordagens para o atendimento à saúde, potencialmente enriquecendo a profissão com experiências e habilidades diversificadas".
Com relação às áreas de especialização - embora haja um equilíbrio de gênero no número total de médicos brasileiros - há especialidades que ainda mantêm amplo predomínio feminino ou masculino. Estudo de 2023 conduzido pela Associação Médica Brasileira (AMB) mostrou que, em dermatologia, pediatria e endocrinologia, as mulheres somam mais de 70% dos especialistas. Mas em áreas como urologia, ortopedia e neurocirurgia, os homens representam mais de 90% dos profissionais. Além disso, apenas 25% dos médicos que atuam em especialidades cirúrgicas são do sexo feminino. Os cargos de liderança ainda são ocupados majoritariamente por homens. Na conjunção, médicas - mesmo que tenham boa formação e títulos acadêmicos - ainda relatam sofrer desconfiança e preconceito.
A uma pesquisa feita pelo Research Center, núcleo de pesquisa da brasileira Afya, com 254 médicas brasileiras, 40% das participantes relataram já ter sofrido assédio moral de colegas, chefes, pacientes ou familiares destes. Das entrevistadas, 36% relataram ainda ter enfrentando desconfiança ao dar um diagnóstico. Em um dos depoimentos, uma médica contou, sob anonimato: "Faço visita como intensivista e sempre me perguntam a que horas o doutor vai passar." A empresa Afya, com sede em Nova Lima (MG), é uma companhia de capital aberto, com ações negociadas na bolsa de valores Nasdaq nos EUA desde 2019. Ela é dona de 30 faculdades de Medicina brasileiras. E a palavra afya é originária da língua swahilli da Tanzânia (África) que significa "saúde".
 

O rol das alturas

Os mais gastadores foram Mauro Vieira (Relações exteriores, com dispêndios que chegaram a R$ 1 milhão. Mais: Carlos Fávaro (Agricultura), R$ 542 mil; Nísia Trindade (Saúde), R$ 402 mil; Juscelino Filho (Comunicações), R$ 385 mil); Alexandre Silveira (Minas e Energia), R$ 365 mil.
Isso sem falar nos ministros do Supremo. Mas os campeões, mesmo, de viagens internacionais foram Lula & Janja. Em um ano, o governo gastou R$ 1 bilhão com viagens. Só para giros internacionais foram destinados R$ 164 milhões.

Ressurreição do morcego

Após ter sido o nome central do documentário "Morcego Negro", o empresário e "assessor especial" PC Farias voltará às telas dos cinemas no próximo ano. A produtora carioca Black Bean Filmes comprou do jornalista Mário Sérgio Conti os direitos do livro "Notícias do Planalto". O filme exibirá facetas da vida do tesoureiro de Fernando Collor (mandato de 15/03/1990 a 29/12/1992) e será lançado em 2025. A produtora já busca um ator que interprete o cinquentão personagem central.
O alagoano Paulo César Siqueira Cavalcante Farias (20/09/1945 - 23/07/1996) ganhou notoriedade por atuar como chefe da campanha de eleição de Fernando Collor de Mello. E... por seu envolvimento na corrupção. Esta levou ao impeachment do então presidente da República. As circunstâncias controversas em que PC foi assassinado nunca foram esclarecidas.

Números, contrastes e longevidade

De acordo com os resultados do Censo 2022, desde então o Brasil tem oficialmente mais mulheres do que homens. Na ocasião, 48,5% dos brasileiros eram eles e 51,5% eram elas. Tal significa existirem cerca de 6 milhões de pessoas do sexo feminino a mais. Uma baita diferença!
Como o Conselho Federal da OAB mantem uma excelente estatística atualizada, foi possível saber nesta segunda-feira os números atualizados da advocacia até sexta-feira, 5 de abril. As advogadas brasileiras são 715.258; os advogados, 672.052.
No RS (com 97.131 inscritos/as), a advocacia masculina só predomina na faixa etária dos "60 anos ou mais": nesta eles são 22.219; elas, 14.268. Ao mesmo tempo, na faixa dos 26 aos 40, o gênero feminino impõe uma "goleada" de 37.616 a 18.594. A diferença aqui é de 22.587 mulheres a mais.
 

Riquíssima

Neta de um dos fundadores da multinacional catarinense WEG, a jovem brasileira Livia Voigt está em primeiro lugar da lista da Forbes das maiores riquezas do planeta. Aos 19 de idade, ela é a menos longeva, mas já tem um patrimônio de US$ 1,1 bilhão. Uma montanha de R$ 5 bilhões e 500 milhões pra ninguém botar defeito.
Uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo, a WEG - com sede em Jaraguá do Sul (SC) - é conhecida como "fábrica de bilionários" por manter um perfil acionário familiar que beneficia herdeiros diretos dos fundadores Eggon da Silva, Geraldo Werninghaus e Werner Ricardo Voigt. Os três já são falecidos.

As aparências enganam...

A Ritter Alimentos S. A., com sede em Cachoeirinha (RS), terá que indenizar a paulista Kiviks Marknad Indústrias Alimentícias. Tal porque a empresa gaúcha copiou o formato da embalagem da concorrente, que é a fabricante das geleias Queensberry. Segundo a sentença, tal conduta macula o princípio da livre concorrência, previsto no artigo 170, inciso IV, da Constituição. O juiz João Guilherme Ponzini Marcondes, da 5ª Vara Cível de Barueri (SP), condenou a ré a interromper a venda de suas geleias em potes "tridimensionais", utilizados com anterioridade pela autora da ação indenizatória.
Conforme o julgado, "a concorrente desleal faz uso do prestígio de outro produto, ao se assemelhar a este exteriormente". Mais: "A ré pretende captar o consumidor não somente pela identificação total, mas pela disposição favorável criada pela impressão de similitude na psique do consumidor, de que a semelhança externa deve corresponder a uma semelhança interna". A indenização por danos materiais será apurada em sede de liquidação de sentença. Não há trânsito em julgado. (Proc. nº 0019026-91.2011.8.26.0068).

Lá vão eles...

Com direito a se deslocarem em aviões da FAB para seus périplos a trabalho, ou por razões de segurança, etc., os ministros têm, geralmente, aeronaves à disposição. Na prática não é bem assim. Às vezes, eles viajam em voos comerciais.
Em 2023, as 38 excelências da Esplanada fizeram 1.300 voos pelo Brasil. Custo total dos bilhetes aéreos: R$ 7 milhões.

Bom pra ela$...

Nove das 16 empresas estrangeiras envolvidas em trampas financeiras com a Petrobras - todas elas nas entrelinhas da Laja-Jato - voltaram a fechar negócios com a estatal. Em ordem alfabética: Keppl Fells, Maersk, Mitsubishi, Rolls Royce, Semcomb Marine, Saipem, Technip, Toshiba e Toyo Setal.
São três japonesas, duas singapurenses, uma italiana, uma francesa, uma dinamarquesa e uma britânica. Em variados tipos de contrato, R$ 38 bilhões estão de "$aída" do Brasil. Aliás, saída.

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