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Começo de Conversa

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2022 às 19:55

As obras do Cine Imperial


FERNANDO ALBRECHT/ESPECIAL/JC
O tapume é bonito, mas o que está por trás é feio. A obra do século é a revitalização do prédio que abrigava os cinemas Imperial e Guarani. Havia (ainda há?) o Projeto Monumenta com o apoio da Caixa Econômica Federal, que começou as obras internas, que depois foram abandonadas. Mesmo antes da pandemia, passava um carrinho de mão de pedreiro uma vez por mês. É outra cárie no Centro Histórico de Porto Alegre.
O tapume é bonito, mas o que está por trás é feio. A obra do século é a revitalização do prédio que abrigava os cinemas Imperial e Guarani. Havia (ainda há?) o Projeto Monumenta com o apoio da Caixa Econômica Federal, que começou as obras internas, que depois foram abandonadas. Mesmo antes da pandemia, passava um carrinho de mão de pedreiro uma vez por mês. É outra cárie no Centro Histórico de Porto Alegre.

Antes dos tempos ferozes

Há uma febre saudosista no ar, mercê destes tempos bicudos em que vaca não reconhece terneiro. Tudo que vemos e tocamos é produto de modernismo sem alma e DNA de petróleo, aquela coisa viscosa que mata tudo em que repousa.
Temos saudades do sanduíche aberto de respeito, da Grapette e da Laranjinha, do pernil com molho do Matheus, da picanha do Rancho Alegre, da pizza do El Molino, do croquete da Caverna do Ratão, do sanduíche aberto dos bar-chopes, dos sapatos Samello, Clark e Terra. Até das fedorentos camisas Volta ao Mundo e das blusas banlon, da capa Tropeiro e das gurias que ficavam na frente da Sloper na Rua da Praia.
Saudades dos cinemas Cacique, Imperial, Guarani e Rex. Dos filmes com finais felizes, sem o ranço social. Das bombenieres que vendiam Bastão de Leite com sabor de amêndoas torradas, do bauru de lombo de porco do Centro Esportivo*, do cachorro-quente do Zé do Passaporte, e até do pastel da Rodoviária.

Bons tempos em que viajar para a praia pela antiga
RS-030 com cartão de controle de velocidade em Gravataí, viagem que era metade da diversão com direito ao sonho de Santo Antônio da Patrulha. Das lagoas entre as dunas de Tramandaí, dos meninos gritando "puxá puxá!", do chope da Taberna do Willy, das noites com o coaxar dos sapos pedindo chuva, dos vaga-lumes que a criançada botava em vidrinhos, dos pé-de-moleque, do cheiro da maresia que se sentia a quilômetros da praia, de curtir os carros entrando no braço morto de Imbé. Da vida entre o mar e o bar, das noites enluaradas sem vento que queríamos eternas, segurando a mão da namorada, dos bailes de rosto colado sob o olhar severo dos pais da moça, dos ataques furtivos entre a calçada e algum canto da casa, carícias que nos enlouqueciam e faziam as mães desmaiar se vissem a cena.

Éramos jovens então. E o mundo não era hostil e as pessoas davam bom dia e o ranço ideológico era coisa de mal-amados e dos que nasciam de mal com o mundo, das discussões ferozes entre comunistas e capitalistas que ao cabo terminariam com o aval de chopes na noite. Tínhamos tristezas também, mas o tempo as curava.
Pela frente, esperanças; para trás, as desesperanças.
O tempo passou e hoje as esperanças é que ficaram para trás.

Nova diminuição

Pesquisa do Poder Data mostra nova diminuição da diferença entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) na disputa ao Planalto. O ex-presidente está com 41% e o atual mandatário tem 31% nas intenções de voto. Há um mês, a diferença era de 14 pontos.

Enquanto isso...

...Sergio Moro (Podemos) dá indicativos de que está bem ciente de que marca passo, não sai dos 8% ou 9%. Simone Tebet (MDB) também está imexível. Em geral, as candidatura estão letárgicas.

Arruaceiros do clima

Há 40 anos, o Rio Grande do Sul passou por uma estiagem dos infernos, como a de hoje. Foi a primeira vez que a imprensa falou no La Niña, moleca velha conhecida pelos países com costa no Pacífico colonizados pelos espanhóis. Em 1983, houve enchentes devastadoras, então, nos apresentaram o El Niño.

A cidade e seus defeitos I

A falta dos agentes de fiscalização de trânsito em Porto Alegre, ausência que já vem de antes da pandemia, possibilitou a desobediência civil em larga escala. Faixas de segurança são ignoradas - inclusive pelo pedestre -, sinal vermelho idem, motoboys fazem gato e sapato e não estão nem aí. A última deles é trafegar na faixa dos ónibus na contramão.

A cidade e seus defeitos II

Como das outras vezes que a página falou deles, a EPTC responderá que fiscaliza, sim. É resposta protocolar, significando nada. Diga-se que nem todas secretarias tem esse comportamento, mas em assuntos mais delicados que digam respeito às mudanças de comportamento, a resposta é vaga. É o mal do serviço público, reconhecer que está devendo.

Diário dos Erros

Há décadas, o colunista vem sugerindo que os prefeitos tomem o seguinte providenciamento: peguem uma parte dos jornalistas da assessoria de comunicação e os mandem para as ruas para voltar à tardinha com um "jornal" do que encontraram de errado, não o que está eu funcionando bem, e o coloquem na tela do alcaide.

Hackers na urna

O ministro Edson Fachin, prestes a assumir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou seu temor com a ação de hackers sobre o próximo processo eleitoral com as urnas eletrônicas. Mas, espera aí, as urnas não são invioláveis, bordão repetido ad nauseum? Não são independentes da internet? Essa é a pergunta que o leigo faz. Sabemos que o ataque pode ser no sistema, mas ficou chato como foi colocado.

Churrasco com protetor

A quinta edição do Paleta Atlântida, considerado o maior churrasco de beira de praia do mundo, contará com a parceria da Panvel para distribuição gratuita de protetor solar. O evento, que faz parte do calendário de Xangri-lá, acontecerá neste sábado, das 9h às 17h, na praia de Atlântida.

Decepção, o retorno

A propósito do leitor que foi buscar dinheiro perdido no banco e só tinha a receber 12 pilas, outro comentário a respeito: "Impressionante a decepção das pessoas depois da expectativa criada sobre o dinheiro que poderia ter sido deixado em algum lugar, através do site do Banco Central".