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Fernando Albrecht

Fernando Albrecht

Publicada em 23 de Outubro de 2025 às 18:16

O descanso da estátua viva na Rua da Praia

Fernando Albrecht/Especial/JC
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Fernando Albrecht
Ficam por até 20 minutos sem mexer um só músculo nem alternar a posição, as estátuas vivas na Rua da Praia com a Borges de Medeiros também são filhas de Deus, posto que anjos são. Não é mole permanecer imóvel, mesmo com a chacota de alguns inúteis.
Ficam por até 20 minutos sem mexer um só músculo nem alternar a posição, as estátuas vivas na Rua da Praia com a Borges de Medeiros também são filhas de Deus, posto que anjos são. Não é mole permanecer imóvel, mesmo com a chacota de alguns inúteis.

O derrame do general

Houve uma onda de lendas urbanas inacreditáveis nos anos 1980 e, por isso mesmo, repassadas como se fossem verdadeiras pelos que acreditam que cavalo tem chifre - boa parte do povo brasileiro. Uma delas afirmava que uma cobra venenosa escondida entre as hortaliças de um supermercado havia picado uma criança. Outra, não menos famosa, versava sobre a história de um noivo que, no altar de uma igreja de Porto Alegre, prestes a colocar a aliança, chutou o balde. Sacou do bolso uma série de fotografias mostrando a noiva fazendo sexo grupal com amigos dele e as atirou para quem estava no templo. Essa vai e volta ao longo das décadas.
  Na época, publiquei as duas notas no Informe Especial de ZH, alertando que eram tão falsas quanto uma nota de 30 reais. Mas o povo, ah esse povo, acredita em causos que são flagrantemente falsos. Quanto mais inverossímil, mais ele acredita. Enfrentei desmentidos de duas grandes redes de supermercados, um deles com filial em Santa Maria, onde teria acontecido o episódio, mesmo eu não tendo publicado o nome. Mas, vocês sabem, um quilo de desmentido pesa menos que um quilo de mentido.    
  Outra lenda urbana, desta vez em Salvador, Bahia, nos anos 1950, me foi contada pelo jornalista e escritor Sebastião Nery, em uma pescaria no Pantanal, alertando que os personagens existiam e parte era verídica, menos o final que vocês lerão abaixo. Desgostoso com as atrocidades cometidas por Stalin, um famoso general também médico, que pertencia ao Partido Comunista e até nome de rua virou no Rio de Janeiro, ficou desgostoso quando o Kremlin divulgou as atrocidades de Stálin (só parte).
  O general resolveu dar um tempo para a então capital federal e se mudou para a capital baiana. Gostava muito de frequentar a redação do Jornal A Tarde, onde o irmão de Sebastião era diretor de redação. Uma repórter fez olhinho para o general e, daí para terem um caso, foi um upa.
  Certa noite ela ligou assustada para Nery. "O homem tá tendo um troço", disse ela. Foram todos a milhão para o apê do general. A jornalista abriu a porta e viram o militar deitado na cama com a boca retorcida, branco como a ficha corrida de um arcanjo. Balbuciou.
    — Eu estou tendo um derrame do lado esquerdo, também sou médico, eu sei. Me botem a genitália do lado direito...
 

A história do tomate-cereja I

A missão gaúcha que busca acordos de irrigação nos Estados Unidos lembra o que Israel fez com seu solo árido. Plantam e exportam frutas e criaram o tomate-cereja. Uma história curiosa sobre ele me foi contada pelo ex-reitor da Universidade de Jerusalém, Jose Benarroch. Em reunião com técnicos do governo e alunos daquela universidade, um aluno ponderou que mais de 80% do tomate é água, então, o país exportava o que mais precisava.

A história do tomate-cereja II

O impacto dessa revelação foi grande, contou Benarroch. Desencadeou uma revolução interna na pesquisa agrícola de Israel. Passaram-se alguns anos e, finalmente, a tecnologia deles criou o tomate-cereja. Mesmo assim, por menor que fosse o armazenamento de água, os técnicos botaram um ovo de Colombo, que só é fácil depois que se cria. Em vez de exportar a fruta, passaram a exportar apenas as sementes do tomate-cereja.  

Boas novas

O presidente do Sistema Fiergs, Claudio Bier, anunciou a construção de um novo Complexo Educacional do Sesi-RS em Santa Cruz do Sul. Com investimento de R$ 33 milhões, o espaço contará com 5.580 metros quadrados e capacidade para atender mais de mil alunos.

Tudo dominado

A Caixa Econômica Federal vai entrar no mercado de apostas online em novembro, com a plataforma Caixa Bet. A meta é arrecadar R$ 2,5 bilhões já em 2026. Enquanto isso, as Loterias da Caixa vão perdendo apostadores e, por isso, acumulam tanto. Agora sim está tudo dominado.

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