Mauro Belo Schneider, interino
Antes da Proclamação da República (1889), os registros de nascimentos eram feitos pela igreja católica, que também catalogava batismos, casamentos e óbitos. Em Porto Alegre, a Cúria Metropolitana, atrás da Catedral, no Centro Histórico, há documentos a partir de 1747, quando a Capital ainda nem existia. A primeira criança foi batizada no dia 3 de dezembro daquele ano, filha de mulher escravizada e solteira. O documento informa que se tratava de um menino chamado de Ignofre, filho da indígena Maria Tapaiuna, inscrito pela Paróquia de Viamão. Ela era escravizada por Miguel Braz, natural de Laguna, em Santa Catarina, informa a arquivista e historiógrafa Vanessa Gomes de Campos.
O arquivo da Cúria pode ser visitado por pessoas interessadas em fazer pesquisas para compor árvores genealógicas ou solicitar dupla cidadania. Vanessa informa, também, que os documentos dos séculos 18 e 19 estão disponíveis de forma online no site www.familysearch.org. Mas a experiência não substitui a visita à rua Espírito Santo, nº 95, no Centro Histórico. Sobre os registros arquivados no local, Vanessa afirma que há cerca de 5 mil volumes. O pátio, onde antigamente era um seminário, é uma viagem no tempo.
O titular da coluna, Fernando Albrecht, retorna na próxima semana, mas deixou pronta a historinha desta sexta-feira:
O ano e meio em que trabalhei na SGB Publicidade, na rua Senhor dos Passos, Centro de Porto Alegre, cujo diretor regional era o meu saudoso amigo Ernani Behs, foi um dos períodos mais divertidos que vivi. Entrei em 1973. Empata com outra agência de outro grande amigo falecido, Salimen Jr. Muito antes do Vale do Silício adotar horário livre para seus nerds, o Turco já permitia isso na agência Publivar. Quer dizer, não para todos, só para os privilegiados pensantes como eu.
Saíamos da SGB no final da tarde para o Hubert’s, na esquina da Marechal Floriano com a Otávio Rocha, onde se comia o melhor bolinho de carne do mundo. Hoje, o posto pertence à Caverna do Ratão, na Protásio Alves com Eça de Queirós. Poucos metros adiante, um pouco adiante da Lojas Renner, ficava o Liliput, que anos depois reabriu com donos diferentes na Padre Chagas, outra genialidade almondegueira. Duas quadras abaixo ficava uma lanchonete minúscula, a Big Ben, que fazia a melhor empada de galinha do mundo. Além de maravilhosa, era grande e não da escola “onde estás que não te vejo?” Também havia o restaurante das Lojas Renner. O Café Haiti quebrava o galho porque ficava aberto até de madrugada. Hoje, fecha bem cedo por causa dos assaltos, mas já foi pior, verdade seja dita.
Quer dizer o seguinte: em algumas dezenas de metros você comia maravilhosamente bem e relativamente barato. Tudo isso foi para o espaço. Acredito que nas madrugadas hoje doentias do Centro de Porto Alegre fantasmas em forma de empadas, bolinhos de carne e almôndegas flutuam no ar esperando quem as coma.
Em vão. O boi já se foi com corda e tudo.
Havia muita gente se perguntando se os ensaios de Mineirinho na rampa de skate do Caff já tinham sido para valer. Pois o governo do Estado trouxe a resposta: "A descida oficial deve acontecer na próxima semana, a depender das condições meteorológicas, bem-estar do atleta e eventuais ajustes necessários após os treinos".
A empresa Sulgás lidera a campanha Mais Gás para o Rio Grande do Sul, com a participação de transportadoras, sociedade civil e governo. O objetivo é que haja expansão da rede, até para poder oferecer mais gás natural. O investimento inicialmente previsto para o Estado em 2025 era de R$ 130 milhões, mas, por conta da indefinição de reajustes nas tarifas, o valor caiu para R$ 67 milhões. A informação foi comentada pela assessora de comunicação Marina Pagno em visita ao Jornal do Comércio nesta quinta-feira.
A Meia Maratona de Porto Alegre, em 5 de outubro, marcará as celebrações pelo aniversário de 156 anos de inauguração do Mercado Público.