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Fernando Albrecht

Fernando Albrecht

Publicada em 21 de Agosto de 2025 às 17:32

O relax de pescar na Usina do Gasômetro

pg3 A arte de pescar no Gasômetro

pg3 A arte de pescar no Gasômetro

Tânia Meinerz/jc
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Fernando Albrecht
Ainda bem que sumiram aqueles decalcos irritantes nos vidros traseiros dos carros com os dizeres "Tá nervoso? Vai pescar!". Bem, não precisa de lagoa ou mar, dá para pescar no píer que recebe lanchas de passeio da Usina do Gasômetro. Às vezes nem precisa dar peixe, o relax está na curtição da vara jogada na água.
Ainda bem que sumiram aqueles decalcos irritantes nos vidros traseiros dos carros com os dizeres "Tá nervoso? Vai pescar!". Bem, não precisa de lagoa ou mar, dá para pescar no píer que recebe lanchas de passeio da Usina do Gasômetro. Às vezes nem precisa dar peixe, o relax está na curtição da vara jogada na água.

As cigarras da Independência

O falecimento do DJ Claudinho Pereira, um dos pioneiros da Porto Alegre que sumiu para sempre, me fez lembrar como eram aqueles tempos na segunda metade dos anos 1960. Em 1966, o então prefeito Célio Marques Fernandes entendeu de tirar os bondes da avenida. Mas era o progréssio chegando, como cantavam os Demônio da Garoa. Tiraram o canteiro central, os jerivás e as palmeiras, e o asfalto tomou conta, ladeado por imponentes mansões dos dois lados. As mais bonitas eram de médicos.
Enquanto as formigas trabalhavam, as cigarras dançavam. As boates de dançar separado começaram a surgir, como a Crazy Rabbit, do Carlos Heitor Azevedo, na rua Garibaldi. No lado oposto havia uma casa noturna do compositor Rubens Santos, que pedia que os que gostassem das músicas não aplaudissem, que estalassem os dedos para não incomodar os vizinhos. Mais adiante, depois da Santo Antônio, a Tia Dulce, com sua sopa de cebola de levantar defunto borracho acolhia generosamente as gentes da noite antes de dormir. No porão, a casa de tangos do Rúben Val, a quem certa vez irritei porque pedi um tango que não terminasse com than-tchan!!
Eram noites boas para todos durante um certo tempo, menos para os amores fugidios. É difícil segurar um muçum ensaboado. Por isso eram constantes as brigas, metade por ciúmes, outra metade por cafajestes e testosterona transbordando. Com os leões de chácara apartando lá dentro, a briga se dava no meio da rua de uma cidade que só tinha 40 mil automóveis.
Os bar-chopes eram refúgios de rodas fixas. Dois despontaram, o Styllo Bar, na esquina com a Garibaldi e o Rubaiyat, uma quadra adiante, que teve vida breve, com defeito de nascença. No Styllo, às vezes, o gerente Zé deixava a chave com eles e ia embora depois de servir a saideira. Que remédio, o negócio era fechar a madrugada na Tia Dulce.
Certa feita um dos frequentadores pediu carona para alguém da roda, que tinha um barulhento DKW, e que fez o trajeto de ré, mas essa já é outra história.
 

Transparência e trabalho

Pelo segundo ano consecutivo, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) atingiu a pontuação máxima no Ranking da Transparência do Poder Judiciário, anunciado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O TRT-RS ficou entre os 19 tribunais do País que alcançaram 100% de cumprimento dos itens avaliados.

Cemitério de amortecedores

Não passa dia sem que se veja na TV o estado miserável de boa parte das rodovias federais. É de pasmar que um país que despreza ferrovias e só timidamente use o modal hidroviário se julgue uma potência. Para citar uma, a BR-290, que cruza o Rio Grande do Sul de Leste a Oeste, só tem boa pavimentação nos trechos concedidos.
 

O xarope do Mercado

Assim é conhecido Geovani Souza, do restaurante Luz do Mercado Público. Quem diz são os fornecedores dos restaurantes. Se o produto não vem dentro de rigorosos padrões, ele devolve sem dó nem piedade. "Não tem coisa pior do que comer bife duro", sentencia.
 

De fora, com louvor

O Fort Atacadista reforça sua presença no Estado na Região Metropolitana de Porto Alegre com sua nova loja em Gravataí. A unidade será inaugurada na quarta-feira, dia 27, no Parque Florido. Não são poucos os consumidores que se dizem maravilhados com os supermercados de Santa Catarina que chegam ao RS.
 

Sobra muito mês no fim do salário

Pesquisa da Serasa mostra que cinco em cada dez brasileiros não chegam ao fim do mês com salário na conta. Como diz o povo, sobra muito mês no fim do salário. São tempos para abrir mais um furo no cinto.
 

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