Serviço rápido e mal feito. De certa forma este é um retrato do Brasil. Na sexta da semana passada, abriram na rua Santo Antônio um valo para deitar cabos de fibra óptica e preencheram o buraco com areia, que o vento levou. De lá para cá ele cumpre sua função de quebra-molas invertido.
O caminho das pedras
Caminhar pelas ruas da cidade é um exercício de desilusão, ainda mais se comparado aos anos de ouro, quando quase todos eram caprichosos. Quando não são as calçadas esburacadas, são os fios caídos - sobra do furto por idiotas que se vendem por 30 dinheiros e que são comprados por cretinos -, as pichações, sujeira ao lado das lixeiras, tudo demonstrando que perdemos o capricho e em seu lugar os sujismundos vieram a cavalo.
Um drible perigoso
Foi o tema do Tá na Mesa da Federasul de ontem (matéria nesta edição), com três ases expondo o que se passa na nossa democracia, e não é nada bonito. Se fosse para resumir o caso, pode-se dizer que a democracia está ameaçada por aqueles que a citam para driblar a lei.
Canhões de festim
Interessante observar o comportamento de grupos de WhatsApp que comungam da mesma ojeriza ao Brasil que aí está, meio capenga, com viés de tombo. No fundo, todos querem convencer quem já está convencido. Também há uma forte repulsa ao Congresso, praticamente unanimidade dentro e fora dele, um colegiado de Maria Vai com as Outras em benefício material e eleitoral de cada um.
Toró se formando
Uma denúncia formal protocolada junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pode virar o jogo em uma disputa que envolve mais de R$ 200 milhões. Um fundo e uma securitizadora de São Paulo estão sendo acusados de sérias irregularidades nas regras do mercado de capitais contra uma empresa gaúcha, o que pode mexer com todo o mercado de investimentos imobiliários nacional.
Feliz aniversário
O Instituto Ling completa neste mês de agosto 30 anos de existência. A instituição sem fins lucrativos surgiu em 1995, quando a família Ling, motivada pelo sentimento de gratidão à comunidade, decidiu incentivar a educação. Difícil achar quem não ouviu falar dele.
Sem opção
Passado mais de um ano, as vítimas da enchente de 2024 no Vale do Taquari, ou na maioria das cidades da região, tentam deixar áreas ribeirinhas que as traumatizaram e querem morar em lugares mais altos. Problema: é muito difícil achar área. Muita gente foi embora de mala e cuia.
Curva de Laffer
É um conceito dos anos 1970, pelo qual a carga tributária tem um limite acima do qual a sonegação começa a se espalhar. Estamos vivendo isso no Brasil, acentuado pela diminuição da atividade econômica. Impostos e taxas vão fazendo parte da paisagem, que não é bonita.
Mudanças em curso
Também existe uma forte imigração interna no Vale do Taquari, com pessoas e empresas mudando de cidade na própria região. O principal exemplo é o município de Teutônia. Como mostrou o Mapa Econômico do RS, do JC, a cidade recebeu mais 3 mil habitantes e 800 empresas depois da enchente.
Sem gás
Os voos de autoridades com jatinhos da FAB diminuíram drasticamente, não pela queda da demanda, mas porque falta combustível. Em abril foram 125 voos e, em julho, apenas 66.