O lado bom de ter uma casa de madeira ou similar que não seja de cimento é que levá-la de um lugar para o outro não exige caminhões muito pesados, como este em Rainha do Mar. Se bem que botá-la em cima do possante, depois tirá-la sem que ela desmanche exige prática e habilidade. No mundo animal, quem é campeão é o caracol.
Vai que dê certo...
O Grêmio recém achou um técnico, desde que Renato foi demitido. Para alívio da torcida saiu fumacinha branca da Arena. De repente o time funcionaria sem técnico, assim como alguns países poderiam perfeitamente não ter presidente. Lembra a história do jogador gremista Ortunho, que foi improvisado técnico na véspera de um jogo importante e ganhou o jogo. O Ortunho era daqueles de botar suspensório em cobra correndo. Antes do jogo, um repórter de rádio lhe fez uma pergunta que parecia uma tese, que ele escalaria fulano e sicrano em tal posição porque blá, blá, blá. A resposta.
- Mas que bela ideia! Eu sempre digo em casa, como a rapaziada da imprensa sabe de coisas que nem eu sei.
O repórter não captou a ironia e ficou todo pimpão com o "elogio".
Maravilhoso mundo errado I
Boa parte das maravilhas da internet são um acúmulo de erros. Você assina uma operadora de TV a cabo e tem à disposição 200 e tantos canais. Tirando os noticiários, o resto é uma enfadonha repetição de filmes e documentários, boa parte produzida há 14, 15 anos. Até mesmo os programas de culinária são anciãos.
Maravilhoso mundo errado II
O diabo é que não tem para quem reclamar. Se entrar nas pequenas causas, as operadoras vão dar risadas. O Ministério Público não resolve. E quem deveria zelar pelo povo, a Câmara dos Deputados, está às vistas com emendas para construir uma pinguela no seu município.
A era dos trapalhões
Está todo mundo tão desatento que vivemos a era dos comedores de mosca. Tudo tem que ser repetido duas vezes, mesmo que a diferença entre uma e outra seja de poucos segundos. Ah, não? Faça o teste com as caixas dos supermercados. Vai ter que repetir se o cartão é débito ou crédito e se quer CPF na nota.
O paciente Brasil
A economia vai encerrando o ano com uma série de indicadores que poderiam ser melhores. Como ter febre de quase 38 graus, nada grave, mas é febre. A inflação de dezembro não cresceu como previsto, mas o indicador geralmente ignorado pelos governos, o custo de vida, está com febre de 39 graus. Os descaminhos fiscais, o crescimento preocupante da dívida interna não ajudam a baixar a febre. Estamos sentindo calafrios.
A bruxa está solta
No jargão dos pilotos, a frase indica a preocupação com acidentes de avião, e, no caso de 2024, com carradas de razão. O Brasil terminará o ano com um recorde no número de mortos por acidentes aéreos nos últimos 11 anos, 317 vítimas fatais, quase o dobro de 2023 e o triplo de 2022. Maioria por erro humano.
O último dos moicanos
Gaúcho adora decalcar ou pintar frases espirituosas em seus próprios veículos. Esta versão "último dono" é ao mesmo tempo uma confissão autodepreciativa e um toque de humor para fazer alguém sorrir - benditos os que fazem o povo rir. É uma versão aprimorada do "É velho, mas é meu".
Um casa de vinganças
A Câmara dos Deputados articula uma vingança contra o governo Lula e até contra o STF pelo veto do ministro Flávio Dino ao Carnaval de emendas parlamentares. Tirando uma minoria esforçada, vocês acham realmente que essa turba eleita se interessa pelos problemas do povo? Para estes, o povo é um ectoplasma a quem se reza de quatro em quatro anos para lembrá-lo a votar neles. Como resultado da pressão, Dino já liberou execução de parte das emendas.
Uma capital que parece cidade pequena
A vantagem de todo o final de ano e início do outro é o trânsito leve, exceção das artérias e saídas da cidade. Na realidade, foi até esquisito observar uma Capital que parece pequena cidade do Interior com pouco trânsito.