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Fernando Albrecht

Fernando Albrecht

Publicada em 26 de Dezembro de 2024 às 18:20

João de Barro constrói casinhas que resistem a tempestades e chuvas

Fabio PIlger/DIVULGAÇÃO/JC
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Fernando Albrecht
Uma das aves que mais admiro é o João de Barro. Suas casinhas são perfeitas, o pássaro as constrói de acordo com os ventos dominantes, resistem a tempestades e chuvas torrenciais. Como não é obra do governo, é resistente e à prova de erros. No meu humilde entendimento, uma casinha destas deveria estar em todas as salas de aula das faculdades de Engenharia.
Uma das aves que mais admiro é o João de Barro. Suas casinhas são perfeitas, o pássaro as constrói de acordo com os ventos dominantes, resistem a tempestades e chuvas torrenciais. Como não é obra do governo, é resistente e à prova de erros. No meu humilde entendimento, uma casinha destas deveria estar em todas as salas de aula das faculdades de Engenharia.
 

Nos braços da Nora

Passei uma semana internado no hospital Nora Teixeira da Santa Casa de Porto Alegre fazendo uma batelada de exames. Fiquei com uma diarreia cósmica por quatro dias, então, fui falar com meu amigo, o médico Fernando Lucchese, um ás da cardiologia e caminhos laterais. O também cardiologista Deiner Resende foi o cara que comandou uma bateria de exames, tipo bateria de escola de samba, em desfile na Marquês do Sapucaí. Posso dizer que no geral fui bem, exceto aquelas coisinhas de quem têm 81 anos, mas nada catastrófico. Como no livro do delegado Lycurgo Cardoso, ninguém vive impunemente as delícias dos extremos.
Me viraram do avesso. A vantagem é que a medicina evoluiu tanto que agora o que não é imagem detalhada é o doutor computador que dá seus pitacos. Só uma coisa não muda, é o furo. Eles adoram encher a gente de furos. É um complexo de furadeira. Pior para mim, que tenho veias finas e fracas. De tanta tentativa e erro, meu braço virou cor de berinjela. Ainda bem que não precisei de colonoscopia, um dos exames mais abomináveis, aquele em que enfiam uma filmadora nova em sua retaguarda, não sem antes tirar toda a sua comida e dar laxantes que te deixam como um saco vazio. O doutor Deiner desistiu dela, e passei a comer comida de gente. Fim das canjinhas e salada de chuchu. Antigamente, essa penosa era cara, então se dizia que pobre quando comia galinha, um dos dois estava doente.
Agora eu sei como o solo se sente quando o perfuram para achar água ou petróleo. As enfermeiras custaram a encontrar veias para tirar a gasolina do homem, o sangue. São muitas tentativas e só uma dá certo. A natureza ou quem nos criou deveria ter previsto essa condição. Aliás, somos cheios de imperfeições, mais ou menos como o resultado de uma comissão de trabalho. A mesma que criou o camelo, com suas pernas longas, corcovas e sem queixo.
Um detalhe interessante é o Uber de hospital, a cadeira de rodas. Como tive que fazer exames que ficavam em outros hospitais do complexo Santa Casa, fiquei com motorista particular, que eles chamam de "transporte", pra cima e pra baixo. Mas os caras que empurram são exímios manobristas.
Fazendo um balanço, tirando o que estava errado, tudo estava certo. Tomo remédios novos além dos antigos. Agora resta rastrear o corpo. Como disse a centopeia, um passinho de cada vez.

Os debochados em duas rodas I

Em algum momento as autoridades de trânsito de Porto Alegre vão ter que encarar o perigo dos patinetes mal conduzidos. Seja por experiência própria, seja por relatos de leitores, está na hora do vai ou racha. Jovens, principalmente, imprimem o máximo de velocidade que ela dá, trafegam em cima das calçadas, usam corredores de ônibus na contramão, furam sinais vermelhos e não estão nem aí, ainda debocham dos pedestres de quem tiram fininho.

Os debochados em duas rodas II

Há coisa de um mês, a EPTC divulgou nota salientando que não havia registros de acidentes envolvendo patinetes. Como se isso eliminasse o relato na primeira nota. O que falta, dona EPTC, uma morte, atropelamentos de idosos? E o que vale para patinetes vale para ciclistas também, uma parte deles. A vida do transeunte está virando um inferno e não há quem encare o problema.

A imitação da vida

De certa forma o presidente Lula está copiando o prefeito Sebastião Melo usando chapéu. Claro que, obrigado pelas circunstâncias, mas o adereço capilar lhe cai bem. O do Melo é palha, o de Lula é palha importada.

O pior dos piores

Após o ataque de mísseis em estações de energia da Ucrânia para estragar as festas de Natal do religioso povo ucraniano, o líder russo Vladimir Putin ganha ouro dos piores celerados da história.

O último apaga a luz

É grande o número de pequenas operações que estão fechando no Centro Histórico. Por mais que queiramos que ele fique vivo e forte, a realidade é que a grana curta é uma constante na área, que já foi esplendorosa e hoje respira por aparelhos, porque a classe média foge do Centro.

Pé no fundo I

As contínuas tragédias envolvendo caminhões e carretas mostram que há algo profundamente errado. Todo noticiário geralmente fala em imprudência dos motoristas, mas falta também a palavra mais importante: imperícia ao volante. Vale também para automóveis. Não é à toa que taxistas reclamam do que eles chamam de "domingueiros" ou "meia-roda".

Pé no fundo II

São os que deixam o carro na garagem durante a semana e no final de semana e saem por aí achando que dirigem como Max Verstappen. Um dos sintomas é trocar de faixa sem necessidade. Pisca? Só se o arcebispo pedir. Quanto aos caminhões, é só emparelhar com a maioria deles na Freeway e ver que poucos obedecem os 80 km/h. Não é incomum chegarem aos 100 km/h.

Cédula de 30 reais

É comum que governos apelem para a publicidade positiva em tempos de crise, o que o governo Lula faz agora. Um comercial enaltecendo os feitos do governo está no ar, falando em controle da inflação e outras "conquistas". Vejo isso há décadas, eles não aprendem nunca que dá efeito contrário. Perguntem para as gôndolas do supermercado se os preços estão sob controle...

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