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Fernando Albrecht

Fernando Albrecht

Publicada em 29 de Agosto de 2024 às 19:18

Almoço do Banrisul é sucesso na Expointer

ALINA SOUZA/ESPECIAL/JC
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Fernando Albrecht
Como só acontece a cada Expointer, o almoço de confraternização com a imprensa do Banrisul foi um sucesso, as papilas gustativas bateram palmas silenciosas. Já o breve discurso do presidente Fernando Lemos foi muito aplaudido, não só pelo papel do banco na reconstrução pós-enchente, como pelo que pode surgir mais adiante. O Rio Grande do Sul depende do agro, disse Lemos, quando o agro vai bem, o Estado vai bem, e quando vai mal, o Rio Grande do Sul vai mal também. Afinal, é quase metade do PIB gaúcho.
Como só acontece a cada Expointer, o almoço de confraternização com a imprensa do Banrisul foi um sucesso, as papilas gustativas bateram palmas silenciosas. Já o breve discurso do presidente Fernando Lemos foi muito aplaudido, não só pelo papel do banco na reconstrução pós-enchente, como pelo que pode surgir mais adiante. O Rio Grande do Sul depende do agro, disse Lemos, quando o agro vai bem, o Estado vai bem, e quando vai mal, o Rio Grande do Sul vai mal também. Afinal, é quase metade do PIB gaúcho.
 

O ano que não terminou

Quando se fala em reconstrução, o ser urbano logo pensa em cimento e tijolos, mas há algo no ar além dos aviões de carreira, a começar pela reposição do solo, a quem o Banrisul destinou R$ 1 bilhão. Este esforço vai impactar a economia em 2025. Quem tomou empréstimos agora não tornará a tomá-lo ano que vem. A população gaúcha entrará em declínio a partir do ano que vem, com óbvios impactos em todos os setores.

Sem replay

Em conversa com o diretor do banco,  Fernando Postal, foi posto na mesa o quadro de 2025 bem diferente de 2024. Quem comprou automóvel agora não vai repetir a dose ano que vem, o mesmo acontecendo com compra de imóveis novos porque os velhos foram atingidos, impactando toda a cadeia econômica. De certa forma, 2025 será pior que agora, mas com menos água e desgraça, não necessariamente pela ordem.

A feira turbinada

Quem conheceu as feiras de anos passados concorda que a Expointer de 2024 parece não ter perdido público e movimento geral. Há congestionamentos internos tanto de automóveis, furgões e vans. E a falta do trem da Trensurb foi muito sentida pelo público em geral, talvez por isso a impressão é que tem muito mais veículos circulando nas ruelas estreitas com carros estacionados dos dois lados. Em certos trechos os motoristas tiram "fininho". É preciso ter prática, habilidade, paciência - e bons retrovisores.

Porto Alegre, 1968

- Alemão, tem uma vaga como repórter da madrugada na Zero Hora, queres a vaga?
Foi assim que comecei no jornalismo há 56 anos, completados ontem. Lembro perfeitamente. Estava saindo do bar do Centro Acadêmico da Faculdade de Filosofia da Ufrgs, e o colega Ademar Vargas de Freitas veio na minha direção disparando essa frase. Não titubei. No final do dia fui à redação de Zero Hora, na época na rua 7 de Setembro, Centro Histórico de Porto Alegre, e me apresentei ao chefe de reportagem Vilmo Medeiros. Na época o jornal pertencia ao jornalista carioca Ary de Carvalho. Maurício e Jayme Sirotsky compraram a ZH, mas tomaram o controle em março de 1970. O salário não era lá essas coisas, mas com adicional noturno e horas extras dava para brincar. Começava às 0h e ia até as 6h da manhã, com plantão dobrado nos fins de semana. Dava para brincar, combinado com o que eu recebia como secretário da gerência da Matriz do Banco da Província, hoje sede do Santander, na mesma rua esquina Uruguai.
Foi a descoberta de um novo mundo. Percorrer e telefonar para Delegacias de Polícia, Bombeiros, HPS, tendo como QG o DPJ - Departamento da Polícia Judiciário no Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga, onde se concentravam as delegacias de Trânsito, Furtos e Roubos e o delegado de plantão. Estava preparado com uma certa hostilidade, porque havia sido alertado. Não foi fácil. Chegava na redação tipo 23h e largava por volta das 7h da manhã, e saía correndo para a Faculdade de Jornalismo. Comia um sanduíche ao meio-dia e tinha que estar no banco até 12h45min, e saía às 18h45min, porque na época os bancos só trabalhavam de tarde. Dormia duas horas e tanto, e lá ia eu para o jornal.
Nestes dois anos que fiquei como repórter conheci figuras do baixo mundo, bandidos impiedosos e perambulei por vilas e favelas e eventualmente pelos salões da alta sociedade. Fiz amigos e inimigos. Certa madrugada um bandido chamado Mina Velha passou com seu fusca e disparou um tiro justo quando entrava na redação. O furo na parede ficou anos ali. Um ano depois, o mesmo bandido atirou um coquetel Molotov (garrafa com gasolina e pavio com ela encharcada) na viatura em que estávamos eu, o fotógrafo Sérgio Arnoud e o motorista Luismar, quando tomávamos um café em bar na esquina com a rua Uruguai às 6h da manhã. Por sorte, quando as chamas beijavam a Rural Willys o Luismar estava com a ré engatada. No susto, largou a embreagem de soco e o carro deu um pulo para trás, evitando o pior. Talvez hoje eu fosse nome de rua.
A Porto Alegre daqueles anos tinha apenas 40 mil automóveis. Você ia do Centro até Ipanema atravessando apenas duas sinaleiras. A churrascaria da moda era o Rancho Alegre, na Cristóvão Colombo, o galeto era o Sheherazade, na Protásio Alves, uma das poucas pizzarias chamava-se El Molino, na Cristóvão Colombo. Os bar-chopes bombavam. Quanto à alta sociedade e seu conceito, vale o samba de Noel Rosa: "Vassoura dos salões da sociedade/Tens joias e criados à vontade/ E povo/Já pergunta com maldade/Onde está a honestidade/Onde está a honestidade?".

Guerra santa

Voltamos para a Idade Média. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu prazo de 24 horas para que o X (ex-Twitter) identifique um representante legal para o Brasil. Caso contrário, ameaçou tirar o X do ar - um dos grandes perdedores seria o governo federal. O único deputado federal que criticou o ministro foi Marcel Van Hattem (Novo-RS). Não há mais espaço para estarrecimentos no Brasil de hoje.

A feira da gastronomia

Uma circulada assim de relance mostra de novo que a gastronomia do Parque de Exposições Assis Brasil é tão ou mais visitada que os animais e máquinas. É uma outra exposição, sempre com novas atrações. Este ano apareceu até um cocada marroquina. Deve ser feito com coco do Marrocos. Brincadeira.

Mais lojas

A Panvel inaugurou duas novas lojas nesta semana. A primeira delas, localizada na avenida Rodrigues da Fonseca 1509, marca a chegada da rede no bairro Vila Nova, na Zona Sul, A outra inauguração ocorreu na avenida Bento Gonçalves 1313, no bairro Partenon, Zona Leste. Com estas duas aberturas, o grupo chega a 127 unidades em Porto Alegre.

Centro de cultura

A empresa Pietur Comércio de Bebidas Artesanais adotou o terreno de propriedade da prefeitura localizado na rua João Alfredo, 709, bairro Cidade Baixa. O Extrato do Termo de Adoção foi publicado no Diário Oficial do Município de Porto Alegre (Dopa) de segunda-feira, 26. O local receberá um centro de cultura, arte e gastronomia, com doação de obra e equipamentos.

A esposa tá sabendo?

Então é findo o Ministério da Reconstrução RS, ocupado por Paulo Pimenta, que deve voltar ao comando da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Lula. Combinaram com a dona Janja? Ela está com o pé que é um leque . Desenvoltura e livre trânsito com aquele que senta na cadeira número 1 do Brasil não lhe faltam.
 

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