Será na noite de segunda-feira, às 19h, na Expointer, a 28ª edição do prêmio O Futuro da Terra, realização do Jornal do Comércio em parceria com a Fapergs. É emocionante ver o reconhecimento a pesquisadores abnegados, que, em alguns casos, dedicam toda uma vida ao trabalho que garante melhorias na produtividade no campo e avanços para a preservação ambiental.
Diante da profusão de produtos piratas e falsificações disponíveis em praça pública e inclusive no comércio formal, posso dizer que nos anos 1960 até as falsificações eram mais honestas. Daquela década até a de 1970, um dos produtos mais falsificados era o uísque importado, cujas garrafas eram preenchidas com uísque nacional, até que um patife inventou de falsificar a bebida em fundo de quintal.
Antes de chegar no estômago, o fígado já protestava. Vale lembrar que uísque estrangeiro custava uma pequena fortuna, especialmente o scotch. Nos anos 1970, foi a vez dos vinhos alemães do Reno e Mosela, garrafas marrom e verde respectivamente.
Um falsário inventou um "vinho alemão" de garrafa azul, que nunca existiu. O conteúdo era de vinícola marroquina ou do nacional Liebfraumilch, o leite da mulher amada na tradução. Mesmo na Alemanha não é uma marca, é de livre uso.
Foi nessa década que os vinhos chilenos atraíram os brasileiros, e posso dizer que um restaurante entre a avenida Independência e a rua Gonçalo de Carvalho foi o pioneiro. Nesta época, o espumante brasileiro era produzido com vinho branco de última, e salvo dois ou três rótulos de vinho tinto, os demais davam azia até em copo de bicarbonato.
O conhaque, que só pode ter esse nome na França, não era feito de uva direto, a matéria-prima era gengibre, pau pra toda obra dos vegetais. Na época, era o destilado mais bebido no Brasil, mais que a cachaça. Enquanto usavam barris de carvalho com malte importado ainda dava para enganar, mas depois virou atentado violento contra a saúde pública. Nos uísques nacionais, um deles era conhecido como Mãos ao Alto, o Mansion House. Todos eram ruins como carne de cobra.
Nos artigos de perfumaria, não tinha que falsificar. Garçons de boates vendiam estojos de maquiagem para mulheres, desodorantes ingleses em bastão que vinham dentro de uma lata, a mais estranha embalagem que vi na minha vida, lâminas de barbear Wilkinson, que faziam a barba mais vezes que a nossa Gillette, e, claro, perfumes franceses que levavam as mulheres à loucura, especialmente o Chanel número 5 e o Cabochard. Para a vila criaram uma mistura chamada Amor Gaúcho, que servia como repelente de homens e insetos.
Era tempo em que quase todo mundo fumava, então, isqueiros como o Ibelo Monopol (retangular) e o Ronson eram os preferidos, já o Zippo era parecido com os isqueiros nacionais que se abre uma tampa. Não apagava com o vento, e a lenda era que ele foi fabricado para os soldados aliados na II Guerra Mundial durante a Invasão da Normandia, região com fortes ventos. Abastecido com fluido de isqueiro e depois por gás, te mete.
Para os homens, o perfume usado era o Lancaster, mais barato que os franceses. Para a pobreza, a loção pós-barba de baixo custo Água Velva. Alguns barbeiros faziam a barba com navalha e depois perguntavam se o freguês queria arco ou tarco (álcool ou talco) no rosto. A resposta vinha no mesmo tom:
- Verva.
Candidato ter muito tempo de TV no horário gratuito é bom? Depende. Tempo demais obriga os partidos a encher linguiça no ar, tempo de menos tem seus inconvenientes, mas aí é que deve entrar a criatividade. Há uma fronteira tênue entre o bom e o exagero.
Quando alguém discursa ou faz palestra, as fotos mostram que metade está mexendo no celular, um quarto finge que está escutando e o outro quarto se tanto está prestando atenção. Pela enésima vez, a página repete que números em powerpoints não funcionam.
O leitor que é médico quer ser imortal da Academia? Médicos brasileiros ou naturalizados que atuam no Estado com pelo menos 15 anos de formado podem se inscrever até o dia 16 de setembro para recompor o total de 60 membros da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina.
O jornalista Juliano Tatsch preparou reportagem sobre os 70 anos da morte de Getúlio, lembrando desde a Revolução de 30, o Estado Novo, passando ainda pelo exílio no Rio Grande do Sul, até a volta por eleição pelo voto popular, em 1950, fechando com o sucídio de Getúlio em 1954. A matéria será publicada no site do Jornal do Comércio neste dia 24 de agosto.
Junto com a Expointer, ocorrerá o projeto Estância da Arte. A exposição, chamada "Sem Fronteiras", contará com um recorde de 48 obras, criadas por sete artistas, incluindo três nomes internacionais: um uruguaio e dois argentinos, e pelo curador, Marciano Schmitz.
Estudo realizado pela TomTom, empresa especializada em soluções de GPS e navegação, revelou que nove cidades brasileiras estão entre as que possuem o trânsito mais congestionado do mundo. Pela ordem, Recife, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Brasília. Leva em conta horas de carros parados por congestionamentos.
Ante a notícia divulgada nas redes sociais de que poderemos ter dois episódios de La Niña este ano, um internauta comentou que o nosso planeta azul está muito complicado. "Parece adolescente", frisou. Parece mesmo, apesar de ter 4,54 bilhões de anos.