Existe a possibilidade de o Estádio Olímpico virar uma cidade provisória para os desalojados. Ok, mas qual parte? Porque quando ele parou de ser usado, parte da estrutura estava comprometida. E o antigo estádio do Grêmio está em uma situação péssima, o entorno abandonado prejudica a região, e é tema recorrente de queixas de vizinhos. Agora, pelo menos, está tendo uso para receber doações aos desabrigados pela enchente no Rio Grande do Sul.
Real e imediato
Multiplicam-se entre os grupos de WhatsApp os alertas de que estão assaltatando em tal rua ou bairro de Porto Alegre. O que já era motivo de grande preocupação agora passa a ser um pesadelo real e imediato neste mês de maio. Claro, é preciso checar a informação, às vezes, as pessoas simplesmente repassam mensagens sem ver a fonte ou se o caso foi confirmado. Mas é fato que o menor movimento nas ruas, especialmente em áreas que estavam alagadas, gera insegurança.
Câmera lenta
Os porto-alegrenses estão tão angustiados com a volta ao normal que ficam nervosos com a lenta queda do nível do Guaíba. Pior, sobe um pouco para depois cair, mas muito devagar. A crença era que em poucos dias a queda seria brusca, de um dia para outro, e a vida logo voltaria ao normal. No Centro, a Rua da Praia está secando, mas Mercado Público e Paço Municipal (foto) seguem ilhados. Precisa ir ao lugar comum para resumir: é muita água para um gargalo de saída pequeno.
Os sobreviventes
Muitos funcionários do Grupo Panvel perderam seus bens e naturalmente ficaram muito abatidos até temerosos com seus empregos. O fundador, Júlio Mottin, tem botado pilha em todos, falando que o grupo que já passou por tantos programas econômicos do governo não vai se abater diante da enchente. É um bom mote para milhares de empresas que tenham passado por eles e sobrevivido.
Doações em carreta
Enquanto alguns pontos de coleta de doações são desativados, o do Shopping Total, em parceria com diversas entidades, continua a receber e organizar carretas com donativos.
Feliz aniversário
A jornalista Enir Grigol foi surpreendida nesta segunda-feira com uma festa em razão do aniversário comemorado neste domingo. Enir também celebra a marca de 25 anos no setor de comunicação da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Custo estratosférico
Convém não esquecer que em se tratando da enchente 2024, todos os números são gigantescos. O orçamento para reconstruir pontes, por exemplo, vai às nuvens. E proteger toda Porto Alegre de alagamentos com obras de drenagem urbana teria um custo de R$ 5 bilhões, estimativa do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB).
Tração integral
Este é um dos melhores carros para qualquer terreno. Tração 4x4 permanente, se for preciso vira anfíbio, é movido a água e pasto, mas aceita ração, o que o torna híbrido. Os quatro "pneus" duram a vida inteira e só precisam de recauchutagem de vez em quando, as ferraduras. É amigo, serve para lazer, é nobre e as crianças os adoram. A única desvantagem em relação aos colegas mecânicos é que o cano de descarga expele sujeira do motor em momentos impróprios. Na imagem, grupo faz cavalgada inusitada no calçadão de Cidreira.
E o entorno da Arena...
Outro imbróglio, agora adiado por tempo indeterminado, são as obras viárias que deveriam ter sido feitas no entorno da Arena, no bairro Humaitá. A região não recebeu as melhorias prometidas. E precisa de muito investimento em drenagem urbana e obras de prevenção contra cheias, como ficou demonstrado nesta enchente histórica que estamos vivendo em Porto Alegre.
Cobrança zero
A entidade que congrega shopping centers lançou manifesto expondo uma situação cruel para o varejo brasileiro, a venda de produtos de plataformas estrangeiras sem cobrança de impostos. Muito bonito dar dinheiro a chineses - entre outras plataformas - enquanto os nossos ficam a ver navios.