Porto Alegre, sexta-feira, 15 de agosto de 2025.
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Começo de Conversa

- Publicada em 27 de Abril de 2023 às 19:39

Zelinho Hocsman, grande figura

Zélio Hocsman recebe o Prêmio Paulo Vellinho

Zélio Hocsman recebe o Prêmio Paulo Vellinho


Nabor Goulart/divulgação/jc
Uma figura extraordinária recebeu o Prêmio ACPA Paulo Vellinho. O homenageado foi o empresário Zelio Hocsman, vice-presidente do Conselho Superior da ACPA. Zelinho é uma pessoa muito querida e faz parte da Mesa Um do Z Café da rua Padre Chagas. Não dá para dizer que ele é arroz de festa, embora seu negócio seja arroz. Na foto, é cumprimentado pelo prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, e pela presidente da ACPA, Suzana Vellinho.
Uma figura extraordinária recebeu o Prêmio ACPA Paulo Vellinho. O homenageado foi o empresário Zelio Hocsman, vice-presidente do Conselho Superior da ACPA. Zelinho é uma pessoa muito querida e faz parte da Mesa Um do Z Café da rua Padre Chagas. Não dá para dizer que ele é arroz de festa, embora seu negócio seja arroz. Na foto, é cumprimentado pelo prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, e pela presidente da ACPA, Suzana Vellinho.
 

Marcas de Quem Decide

Esta edição do Jornal do Comércio circula com 176 páginas, em um trabalho que envolveu toda a equipe do JC. O destaque é o caderno especial Marcas de Quem Decide 2023, pesquisa que faz um mapeamento de 75 setores da economia gaúcha, apontando as marcas que lideram na lembrança e preferência. Para ler, guardar e consultar ao longo do ano.
 

O ritual do Pé na Cova

Muita gente não aperta mais as mãos de ninguém, alegando que o gesto transmite trocentos milhões de bactérias. Verdade, tanto que os médicos afirmam que boa parte das contaminações se dá pelo apertar de mãos. Igual ao que pensava o Pé na Cova, um velhote ranzinza e pão-duro que almoçava no Chalé da Praça XV.
Esquelético e baixinho, sempre vestido de preto, era um quadro ambulante do mau humor.
Não bastasse isso, era tão mão de vaca que, além de não pagar os 10% do garçom, trazia de casa o pãozinho, uma garrafinha com um líquido verde e a manteiga do couvert. Pedia gelo para endurecer a manteiga, meio filé e purê de batatas, também meia porção. Pegava a faca e trucidava a carne, deixando-a quase um guisado, para depois misturá-la com o purê. Ficava com aquela cor de panetone com gotinhas de chocolate.
Desnecessário dizer que Pé na Cova não era um cara benquisto. O garçom Ocrinho, assim chamado porque faltava uma lente nunca reposta nos óculos, jurava que a beberagem verde era suco de bolota de cinamomo, com o que concordava o gerente Helmuth, o Tico-Tico. Ocrinho falava "cinamão".
- É bolinha de cinamão no liquidificador, vai por mim. Esse veio é lelé da cuca!
Pé na Cova cumpria sempre o mesmo ritual. Chegava bufando e reclamando do serviço e ia para o banheiro lavar as mãos. Igual a médico: meia hora ensaboando e enxaguando. Depois subia e cortava o pãozinho e o filé, gelava a manteiga, servia a gosma verde num copo e ia, de novo, lavar as mãos. Tamanho era o cuidado que, ao sentar, empurrava e puxava a cadeira com os pés para não botar as mãos nela.
Foi quando o seu João, que ficava atrás do balcão, passou a executar uma cruel vingança. Assim que Pé na Cova subia do banheiro, ele vinha até a mesa com a mão estendida.
- Como vai, doutor?
Instintivamente, Pé na Cova apertava a mão estendida. E se não a estendesse, o João a procurava. Nesta operação não autorizada, como um avião-tanque abastecendo um caça em pleno ar, o velhote se dava conta de que fora abastecido com bilhões de germes. Irritado, voltou ao banheiro para nova operação de lavagem. Teve um dia em que seu João conseguiu a proeza de fazer Pé na Cova voltar três vezes ao banheiro. O velhote quase teve um treco.
Na fauna do Chalé, havia também um cara que sentava sozinho e pedia dois chopes, um para ele e outro para seu outro eu. Mas essa já é outra história.

Babel 2023 I

Para uma pessoa mesmo razoavelmente informada, todos os movimentos em torno do arcabouço fiscal e interpretações soam como que escritos em sânscrito. As idas e vindas do Congresso e do governo requerem especialização em algo que nem mesmo foi explicado para o leigo, que é o cara que paga impostos e sustenta os personagens da novela.

Babel 2023 II

Até agora, só temos interpretações de especialistas. O contribuinte está mais perdido que cego em tiroteio. É de estarrecer quando pensarmos que se trata de um pacote que nem mesmo foi devidamente aberto e explicado. É botar a carroça na frente dos bois, iluminada pela brilhatura pessoal dos atores, mesmo que sejam meros figurantes.

Plágio histórico

O presidente do PL usa com frequência como se fosse dele a autoria do ditado "o diabo sabe mais por velho que por diabo". Não mesmo. "El diablo sabe por diablo/ Pero más sabe por viejo" é de José Hernandez (1834-1886), na saga Martín Fierro, que assim começa: Aqui me pongo a cantar/ Al compás de la vigüela/ Que el hombre que lo desvela/ Una pena extraordinaria/ Como la ave solitaria/ Con el cantar se consuela.

Os furos da Bombril

Mais uma empresa cujo produto é conhecido em todos os lares, a Bombril, deve pedir recuperação judicial. Do produto, dizia-se que tem 1.001 utilidades, mote da criativa campanha publicitária de décadas passadas. Verdade. Usada, serve até para desentupir furos do chuveiro.

Aquele abraço

Para Estância Velha, comunidade, leitores, prefeito Diego Willian Francisco e auxiliares. A Estância pode ser velha, mas está bem conservada, uma vez. Der Apfel fällt nicht weit vom Stamm (a maçã não cai longe da árvore).