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Começo de Conversa

- Publicada em 26 de Janeiro de 2023 às 21:03

O fim das praias pacatas


/Fernando Albrecht
A verticalização das antigas pacatas praias deixa uma multidão de órfãos, saudosos dos espaços abertos, exigência dos veranistas que fugiam da selva de pedra das grandes cidades. A primeira imagem mostra a avenida Fernando Amaral, de Tramandaí, como era na década de 1980, ainda com o Hotel Siri. A praça em frente foi exigência do Condomínio Edifício Tramandaí, que doou a área desde que não se erguesse nenhuma construção. A segunda imagem leva a uma ironia amarga. Os veranistas fogem de uma selva de pedra para encontrar outra.
A verticalização das antigas pacatas praias deixa uma multidão de órfãos, saudosos dos espaços abertos, exigência dos veranistas que fugiam da selva de pedra das grandes cidades. A primeira imagem mostra a avenida Fernando Amaral, de Tramandaí, como era na década de 1980, ainda com o Hotel Siri. A praça em frente foi exigência do Condomínio Edifício Tramandaí, que doou a área desde que não se erguesse nenhuma construção. A segunda imagem leva a uma ironia amarga. Os veranistas fogem de uma selva de pedra para encontrar outra.
 


Fabíola Albrecht
 

Visões da floresta I

Não que a ficha já não tenha caído, mas Lula confirmou que usará um pensamento unificado na América Latina, leia-se esquerda total. Mas há um cisco no olho de quem vê a floresta e esquece momentaneamente a visão da árvore.

Visões da floresta II

Por que razão o companheiro ditador Nicolás Maduro não foi para a Argentina tomar uma mate com Lula? Ele alegou razões internas, mas é possível que o venezuelano não queira fazer escadinha para Lula e seu plano de ser dono do campinho ideológico.

Guarida em Torres

Há 14 anos atuando na administração de condomínios no Litoral Norte e uma sede em Capão da Canoa, a Guarida começa o ano expandindo negócios nas areias de outra praia. Inaugurou a primeira agência em Torres.

A vez de Alckmin

Tudo indica que o vice-presidente Geraldo Alckmin não é lá muito fã do gasoduto argentino Néstor Kirchner, aquele da Vaca Muerta. Pelo que dizem os que falaram com ele, o Brasil precisa de gás do sistema Petrobras, os gasodutos chamados Rota 1, 2, 3 e 4. Para reindustrializar o Brasil, precisa de juros baixos e abundância de crédito.
O gasoduto argentino custaria mais de R$ 2,5 bilhões mais 500 milhões de dólares. Muita coisa para uma vaca morta.

O anzol da solidão

Nos anos 1950 e 1960, a rapaziada de Porto Alegre usava nos cabarés uma técnica que exigia um investimento inicial. Esperava-se a abordagem de uma das garotas, que normalmente vinha com um clássico da noite.
- Paga uma Cuba, bem?
Soava "benheeee...". Bebia-se Cuba Libre, Coca Cola misturada com Rum Merino. Na primeira vez, não se regateava preço; da terceira vez em diante, conquistava-se a certificação do, digamos, ISO de freguês com direito a abatimento; no quinto ou sexto encontro, dependendo do charme, era no mól. Era para os pacientes. Muita mão-de-obra.
Outra técnica era esperar o cabaré fechar, alta madrugada. Desenhava-se uma situação perfeita para predadores com pouco dinheiro e boa conversa. O Ponto G das mulheres, vocês sabem, é no ouvido. Sozinhas ou com algum amor de última hora, todas iam comer alguma coisa nos poucos restaurantes que ficavam abertos na madrugada da Porto Alegre daqueles tempos. Duas situações.
No Alfredo, na Ramiro Barcelos com a Cristóvão Colombo, epicentro do Distrito Erótico da Farrapos. bastava pagar um bife a cavalo mais um bom papo, e lá íamos nós. No Treviso, do Mercado Público, o papo era outro. Até porque lá iam as mulheres da famosa boate Mônica. Como dizia o garçom Jorginho da Mônica, "não é pro teu bico". Era para o bico de estancieiro forte da Fronteira ou para capitães de indústria, como eram chamados os grandes industriais.
Agora, se você não tivesse grana mesmo, restava uma última saída, a saída "Oh, que mundo cruel!". Ficava sentado num cantinho do Treviso, cara de menino desamparado, triste e abandonado como um cão de rua, olhar pidão e carente como quem não quer nada.
Funcionava, dependendo da estampa do solitário cara de pau..

Cidade vazia


Bruna Suptitz
Nos últimos dias, a Rua da Praia e transversais parecem cidade do Interior, com pouca gente se arriscando a enfrentar a canícula. Até mesmo os camelôs e ambulantes que não ambulam sentiram o golpe, e é difícil ver algum deles falando em vendas boas. Talvez o retorno dos veranistas de janeiro traga nova vida para o Centro Histórico. E, talvez, a volta das chuvas ajude a amenizar o calor.
 

Tríplice aliança

O comércio sofre um triplo efeito negativo neste início de ano. Além da peladura generalizada, o calor insuportável não entusiasma bater pé nas lojas. Mais que o calor, o sol queimando e o vento abrasador.
 

Por fim...

"Ponha-se na presidência de um país qualquer um medíocre, louco ou semianalfabeto e, 24 horas depois, a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo". General Olímpio Mourão Filho, proferida nos anos 1960.