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Cinema
Hélio Nascimento

Hélio Nascimento

Publicada em 18 de Abril de 2024 às 20:06

Cenas

Motel Destino, filme de do diretor brasileiro Karïn Ainouz

Motel Destino, filme de do diretor brasileiro Karïn Ainouz

Pandora FIlmes;DIvulgação/JC
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Hélio Nascimento
O diretor brasileiro Karïn Ainouz, que atualmente reside na Alemanha, volta ao Festival de Cannes deste ano com o filme Motel Destino. Ainouz já tinha concorrido no ano passado com Firebrand, uma produção internacional sobre Catarina Parr, a última esposa de Henrique VIII. Desde a década de 1950 do século passado, o Brasil tem conseguido destaque naquela mostra internacional, quando O cangaceiro, de Lima Barreto, em 1953, recebeu um prêmio especial, que destacou seus méritos no gênero de aventuras. Em 1962, O pagador de promessas, de Anselmo Duarte, versão da peça de Dias Gomes, recebeu o prêmio principal, a Palma de Ouro. Em 1986, outra Palma, desta vez para a atriz Fernanda Torres, por sua atuação em Eu sei que vou te amar, de Arnaldo Jabor. Dois anos antes, outro filme brasileiro, Memórias do Cárcere, de Nelson Pereira dos Santos, versão do relato autobiográfico de Graciliano Ramos e exibido em mostra paralela, recebeu o Prêmio da Crítica Internacional, dividindo a láurea com Paris, Texas, de Wim Wenders, e Viagem a Citera, de Theo Angelopoulos.
O diretor brasileiro Karïn Ainouz, que atualmente reside na Alemanha, volta ao Festival de Cannes deste ano com o filme Motel Destino. Ainouz já tinha concorrido no ano passado com Firebrand, uma produção internacional sobre Catarina Parr, a última esposa de Henrique VIII. Desde a década de 1950 do século passado, o Brasil tem conseguido destaque naquela mostra internacional, quando O cangaceiro, de Lima Barreto, em 1953, recebeu um prêmio especial, que destacou seus méritos no gênero de aventuras. Em 1962, O pagador de promessas, de Anselmo Duarte, versão da peça de Dias Gomes, recebeu o prêmio principal, a Palma de Ouro. Em 1986, outra Palma, desta vez para a atriz Fernanda Torres, por sua atuação em Eu sei que vou te amar, de Arnaldo Jabor. Dois anos antes, outro filme brasileiro, Memórias do Cárcere, de Nelson Pereira dos Santos, versão do relato autobiográfico de Graciliano Ramos e exibido em mostra paralela, recebeu o Prêmio da Crítica Internacional, dividindo a láurea com Paris, Texas, de Wim Wenders, e Viagem a Citera, de Theo Angelopoulos.
Kevin Costner, depois de alguns anos volta à direção com Amazon, uma saga americana, que será exibido em duas partes, pois o filme tem quatro horas de duração. A estreia mundial já está marcada e o filme, a se julgar pelo trailer, é bastante ambicioso e certamente é uma tentativa de voltar ao nível de Dança com Lobos, vencedor do Oscar e o primeiro e admirável trabalho de Costner como cineasta. O realizador já havia afirmado antes que aprecia narrativas longas, sempre visando esclarecer os fatos narrados com a devida profundidade. Seu novo filme, um western, é certamente uma nova oportunidade para que ele firme sua posição entre muitas obras-primas do gênero, várias de John Ford, Henry King, Raoul Walsh, Howard Hawks e pelo menos uma de Clint Eastwood, Os imperdoáveis. O lançamento mundial de Amazon está marcado para 28 de junho, quando começarão as exibições da primeira parte. A segunda deverá ser lançada em 16 de agosto.
Gladiador, o belo filme de Ridley Scott, que venceu o Oscar, mas não recebeu o prêmio de direção, numa dessas injustiças comuns àquela premiação, tem agora uma continuação, Gladiador 2, realizada pelo grande cineasta britânico. Este costume de atribuir o melhor filme a seu produtor é uma verdadeira aberração que pouca gente rejeita e a maioria aceita. Ficou gravada a manifestação correta de um dos produtores do primeiro filme, que, adotando um tom crítico, atribuiu corretamente a Scott os méritos maiores da obra. O ideal seria, já que é praticamente impossível ignorar a presença e a importância do produtor, que ambos, cineasta e financiador, recebessem o prêmio em conjunto, como às vezes acontece por ser o realizador também um dos produtores da obra premiada. Hitchcock, que nunca recebeu o prêmio de direção, por ocasião de uma distinção pelo conjunto da obra, espécie de reparação, só disse "Obrigado" e se retirou do palco.
Clint Eastwood, que adotou o lema "não deixe o velho entrar", já encerrou as filmagens de Jurado nº 2, que ele próprio anunciou deverá será seu último trabalho como realizador. O cineasta, com 94 anos, disse certa vez que seu modelo era Manoel de Oliveira, que ultrapassou os cem anos dirigindo filmes. Ele venceu duas vezes o Oscar, com Os imperdoáveis e Menina de ouro, dois títulos que estão entre os maiores de todo os tempos. Eastwood também foi homenageado pelo Festival der Cannes quando sua obra foi definida como uma mescla de John Ford, Robert Bresson, Roberto Rossellini e Satyajit Ray.
 

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