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Colunas#Adega

Coluna

- Publicada em 25 de Junho de 2015 às 00:00

O terroir acima de tudo


ALTO LAS HORMIGAS/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Os fundadores são naturais da Toscana, conheceram Mendoza e foram imediatamente cativados pelo clima seco, as vinhas florescendo em elevadas altitudes e, sobretudo, pelo terroir da região. Estabeleceram como meta tornarem-se especialistas em Malbec, que consideravam uma uva ainda incompreendida, com alto potencial a ser explorado.
Os fundadores são naturais da Toscana, conheceram Mendoza e foram imediatamente cativados pelo clima seco, as vinhas florescendo em elevadas altitudes e, sobretudo, pelo terroir da região. Estabeleceram como meta tornarem-se especialistas em Malbec, que consideravam uma uva ainda incompreendida, com alto potencial a ser explorado.
Em 1996, quando os primeiros vinhedos foram plantados, em Lujan de Cuyo (foto ao lado), os trabalhadores se recusavam a utilizar veneno para exterminar as formigas e buscaram formas naturais para desviar a atenção delas. O nome da vinícola, Altos Las Hormigas, é uma alusão ao fato, mas também retrata espírito de equipe, persistência e trabalho incessante.
Hoje, seu portfólio ostenta cinco rótulos, todos com 100% de Malbec: o Clasico, de várias regiões de Mendoza; o Terroir e o Reserve, ambos do Vale de Uco; os Appellation Vista Flores e Altamira. Além de um Bonarda, de uvas cultivadas em Medrano e Carrizal de Abajo.
O colunista participou de uma degustação de três desses vinhos: o Clasico, com 13,9% de graduação alcoólica, parte dele mantido em barricas de carvalho por nove meses; o Reserva (14,4%), com pouco perceptíveis 18 meses de carvalho francês; e o Terroir (14,5%), de retrogosto marcante, profundo, de uvas provenientes de solo com 100% de calcário, em Vista Flores e Chacayes.
Todos estão na Sommelier (tel. 51 3024-0751).

Três perguntas para Antonio Morescalchi

Fundador e vice-presidente da Finca Altos Las Hormigas
1 Produzir quase exclusivamente Malbec é uma opção mercadológica?
Não, trata-se de executar um projeto iniciado em 1995, que buscou complexidade e qualidade a partir da uva Malbec. Enfrentamos a imagem negativa que ligava Mendoza a vinho a granel, a descrença dos produtores locais em nossa abordagem moderna, visando ao melhor aproveitamento do impecável terroir da região. Em 2008, desencadeamos uma caçada aos melhores solos para cultivo, mapeamos e classificamos cada um deles. Hoje, nossos vinhos trazem consigo a identidade de cada terroir, sem interferências.
2 Qual a importância dos enólogos na elaboração de seus vinhos?
O enólogo é servo do terroir, sua vaidade não pode estar acima do que de melhor o solo oferece. Nossos vinhos não têm que revelar passagem por carvalho ou excessivas intervenções, o que desejamos é que ele expresse a identidade da uva e do terroir. Nosso desafio é subsistir fazendo o vinho de que gostamos - e ficamos felizes quando os consumidores também o apreciam.
3 E a vitivinicultura brasileira?
Conheço pouco, mas o suficiente para afirmar que seu tempo chegará. Sei que há castas bem adaptadas às regiões produtoras, que os espumantes atingiram um bom padrão. Julgo que tenha potencial, embora ainda esteja na infância, assim como Mendoza está na adolescência.

Doses

  • Hoje à noite, na Fundação Ecarta, palestra do engenheiro de alimentos Júlio César Kunz sobre Degustação Vertical e Horizontal. O conceito vertical refere-se ao mesmo vinho em várias safras, enquanto horizontal corresponde a diferentes produtores do mesmo ano. A partir de 19h30min, na av. João Pessoa, 943. Com degustação de seis vinhos, as inscrições custam R$ 35,00: (51) 4009-2971 ou www.ecarta.org.br.
  • Harmonização de vinhos com risotos e polentas é o curso que a Feevale irá promover entre 7 e 9 de julho, das 18h15min às 22h15min, no Câmpus II. Inscrições até dia 5, pelo www.feevale.br/cursoseeventos ou (51) 3586-8822.
  • Cachaçaria Engenho Água Doce valeu-se do programa Design Export para valorizar suas embalagens. O foco principal são países europeus, Panamá e África do Sul, para onde a pernambucana Engenho Água Doce direcionou seus negócios, a partir de 2003.

Chope e cerveja

  • Dado Bier, que completa 20 anos em 2015, está com novos rótulos em suas cervejas, criados pelo designer Sandro Fetter. Original, Weiss, Belgian Ale, Red Ale, Ilex e Royal Black têm agora rótulos que envolvem toda a garrafa, permitindo maior exposição de informações.
  • Instituto da Cerveja Brasil (em São Paulo) mantém abertas as inscrições para a terceira turma do curso avançado de tecnologia cervejeira, em parceria com a Weihenstephan, de Munique. As aulas iniciam-se dia 30 de junho e serão ministradas na sede, bairro Moema. Veja em www.institutodacerveja.com.br.
  • Terça-feira, em Curitiba, será lançada a segunda edição da cerveja HighWay to Hop'n Roll. Tem 5,6% de álcool e segue o estilo farmhouse ale, comum nos Estados Unidos. Um diferencial é a presença da gabiroba, fruta muito presente no Paraná, de sabor picante.
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