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Colunas#Adega

Coluna

- Publicada em 24 de Abril de 2014 às 00:00

Uma referência ao se falar de vinhos


JOÃO MATTOS/JC
Jornal do Comércio
Quando comecei a escrever sobre o tema, há mais de 20 anos, Adolfo Lona, então diretor da De Lantier, braço vinícola de uma poderosa multinacional de bebidas, era uma de minhas principais referências. Continua sendo, atualmente tocando com desvelo e competência a produção de espumantes que têm o seu nome. Por enquanto, apenas eles, embora reconheça inquietude de enólogo frente ao desafio de elaborar algum vinho tranquilo. Conversar com alguém que faz parte da história dos vinhos gaúchos e se mantém sempre inovando, é algo proveitoso demais - veja na seção Três Perguntas. 

Quando comecei a escrever sobre o tema, há mais de 20 anos, Adolfo Lona, então diretor da De Lantier, braço vinícola de uma poderosa multinacional de bebidas, era uma de minhas principais referências. Continua sendo, atualmente tocando com desvelo e competência a produção de espumantes que têm o seu nome. Por enquanto, apenas eles, embora reconheça inquietude de enólogo frente ao desafio de elaborar algum vinho tranquilo. Conversar com alguém que faz parte da história dos vinhos gaúchos e se mantém sempre inovando, é algo proveitoso demais - veja na seção Três Perguntas. 

Quem sabe fazer boa cerveja pode ganhar prêmios em dinheiro e viagem ao Rio - regras do concurso estão em Chope e Cerveja. Novidades sobre vinhos, em Doses. Boa leitura, felizes degustações!

Três perguntas para Adolfo Lona

1 - Quais as diferenças entre tua época na De Lantier e a atual vitivinicultura gaúcha?

Os desafios são os mesmos: lidar com as consequências na maturação das uvas, resultantes do clima chuvoso na época de pré-colheita.   Naquela época não havia controle sobre essa variável, nosso esforço maior era o convencimento dos fornecedores quanto à importância disso. Os agrônomos atuavam muito no campo, as uvas eram classificadas na entrada da cantina. Tivemos excelentes resultados com a tecnologia, não deixávamos que ela modificasse as características dos vinhos, apenas que aperfeiçoasse procedimentos para tirar o máximo potencial das uvas. Posteriormente chegaram algumas práticas que condeno, tais como uso de maravalha de carvalho (chips), osmoses inversas, evaporação da água etc.

2 - A evolução dos vinhos gaúchos teve mais a ver com exigência de mercado ou tecnologia?

A tecnologia foi fundamental, mas ela teve resultado devido à melhora das uvas. O mercado evolui mais lentamente, o consumidor é progressivo, aprende, se educa e esta evolução o faz mais exigente. O produtor que acha que o consumidor conhece pouco e bebe qualquer coisa está condenado ao fracasso. No Brasil, as últimas décadas demonstram isso: tivemos a fase dos rosados com açúcar, os vinhos do “tipo alemão”, a garrafa azul, os tintos com excesso de madeira, quase adocicados. E agora o mercado aprecia vinhos mais secos, naturais, sem enfeites ou máscaras. É a evolução que não para.

3 - Como criador do primeiro Brut Rosé brasileiro, qual tua avaliação sobre teus espumantes?

Tenho prazer em trabalhar com pequenas produções, elas permitem uma qualidade superior. Trabalhar em uma grande empresa me ensinou o que não deve ser feito. O Brut Rosé Adolfo Lona é nosso campeão de vendas em todo o Brasil, acertamos ao apostar nesse estilo de espumante, leve, festivo, fácil de beber e que encanta o público que impulsiona o consumo desta bebida: as mulheres. Elas estão desempenhando um papel primordial no consumo e na mudança de hábitos de seus companheiros, que ainda mantêm algum preconceito. O Orus Rosé Pas Dosé é meu maior orgulho pelo desafio que representa: desde 2008, a produção fica sempre em torno de 600 garrafas, penso que é um digno representante da potencialidade da Serra gaúcha. 

Chope e cerveja

  • O bem conhecido restaurante Aprazível, encravado no bairro de Santa Tereza e na história do Rio de Janeiro, decidiu ampliar sua carta de cervejas próprias: instituiu um concurso em que as três receitas vencedoras serão premiadas com R$ 12 mil. O campeão ganhará também100 litros de sua cerveja e viagem ao Rio, com acompanhante. A curadora será a beer sommelier Cilene Saorin. Inscrições até junho: www.cervejaaprazivel.com.br.
  • Sábado, das 16h às 21h30min, cervejas harmonizadas com burgers gourmet (acima) estarão na segunda edição do Biers & Burgers - a primeira, em Atlântida, atraiu mais de 1,5 mil pessoas. Meia dúzia de chefs apresentarão suas criações e cada hambúrguer será vendido por R$ 14,00 - com dois chopes Coruja, R$28,00. No Solar Coruja, Rua Riachuelo, 525 - é só chegar.

Doses

  • Jantares harmonizados da Salton, em 2014, serão inspirados na culinária dos países campeões da Copa do Mundo. Começou com a Argentina em abril, e o próximo, dia 17 de maio, será com iguarias do Uruguai. Tudo acontece na sede da vinícola, em Tuiuty (Bento Gonçalves) e as harmonizações ficam a cargo da sommelière Mônica Coletti.
  • Coquetel oferecido aos participantes brasileiros do Salone del Mobile, que acontece todos os anos em Milão, teve vinhos Bueno La Valleta e Bueno-Cipresso Brunello di Montalcino, produzidos na Toscana por Galvão Bueno e o enólogo Roberto Cipresso. Os novos rótulos estão em restaurantes e lojas especializadas.
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