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Colunas#A voz do Pastor

Coluna

- Publicada em 26 de Junho de 2014 às 00:00

O pálio arquiepiscopal


Jornal do Comércio
Dom Jaime Spengler viajou para Roma a fim de receber, como 7º. Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre, o pálio, das mãos do Papa Francisco, no dia 29 de junho, festa dos Apóstolos Pedro e Paulo, dos quais o Papa é o sucessor. Trata-se de uma insígnia exclusiva dos Arcebispos e do Patriarca de Jerusalém do rito latino.

Dom Jaime Spengler viajou para Roma a fim de receber, como 7º. Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre, o pálio, das mãos do Papa Francisco, no dia 29 de junho, festa dos Apóstolos Pedro e Paulo, dos quais o Papa é o sucessor. Trata-se de uma insígnia exclusiva dos Arcebispos e do Patriarca de Jerusalém do rito latino.

O Pálio é uma pequena estola, feita de lã branca de cordeiro, com seis cruzes e franjas pretas. Exprime o poder que o Arcebispo recebe na província eclesiástica. Liga-o mais estreitamente com a Igreja de Roma. Tem, pois, um valor simbólico de comunhão eclesial. É usado nas celebrações litúrgicas mais solenes dentro da Província.

Em toda Celebração Eucarística, se faz a lembrança da Igreja. Realiza-se em união com o Papa, que reside em Roma, e o Bispo, que preside a Igreja local. A rigor, quem não se encontra em união com ambos, não pode celebrar a Missa.

Além desta união hierárquica, que representa o próprio Cristo, a Igreja acrescenta, em suas celebrações, a comunhão com os santos, os falecidos que lembramos com saudade, e todo o povo de Deus, que forma a família cristã. Todos os que integramos esta família – do céu, da terra e do purgatório – nos encontramos com o Pai celeste para lhe oferecer o sacrifício de seu Filho, Salvador e Irmão nosso, na unidade do Espírito Santo.

A união na Igreja é hierarquizada. Sua cabeça é Cristo, a alma, o Espírito Santo, e o corpo somos todos nós, membros da Igreja, batizados. Esta união se torna visível para a Igreja católica na pessoa do Papa e para a Igreja local na pessoa do Bispo. Cinco notas caracterizam nossa Igreja de Cristo: una, santa, católica, apostólica e porto-alegrense.

Como a Igreja se espalha por todo o mundo, sentiu-se a necessidade de tornar mais orgânica sua estrutura. Além dos Patriarcados, organizaram-se também Províncias eclesiásticas. Estas têm à sua frente um Arcebispo. A ele cabe certa supervisão sobre a Província.

O Arcebispo recebe o pálio das mãos do Papa para significar sua estreita relação com ele. Pode usá-lo somente dentro do território de sua Província. É o sinal externo de sua função arquiepiscopal.

O pálio é confeccionado pelas monjas beneditinas de Roma. Antes de ser entregue aos Arcebispos, os pálios são conservados numa urna, junto ao túmulo do Apóstolo Pedro, na Basílica Vaticana.

O pálio é confeccionado com lã de cordeiro e benzido pelo Sumo Pontífice. Simboliza a função do Pastor que, na feliz expressão do Papa Francisco, deve ter o “cheiro das ovelhas”. Por isso, traz sobre os próprios ombros, como faixa representativa, este símbolo feito de lã de cordeiro.

Como o Pastor é uma pessoa viva, com nome próprio, o pálio é estritamente pessoal. Liga o arcebispo à sua Arquidiocese. Se, por acaso, for transferido para outra Arquidiocese, deverá receber outro pálio. O Arcebispo emérito fica com o seu pálio, que levará para o túmulo. Por isso, o Pálio que Dom Jaime recebe, em Roma, no dia 29 de junho, o vincula à arquidiocese de Porto Alegre, com as sufragâneas Caxias, Novo Hamburgo, Osório e Montenegro.

Dom Jaime Spengler está em Roma e, a pedido, Dom Dadeus Grings assina a coluna nesta semana

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