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Colunas#A voz do Pastor

Coluna

- Publicada em 01 de Agosto de 2013 às 00:00

O celibato de Jesus


Jornal do Comércio
Jesus começa seu ministério proclamando que “o tempo se cumpriu e o reino de Deus está próximo”. No Antigo Testamento, a lei do levirato obrigava alguém a casar com a viúva do irmão para garantir o nome e a herança do povo. Assegurava, assim, a garantia das promessas dadas por Deus a Abraão. O celibato de Jesus, ao contrário, elimina esta tradição que incluía o povo no cumprimento das promessas aos antepassados.
Jesus começa seu ministério proclamando que “o tempo se cumpriu e o reino de Deus está próximo”. No Antigo Testamento, a lei do levirato obrigava alguém a casar com a viúva do irmão para garantir o nome e a herança do povo. Assegurava, assim, a garantia das promessas dadas por Deus a Abraão. O celibato de Jesus, ao contrário, elimina esta tradição que incluía o povo no cumprimento das promessas aos antepassados.
Jesus, com seu celibato, garante que já não devemos esperar o cumprimento das promessas para um futuro longínquo, mas que seu tempo já se cumpriu. O reino de Deus está em nosso meio. É festa. Por isso não se pode estar triste. O definitivo está acontecendo.
A partir do celibato de Jesus, instaura-se uma nova maneira de viver. Milhares de pessoas deixam tudo, inclusive o ideal de constituir família própria que lhes dê posteridade, para seguir o mestre. E têm consciência de fazê-lo por causa do reino de Deus. Sentem o convite pessoal, fascinante e profético deste reino.
A essência da vida cristã é o amor, bem como o culto a Deus e a evangelização. Por isso, no mês de agosto, dedicado às vocações cristãs, colocamos esta tríplice dimensão do reino como motivação para todo chamado de Deus para o trabalho no seu reino. A primeira semana, dedicada à vocação presbiteral, tem como eixo a caridade pastoral. O amor leva a pessoa chamada a viver para Deus e para o próximo na comunidade paroquial. Deixa tudo para viver o amor cristão do serviço pastoral no tríplice múnus recebido de Cristo, para o representar junto à comunidade dos fiéis, como homem da palavra, como sacerdote dos sacramentos e como pastor do rebanho. Em tudo será movido pela caridade pastoral, como presbítero, ou seja, como ancião que tem e assume a idade da Igreja, de dois mil anos, para estar junto ao povo de nossos dias.
A segunda semana leva os cristãos a viverem o amor cristão em família, pela união conjugal e  pela geração e educação de filhos, conformando-se ao Cristo crucificado, que dá sua vida para que outros tenham vida em abundância. A Igreja garante que o futuro da humanidade passa pela família, isto é, realiza-se pelo amor familiar que relaciona o casal no amor de Cristo e une pais e filhos na fecundidade e na doação.
A terceira semana retrata uma vocação especial, que projeta o amor como modelo dos bens definitivos: amor por causa do reino de Deus, expresso pela consagração total, através de três votos, que o testemunham frente aos bens terrenos, pela pobreza, frente aos outros, pela obediência, frente ao prazer, pela castidade. Testemunha assim o amor como algo mais sublime. Perpassa todas as fibras do coração.
A quarta semana destaca o amor na construção de um mundo mais justo, fraterno e próspero, pela índole secular dos leigos e leigas. Eles são a Igreja no coração do mundo e o mundo no coração da Igreja. Mostram que um outro mundo – outro em relação à ganância, em relação à violência, em relação às drogas e à corrupção – é possível. Chama-se civilização do amor. Nele prevalece o relacionamento humano, inspirado na atitude de Cristo, que veio para servir e não para ser servido.
Rezamos pelas vocações cristãs para que tenhamos um mundo de mais solidariedade e de uma vivência humana mais pacífica e feliz. Onde reina o amor, ali está Deus. Aprendemos a viver melhor a partir do celibato de Jesus Cristo e de seus seguidores mais imediatos. Apontam para o ideal mais sublime da vida.
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