Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Colunas#A voz do Pastor

Coluna

- Publicada em 11 de Novembro de 2010 às 00:00

A finalidade do matrimônio


Jornal do Comércio
Quando se pergunta aos noivos porque querem casar, as respostas costumam variar. No primeiro plano está o “gosto”. Casam porque se gostam. Alguns avançam para mais alto e confessam que se gostam porque se amam. Outros, porém, sem coragem de dizê-lo abertamente, casam para usufruir ou dos bens do outro, ou de sua fama, ou de seu charme. Coisas passageiras. É o casamento em função do status. Outros ainda casam para se verem livres ou da solidão ou do controle dos pais ou tutores. Pergunta-se então sobre o que realmente o matrimônio oferece. Chegamos à questão objetiva. Ela nos preserva de ilusões, evitando que se busque, no matrimônio, o que ele, na realidade, não visa a proporcionar. Quem assim procede em breve sai desiludido. Não foi o que esperava ou procurava.
Quando se pergunta aos noivos porque querem casar, as respostas costumam variar. No primeiro plano está o “gosto”. Casam porque se gostam. Alguns avançam para mais alto e confessam que se gostam porque se amam. Outros, porém, sem coragem de dizê-lo abertamente, casam para usufruir ou dos bens do outro, ou de sua fama, ou de seu charme. Coisas passageiras. É o casamento em função do status. Outros ainda casam para se verem livres ou da solidão ou do controle dos pais ou tutores. Pergunta-se então sobre o que realmente o matrimônio oferece. Chegamos à questão objetiva. Ela nos preserva de ilusões, evitando que se busque, no matrimônio, o que ele, na realidade, não visa a proporcionar. Quem assim procede em breve sai desiludido. Não foi o que esperava ou procurava.
Objetivamente falando, o matrimônio apresenta quatro objetivos que podemos hierarquizar em quatro graus ascendentes: a satisfação subjetiva, a mútua complementação, a geração e educação de filhos e a configuração a Cristo com sua Igreja.
No primeiro degrau, da satisfação subjetiva, encontra-se o prazer sexual. Os gregos o exprimiam pela palavra “eros”, donde deriva erótico. Infelizmente nossa sociedade associou-lhe um sentido pejorativo. Quando se fala de um filme erótico todos o qualificam de pornográfico. O erótico, porém, não é mau em si. Torna-se negativo somente quando seu uso extrapola sua finalidade. O eros acompanha o ato sexual. Se o ato for correto e moral, o eros constitui como que seu complemento e incentivo necessários. O matrimônio visa ao eros. Proporciona um prazer sexual. Trata-se  de uma atração quase irresistível, com que a natureza brinda o casal que decide partilhar mutuamente sua vida. É, pois, em si mesmo, bom e valioso. Dom de Deus para a humanidade, à semelhança do gosto que acompanha a alimentação. Arruína somente quando usufruído fora de medida.
No segundo degrau da finalidade do matrimônio está a mútua complementação. A sexualidade não é individual mas a dois: masculina e feminina. Envolve a pessoa como um todo e a torna essencialmente social. Só se realiza dando cada um o que é seu e recebendo o que é do outro, tanto física como espiritualmente. O eu só se realiza do tu. O desejo constitui a mola da ação. Duas pessoas se unem em matrimônio porque se amam e assim se complementam. O binômio identidade-diferença não coincide com o da igualdade – diversidade.O homem e a mulher são idênticos em humanidade. O que está em questão não é a identidade mas a diferença. Não se pode reduzi-la à diversidade de papéis. Diferença não é diversidade. Não indica relacionamento entre coisas, mas entre pessoas. Um vive para o outro. Os dois convivem. O casamento realiza a identidade de vida a dois.
No terceiro degrau encontramos a geração e educação de filhos. O ser humano tem o direito de ser concebido e educado no seio de uma família, pela unidade corporeoespiritual de dois cônjuges. Não pode aparecer  apenas como  objeto, quer do desejo, quer do trabalho técnico. Procriar não é reproduzir. Os genitores são procriadores. Apontam para o além, onde se busca a origem da vida. São colaboradores com Deus.
Por isso o quarto degrau da finalidade do matrimônio assemelha o casal a Cristo e à Igreja. Constitui sua espiritualidade. S. Paulo exclama que é grande este mistério. Assim como Cristo ama a Igreja, o marido deve amar sua esposa e assim como a Igreja ama a Cristo a mulher deve amar o esposo. Neste mistério do matrimônio encontra-se a salvação. É a riqueza da graça que torna dois uma só carne, mas em Cristo e sua Igreja.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO