A investigação criminal defensiva é uma ferramenta poderosa nas mãos do advogado criminalista. Mais do que um conjunto de atos técnicos, ela serve para buscar o equilíbrio do jogo.
Em um sistema penal que, historicamente, deu maior protagonismo à investigação oficial, a atuação investigativa do defensor surge como uma resposta à altura, buscando garantir que o processo penal se aproxime da verdade real e não apenas da versão construída unilateralmente.
No dia a dia da advocacia criminal, a Investigação Criminal Defensiva pode ser o divisor de águas entre uma condenação injusta e uma absolvição legítima. Ela se aplica desde os primeiros momentos do caso até fases mais avançadas do processo, especialmente em casos complexos.
Ouvir uma testemunha ocular esquecida, cruzar dados que desmontam uma narrativa acusatória, juntar imagens de câmeras de monitoramento que registraram o acusado em local diverso do crime ou obter um laudo técnico independente são atitudes que demonstram o compromisso do advogado não só com a técnica, mas com a responsabilidade de quem defende vidas, famílias, histórias e reputações.
O criminalista, nesses momentos, deixa de ser mero reativo e passa a ser protagonista na busca pela justiça. Em tempos de processos cada vez mais midiáticos, de decisões rápidas e pré-julgamentos sociais, adotar essa prática é se antecipar para evitar um erro jurídico e lutar por um processo justo
Ao romper a passividade e agir com inteligência investigativa, o advogado criminalista mostra que a defesa não é espera — é ação. E, nesse cenário, a Investigação Criminal Defensiva não é mais um diferencial: é uma necessidade.
Sócios da Moraes Vasques Advogados Associados