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Publicada em 03 de Março de 2025 às 01:25

Quando vale a pena investir em uma holding familiar?

Artigos de renomados juristas gaúchos e do Brasil

Artigos de renomados juristas gaúchos e do Brasil

/Arte/JC
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Silvinei Toffanin
De acordo com o Mapa de Empresas do governo federal, no início do ano passado, havia pelo menos 117 mil holdings ativas no Brasil. O IBGE, por sua vez, aponta que 90% das empresas no Brasil têm perfil familiar, que respondem por mais da metade do PIB do País e empregam 75% da população.
De acordo com o Mapa de Empresas do governo federal, no início do ano passado, havia pelo menos 117 mil holdings ativas no Brasil. O IBGE, por sua vez, aponta que 90% das empresas no Brasil têm perfil familiar, que respondem por mais da metade do PIB do País e empregam 75% da população.
Não é à toa que há um movimento interessante entre empresários e investidores, que buscam formas de proteger o patrimônio construído, de planejar a sucessão e até de otimizar a incidência de tributos sobre o negócio. Muitos deles, inclusive, têm voltado suas atenções para a possibilidade de constituição de uma holding familiar, uma estrutura jurídica que pode trazer benefícios interessantes para as companhias a longo prazo, visto que centraliza, controla e administra empresas e ativos de uma mesma família dentro de um mesmo organismo.
Claro que antes da tomada de decisão pela constituição de uma holding familiar, pode haver dúvida se essa é uma medida que realmente vale a pena. Em minha avaliação, uma série de fatores vão influenciar a criação dessa estrutura. O primeiro deles é o tamanho e a complexidade relacionada à gestão do patrimônio da família.
Também recomendo a formação de uma holding familiar quando as famílias atuam em setores com maior risco ou quando possuem ativos muito valiosos, que realmente precisem de mecanismos de proteção, bem como há uma busca pela redução da carga tributária incidente sobre os negócios e necessidade de otimização da gestão.
Feita a decisão pela criação da holding familiar e implementada a estrutura para a sua gestão, será possível observar algumas vantagens relevantes. A família, por exemplo, estará resguardada contra eventuais riscos financeiros, como dívidas ou ações judiciais, uma vez que seus bens da holding são separados dos bens pessoais dos sócios.
A holding traz como vantagem a possibilidade de uma administração centralizada dos negócios da família, o que facilita a tomada de decisões e a implementação de estratégias conjuntas. Isso pode ser particularmente vantajoso em famílias com múltiplos negócios ou ativos diversificados.
É fundamental consultar profissionais especializados para entender cada detalhe jurídico e tributário, além dos impactos para específicos para cada negócio. Oriento que empresários e investidores avaliem o tema a fundo para se beneficiarem da decisão e terem a garantia de prosperidade para o patrimônio da família.
Fundador e sócio da Direto Group

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