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Publicada em 08 de Setembro de 2025 às 17:38

Congresso TranspoSul abre inscrições e confirma programação técnica

Evento chega à sua 24ª edição como um dos principais eventos sobre transporte e logística do País

Evento chega à sua 24ª edição como um dos principais eventos sobre transporte e logística do País

Setcergs/Divulgação/JC
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O Congresso Técnico da 24ª TranspoSul – Feira e Congresso de Transporte e Logística já está com inscrições abertas e terá sua programação realizada entre os dias 23 e 26 de setembro, no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre. O evento, promovido pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul (Setcergs), reunirá autoridades, especialistas e executivos para debater os grandes temas do transporte rodoviário de cargas e da logística nacional.
O Congresso Técnico da 24ª TranspoSul – Feira e Congresso de Transporte e Logística já está com inscrições abertas e terá sua programação realizada entre os dias 23 e 26 de setembro, no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre. O evento, promovido pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul (Setcergs), reunirá autoridades, especialistas e executivos para debater os grandes temas do transporte rodoviário de cargas e da logística nacional.
No primeiro dia, a agenda inicia às 12h com coquetel de abertura na Sala 201, seguido da solenidade oficial às 13h. Logo depois, o prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi Siqueira, abre os debates com a palestra “Emprego: a verdadeira política de inclusão social” (14h30). A tarde segue com Alexandre Weimer, que falará sobre crescimento em um setor volátil usando Inteligência Artificial (15h30). Em seguida, o painel “A Voz do Transporte na Influência Digital” contará com Tony Bernardini, Paula Demeneghi e Felipe Comelli (16h30). O dia se encerra com apresentações de Daniel Keller (Liderança Ambidestra, 17h30), Lucilene Carvalho (ESG na indústria automotiva, 18h30) e a entrega do Prêmio Gaúcho Despoluir, promovido pela Fetergs e Fetransul.
No segundo dia (24), a programação traz análises sobre conjuntura política e inovação. Ricardo Gomes abre o turno com uma visão sobre o cenário político de 2026 (14h30), seguido por Leandro Brito, que apresenta as tendências da conectividade nos veículos pesados (15h45). O debate sobre os impactos da reforma tributária ficará a cargo de José Salvador Ramos de Oliveira e Daniele Basilio de Almeida (17h). O encerramento do dia terá Luis Gambim, com estratégias para o futuro do transporte (18h15), além da participação da Trashin (19h).
O terceiro dia (25) terá início com Cristiane Flôres Bortoncello, abordando equilíbrio emocional no ambiente corporativo (14h30). A Volkswagen apresenta suas inovações para veículos pesados (15h45), seguida pela economista Patrícia Palermo, que analisará os impactos do cenário econômico no setor (17h). O ex-governador e integrante do Conselho Consultivo do Setcergs, Germano Rigotto falará sobre “Brasil em Movimento: Cenários Políticos e Econômicos para o Transporte e a Logística” (18h15). A programação do dia será concluída com a apresentação dos programas de certificação do Setcergs, com foco em segurança viária e jornada ESG (19h).
No quarto e último dia (26), o destaque será a palestra de Dr. Marlos Melek, juiz federal do trabalho e redator da reforma trabalhista, com o tema “Contratar PJ ou autônomo: o que mudou na Justiça?” (14h30). Na sequência, Felipe Costa abordará como criar uma cultura de inovação nas transportadoras (15h30), e a psicóloga Luciana Deretti destacará o protagonismo como estratégia de sucesso (16h30). O encerramento terá palestras de Magda Geyer Ehlers, sobre sucessão familiar em empresas de transporte (17h30), e de David Silvério, que apresentará “A Nova Rota da Mobilidade: ESG, IA e Caminhões Autônomos” (18h30).
O Palco HUB complementa a programação com painéis práticos e dinâmicos. Entre os destaques estão: William Magalhães (Manutenção estratégica com Big Data), Ricardo Hegele (Saúde do motorista e competitividade), Cleverson Forato (ESG no transporte de cargas) e Carlos Palhares (Cultura organizacional baseada em dados).
Também estão confirmados: Rafael Brito (Inteligência fiscal na renovação de frota), Diego Paludo (Gestão de pneus), Vinicius Fernandes (Inovação e digitalização), Kassio Seefeld (Inovação, cultura e gestão), além de Elisângela Pereira e Fernando Massignan (Reforma Tributária: a conta vai fechar?).
O palco do HUB do Embarcador recebe, ainda, Orion de Vargas Flores e Gabriela Braga (Licenciamento ambiental no transporte de perigosos), Marcelo Trombeta (O poder do intangível nas vendas de frete), Daniela Brandeburski (Gestão de riscos e multas da ANTT), além de espaço reservado para startups (Akau).
A programação também contará com Fábio Torres Claro (Segurança viária e competitividade) e o painel “A força feminina guiando o futuro do transporte”, com Paula Demeneghi, Andressa Scapini e Betina Kopper. As inscrições podem ser feitas no link https://transposul.com/congresso/ 

Encontro promovido pela Fetransul avalia avanços e desafios de ação na Lei do Motorista

A Fetransul realizou, na semana passada, uma reunião online para avaliar os avanços e desafios decorrentes da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5322, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impacta diretamente a Lei do Motorista (Lei 13.103/2015). O encontro reuniu presidentes de sindicatos, diretores e representantes de empresas do setor. O Setcergs foi representado pela superintendente de Relações do Trabalho, Andressa Scapini, pela diretora da Superintendência de Operações de Transporte e Logística, Betina Kopper, e pelo diretor da Superintendência de Relações do Trabalho, Sérgio Neto.
O presidente da Fetransul, Francisco Cardoso, destacou a importância da conquista parcial obtida no julgamento da ADI 5322.
"Talvez não tenhamos alcançado a vitória completa que desejávamos, mas tivemos a conquista significativa da modulação dos efeitos da ADI 5322 a partir do julgamento em 2024", afirmou.
Já o gerente executivo de Relações Trabalhistas e Sindicais da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Frederico Melo, reforçou a centralidade da negociação coletiva.
"A coisa mais importante na relação de trabalho é o salário. Ninguém trabalha por trabalhar, todos trabalham para receber uma contraprestação pelo esforço, e até esse ponto, que é essencial, pode ser reduzido mediante convenção ou acordo coletivo, como está expresso na Constituição", destacou, lembrando ainda que a legislação prevê jornadas diferenciadas e possibilidade de negociação para adequação das condições de trabalho. Outro aspecto é que a duração normal do trabalho não pode ser superior a 8h diárias, facultada a compensação, mas a lei não limita quantas horas extras podem ser feitas.
"A própria Constituição prevê jornadas diferenciadas, como de 6h em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva. Além disso, há dispositivos que tratam sobre dormir no caminhão. Com base nisso, defendemos que é plenamente possível sustentar a defesa dos interesses do setor", completou Frederico Melo.
Na oportunidade, foram apresentados os quatro documentos elaborados pela CNT e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT) para orientar as negociações coletivas: "Diretrizes para o setor de fretamento", "Minuta de ACT para o setor de fretamento", "Minuta do termo de adesão do TRC" e "Diretrizes para negociação coletiva após a ADI 5322". O material busca oferecer maior segurança jurídica a sindicatos e empresas no enfrentamento dos novos cenários decorrentes do julgamento.
A Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015, conhecida como Lei do Motorista, regulamentou a profissão estabelecendo regras sobre jornada, descanso e condições de trabalho, mas desde sua aprovação gerou divergências entre empresários, motoristas, sindicatos, Ministério Público do Trabalho e a própria Justiça do Trabalho. Em setembro de 2015, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT) ingressou no Supremo Tribunal Federal com a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5322, questionando a constitucionalidade de 20 dispositivos da lei. O julgamento se arrastou por anos e, a partir de 2024, o STF declarou quatro pontos inconstitucionais e modulou os efeitos da decisão, medida que trouxe maior previsibilidade ao setor, ainda que não tenha contemplado todas as demandas das empresas de transporte.

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