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Transporte aéreo

- Publicada em 11 de Setembro de 2023 às 17:32

Sinergia ajuda a otimizar a cadeia aeronáutica

Hoje, as empresas de ground handling no Brasil respondem por 95% das operações em solo

Hoje, as empresas de ground handling no Brasil respondem por 95% das operações em solo


MIGUEL SCHINCARIOL/AFP/JC
Há alguns dias já estão sendo aplicados os mínimos de separação reduzidos entre aeronaves que utilizam a mesma pista (RRSM) no Aeroporto Internacional de São Paulo - Guarulhos, uma iniciativa que faz parte do Projeto AGILE GRU. O procedimento pode ser aplicado entre uma aeronave que decola e uma aeronave que pousa subsequente, entre duas aeronaves que decolam na mesma pista ou entre duas aeronaves que pousam na mesma pista.
Há alguns dias já estão sendo aplicados os mínimos de separação reduzidos entre aeronaves que utilizam a mesma pista (RRSM) no Aeroporto Internacional de São Paulo - Guarulhos, uma iniciativa que faz parte do Projeto AGILE GRU. O procedimento pode ser aplicado entre uma aeronave que decola e uma aeronave que pousa subsequente, entre duas aeronaves que decolam na mesma pista ou entre duas aeronaves que pousam na mesma pista.
"O procedimento inovador e inédito no Brasil permite maior eficiência em operações, menor consumo de combustível e beneficia os passageiros, mas só é possível graças a uma atuação sinérgica de todos os elos da cadeia aeroportuária", disse Ricardo Aparecido Miguel, presidente da Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo).
O executivo lembra que esse movimento começou anos atrás, em 2017, com um amplo esforço de todas as partes envolvidas para disseminar a cultura do processo de tomada de decisão colaborativa (ACDM, sigla em inglês para "Aeroporto - Tomada de Decisão Colaborativa"), em busca de um novo patamar de eficiência para a comunidade aeronáutica no continente sul-americano.
A aplicação dos chamados mínimos de separação reduzidos entre aeronaves que utilizam a mesma pista (RRSM) no Aeroporto Internacional representa, entre outros ganhos, menor consumo de combustível e emissões de CO2, operações mais suaves, ou seja, evitando manobras desnecessárias. Todos beneficiam diretamente também os passageiros com voos mais confortáveis e redução dos custos operacionais, que impactam diretamente no preço das passagens aéreas.
Para Abreu, especialista em sistemas A-CDM, ¨compartilhar livremente as informações, proteger conjuntamente a confidencialidade e ter confiança mútua, são novos conceitos cuja prática dependerá das mudanças da cultura operacional entre os diversos atores do Aeroporto Internacional de Guarulhos¨.
"Não podemos deixar de dizer que o Operador de Aeronaves é responsável pelo TOBT (Horário de Saída Alvo), mas isso somente é possível com as informações precisas do operador de serviços em solo para saber o status do voo e o progresso do turn around, aliado ao tempo de permanência no box da aeronave que se encontra no estacionamento, permitindo às empresas aéreas a melhor decisão para cada evento que antecede a decolagem no horário previsto", resume Abreu.
Hoje, as empresas de ground handling no Brasil respondem por 95% das operações em solo, desde a limpeza de aeronaves, com foco na sua desinfecção, transporte terrestre e atendimento de passageiros, tripulantes, check-in, manuseio de carga, canal de inspeção - security - para embarque de passageiros, bagagens e cargas aéreas, entre outras modalidades.
 

Azul Cargo inaugura novo terminal de cargas em Congonhas

Azul Cargo, uma das principais empresas de transporte de carga do país, inaugurou o novo terminal de cargas (TECA) do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O espaço possui uma área total de 3.200 m² destinados ao armazenamento e manuseio de pacotes. De acordo com a companhia, o espaço atenderá toda a operação, incluindo cargas expressas, Clientes corporativos e lojas, para os aeroportos de Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte. Além disso, conectará aos hubs de Viracopos, em Campinas, o BH Airport e o Aeroporto de Guararapes, em Recife atendendo outros estados além dos destinos. Assim, o atendimento é ampliado para dez cidades, 956 bairros, e serão realizadas mais de 1000 entregas por dia.
Atualmente, a Azul Cargo transporta em Congonhas 140 mil pacotes, ou seja, mais de mil toneladas de carga mensalmente, e espera um acréscimo de até 30% de capacidade. "O mês de agosto foi muito especial para a Azul Cargo, comemoramos 14 anos de história com a expansão do terminal em Campinas e, agora, em São Paulo. Em Congonhas, o grande diferencial será o ganho de velocidade no transporte. Estaremos mais próximos da pista, agilizando o fluxo da operação que antes ficava a 2 km de distância e exigia o abastecimento de caminhões até o local. Estamos enfrentando os desafios logísticos, oferecendo prazos cada vez mais competitivos e democratizando o acesso de produtos em todo país", afirmou Izabel Reis, diretora da Azul Cargo Express.
Recentemente, a empresa anunciou uma grande expansão dos TECAs em Vitória (ES) e em Campinas (SP). Em um acordo assinado com a Zurich Airport Brasil, concessionária responsável pelo aeroporto da capital capixaba, parte do antigo saguão, desativado em 2018, será destinada ao terminal de cargas, que será 64% maior em relação à área atual. A companhia aérea terá acesso exclusivo ao chamado "lado ar" do aeroporto (áreas fechadas de pátio e pista).
Em Viracopos, a extensão do TECA, que será destinada a cargas expressas, chegou a uma área total de 1.680 m². A Azul Cargo transporta em Viracopos 10 milhões de quilos de carga mensalmente e espera um acréscimo de 20% de capacidade, mobilizando mais 58 caminhões por dia para entregas na cidade de São Paulo e no interior do estado.
De acordo com a Anac, a Azul Cargo detém 32% de market share. A companhia chegou ao marco de 320 lojas e atende 5.000 cidades no território nacional. Esse número representa 90% dos municípios e uma cobertura equivalente a 96% da população. Recentemente, a empresa ampliou a frota, investindo no cargueiro Classe F, que consiste em uma aeronave E195 transformada em cargueiro, entregando eficiência e flexibilidade na utilização da frota de acordo com as necessidades do mercado.

Gol amplia aeroportos atendidos pelo modelo mais sustentável da sua frota

A companhia aérea Gol operou na última semana seu primeiro voo com o modelo Boeing 737 MAX 8 em Cascavel (CAC), no Paraná. Procedente de Guarulhos (GRU), a aeronave mais sustentável da frota da Gol efetuou o voo G3 1182 chegando à cidade do noroeste paranaense no final da manhã do dia 4, e tornou a base CAC a 54ª atendida pela Gol a receber este modelo da Boeing. A Gol já opera seis voos semanais entre Cascavel e Guarulhos e agora poderá seguir atendendo este mercado com o MAX 8.
A chegada da aeronave a Cascavel foi seguida por uma breve cerimônia no aeroporto municipal na qual o prefeito Leonaldo Paranhos recebeu autoridades locais para celebrar a nova operação da Gol com seu equipamento mais econômico. No período de alta temporada, entre dezembro e fevereiro, os voos Gol entre Cascavel a São Paulo serão realizados pelo Aeroporto de Congonhas (SP).
"Hoje é um dia histórico para o nosso Aeroporto de Cascavel, com a chegada desta moderna aeronave da Gol. Os investimentos que realizamos no aeroporto têm se revelado no aumento da demanda e agora temos esta bela aeronave, com capacidade para mais passageiros. Outro motivo de comemoração é o anúncio que a companhia faz sobre os voos, inicialmente temporários, que nos conectarão diretamente ao Aeroporto de Congonhas. Além de ser mais conveniente para os passageiros que precisam se deslocar até a capital paulista, isso impulsionará as viagens de negócio, pois estaremos ligados diretamente ao centro financeiro do Brasil", destaca o prefeito Leonaldo Paranhos.
A Gol possui 39 aeronaves Boeing 737 MAX 8 no Brasil, todas em operação.