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JC Logística

- Publicada em 23 de Janeiro de 2023 às 17:42

Malha rodoviária sofre com aumento de pontos críticos

Brasil precisa receber investimentos para garantir a manutenção de suas estradas, uma vez que o transporte rodoviário é o mais utilizado em todos os estados do País

Brasil precisa receber investimentos para garantir a manutenção de suas estradas, uma vez que o transporte rodoviário é o mais utilizado em todos os estados do País


/DNIT/DIVULGAÇÃO/JC
Os dados estão em publicações inéditas divulgadas pela CNT, com o levantamento dos principais pontos críticos registrados nas rodovias brasileiras: quedas de barreiras, erosões na pista, buracos grandes, pontes caídas e pontes estreitas
Os dados estão em publicações inéditas divulgadas pela CNT, com o levantamento dos principais pontos críticos registrados nas rodovias brasileiras: quedas de barreiras, erosões na pista, buracos grandes, pontes caídas e pontes estreitas
Em 2022, foram registrados 2.610 pontos críticos nas rodovias brasileiras - problemas na infraestrutura que interferem na fluidez dos veículos, oferecendo riscos à segurança dos usuários, aumentando, de forma significativa, a possibilidade de acidentes e gerando custos adicionais ao transporte. Esse quantitativo é 50% maior do que o identificado em 2021 (1.739 ocorrências). São problemas graves, que se multiplicam a cada ano e se concentram, majoritariamente, em rodovias sob gestão pública.
A constatação faz parte da publicação Transporte Rodoviário - Os Pontos Críticos nas Rodovias Brasileiras, lançada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) na semana passada. O estudo, que traz a série histórica dos pontos críticos identificados na Pesquisa CNT de Rodovias de 2012 a 2021, é complementado por uma edição do Radar CNT do Transporte, com a atualização das informações relativas a 2022.
Os dados de ambas as publicações são disponibilizados também no Painel CNT dos Pontos Críticos, apresentação dinâmica interativa de informações acerca da localização, quantidade, tipo e densidade de pontos críticos registrados nas rodovias federais e estaduais do País, bem como suas condições de sinalização e fotos das ocorrências. Essas informações podem ser agrupadas por unidade da Federação e por ano.
A série histórica apresentada nas publicações evidencia o panorama da degradação da malha rodoviária brasileira: em 2012, o usuário encontrava, em média, um ponto crítico a cada 372,4 quilômetros percorridos; em 2022, passou a se deparar com uma ocorrência a cada 44 quilômetros. Em relação à quantidade de pontos críticos no ano passado, Minas Gerais foi a unidade da Federação que se destacou quanto a quedas de barreira (123) e erosões na pista (182). Já o Pará teve o maior registro de buracos grandes (291).
Em geral, as rodovias estaduais públicas destacaram-se negativamente quanto à densidade de pontos críticos. Em 2021, por exemplo, se sobressaíram as rodovias CE-183, PA-447 e MA-303, com, respectivamente, 4,83, 4,29 e 3,23 pontos críticos a cada 10 quilômetros pesquisados - sendo todos esses casos trechos com ocorrências de buracos grandes.
Em 2021, foram registradas cinco ocorrências de pontes caídas: duas em Minas Gerais, duas no Rio Grande do Sul e uma em Goiás. Dessas, duas contavam com sinalização adequada; duas com sinalização deficiente; e uma não estava sinalizada. Destaca-se que a ponte com sinalização adequada localizada no Rio Grande do Sul estava, à época, sofrendo intervenção para a solução desse ponto crítico. O estudo apresenta a localização das pontes caídas observadas na Pesquisa CNT de Rodovias de 2021, bem como suas condições de sinalização e a existência de obra para a sua solução à época do levantamento.
Além da série histórica, o estudo da CNT apresenta, ainda, as características e causas do surgimento dos pontos críticos, bem como as ações necessárias para solucioná-los, que contemplam medidas emergenciais a serem adotadas quando surge um ponto crítico e orientações gerais de como corrigi-lo.
Para a resolução dos pontos críticos identificados em 2021, foi estimado o investimento de
R$ 1,81 bilhão, sendo a maior parte destinada às intervenções em segmentos com buracos grandes; já para solucionar o quantitativo de 2022, o montante aumentou para R$ 5,24 bilhões, o que representa cerca de 28% de todo o recurso destinado ao então Ministério da Infraestrutura - previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2023.
De acordo com a CNT, gerir e monitorar as rodovias vai além da conservação da infraestrutura e traz reflexos positivos para a sociedade, pois o investimento na prevenção ou na correção imediata de um problema, em geral, é menor do que os custos gerados por ele para a sociedade. "Nesse sentido, a confederação defende que sejam empreendidos maiores esforços na priorização dos investimentos na resolução dos pontos críticos, diante de seus significativos impactos na fluidez do trânsito e na segurança dos usuários", diz o documento.
Leia mais na página 3
 

Pontos críticos em 2021

o ano de 2021, foram registrados 1.739 pontos críticos, conforme indicado a seguir:
Queda de barreira 40
Ponte caída 5
Erosão na pista 303
Buraco grande 1.363
Ponte estreita 18
Outros 10
TOTAL 1.739
FONTE: CNT

Investimentos para a solução de pontos críticos

Foram realizadas estimativas de valores a serem aplicados na resolução dos pontos
críticos levantados na edição de 2021 da Pesquisa CNT de Rodovias. A seguir, os valores médios a serem investidos.
Queda de barreira 322,99
Erosão na pista 461,64
Buraco grande 579,40
Ponte caída 190,36
Ponte estreita 253,13
TOTAL 1.807,52
FONTE: CNT

Principais indicações do estudo

As principais indicações do estudo visam reduzir os potenciais riscos da existência dos pontos críticos observados, de modo a contribuir para a melhoria das condições das rodovias do País, para a segurança dos usuários e para o desempenho do setor transportador. Elas envolvem a necessidade de:

• Retomada dos investimentos nas rodovias do País.
• Priorização dos investimentos na solução de pontos críticos.
• Ações imediatas de sinalização dos locais de ocorrência dos pontos críticos.
• Adequado gerenciamento das rodovias para manutenção das condições de
circulação e prevenção do surgimento dos pontos críticos.
• Projetos construtivos adequados.
• Fiscalização do tráfego com sobrepeso.
FONTE: CNT