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Opinião

- Publicada em 08 de Março de 2023 às 08:00

É sobre sermos quem somos!

Patrícia Arruda Contadora, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCRS

Patrícia Arruda Contadora, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCRS


/CRCRS/divulgação/jc
Patrícia Arruda
Patrícia Arruda
Contadora, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCRS
 
Por que mesmo somos resilientes, tolerantes, sensíveis, dedicadas, obstinadas, focadas e multifacetadas? Ah, sim, porque somos mulheres. Nossas antecessoras iniciaram a mudança de um cenário intolerável de subserviência, imposto há décadas.
Revoltadas, deflagraram bandeiras de liberdade, fortaleceram ideais e convicções de igualdade de gênero e foram transformando realidades.
É impressionante como, ao ouvir as narrativas de vida, as trajetórias profissionais e pessoais, a maioria as mulheres, em algum momento, converge para o enfrentamento ao preconceito, à discriminação, a dogmas tidos como verdades inquestionáveis e até a pressões psicológicas. Mas dizem que os tropeços da vida fortalecem as pessoas. No caso das mulheres, não dá para duvidar dessa premissa.
Hoje, já com alguns avanços alcançados, acredito que a palavra que mais define o universo feminino é conquista. Muito se fala também das características femininas como um trunfo, mas alguém reivindica vantagens? Não ambicionamos o espaço de ninguém, nem objetivamos andar à frente dos homens.
Queremos, sim, o nosso lugar, conquistado pelo nosso esforço e ao qual temos direito. Evoluímos muito. As mulheres se fazem presentes em quase todos os segmentos: na medicina, artes, política, futebol e muitos outros. Temos nomes marcantes, que revolucionaram o tempo em que viveram e que, certamente, foram e são inspiração para muitas de nós. Algumas delas: Chiquinha Gonzaga, Clarice Lispector, Ana Néri, Maria Quitéria, Margareth Dalcomo, Natália Pasternak Taschner, Jaqueline Góes de Jesus, Michele Obama, entre muitas outras.
A Contabilidade, até bem pouco tempo um ambiente predominantemente masculino, já apresenta um outro contexto. Segundo dados do Conselho Federal de Contabilidade, hoje, no Estado, somos mais de 49%, atuando nas diferentes áreas da profissão.
No mercado de trabalho, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do IBGE, publicada em julho de 2022, aponta que a força feminina ultrapassou em 4,8 milhões o número de homens em postos de trabalho, no Brasil. Então, ainda precisamos celebrar o dia da mulher? Sim, na verdade, precisamos celebrar para lembrar a humanidade da difícil trajetória até desembocar na evolução de hoje.
Em muitos sentidos, "chegamos lá", mas com a ideia fixa de que retroceder jamais! Por isso, é importante promover discussões e reflexões, com o intuito de fortalecer as conquistas e reforçar a determinação e o encorajamento na busca de novos espaços, além do que, avanços à parte, ainda há muitos aspectos nos quais crescer.
Um deles é a realidade dos postos de comando das empresas - o Women in the Workplace Index 2021, produzido pela PwC, indica que quanto mais alto for o cargo, menor é a presença de mulheres -; outro é a média salarial das trabalhadoras brasileiras, em geral, que recebem 20,5% menos que os homens, de acordo com a PNAD Contínua, divulgada em março de 2019, pelo IBGE. Isso, sem falar nos índices de violência contra a mulher que, a despeito das campanhas de combate País afora, seguem assustadores.
No âmbito internacional, também necessitamos seguir avançando. Não se pode aceitar que, em pleno século XXI, na Era da Inteligência Artificial e de progressos científicos capazes de oferecer meios para a preservação da vida com qualidade, ainda existam nações em que a mulher é desconsiderada.
O dia 8 de março foi instituído em 1975, como Dia Internacional das Mulheres, pelas Nações Unidas, e é celebrado em mais de 100 países. Que essa celebração se faça cada vez mais visível no mundo inteiro e se fortaleça como marco da construção diária de equidade, justiça e realizações para toda a sociedade, sem distinção de gênero! 
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