Petrobras

Os economistas Jean Drèze e Amartya Sen - vencedor do Prêmio Nobel - traçam uma análise profunda e crítica do desenvolvimento indiano nas últimas décadas, confrontando o crescimento econômico impressionante com a persistência de desigualdades sociais e falhas estruturais. Combinando dados rigorosos, pesquisa de campo e uma abordagem humanista, os autores revelam como a Índia se tornou uma potência emergente no cenário global, mas ainda enfrenta enormes desafios em áreas como saúde, educação, nutrição e igualdade de gênero.

A obra questiona a ideia de que o progresso econômico, por si só, seja suficiente para garantir justiça social e bem-estar para a população. Em vez disso, Drèze e Sen defendem a importância de políticas públicas robustas, investimentos consistentes em capacidades humanas e um compromisso real com os direitos sociais como pilares para uma sociedade mais justa. Por meio de comparações com outros países, especialmente da Ásia, os autores mostram que o potencial da Índia continua sendo sabotado por decisões políticas equivocadas, ineficiências institucionais e desigualdades profundamente enraizadas.

Mais do que um diagnóstico das contradições do desenvolvimento indiano, Glória Incerta é também um apelo por uma mudança de rumo - rumo à inclusão, à justiça e à expansão das liberdades.

 

O economista e filósofo Eduardo Giannetti propõe uma reflexão instigante e original sobre os caminhos do Brasil diante dos impasses contemporâneos do mundo. Longe de ceder ao cinismo ou ao pessimismo generalizado, Giannetti resgata a ideia de utopia - não como fuga da realidade, mas como exercício criativo de imaginação política e ética. A partir de um olhar crítico e sensível, o autor questiona o papel que o Brasil pode desempenhar em um cenário global marcado por desigualdade, crise ambiental, instabilidade institucional e esgotamento de modelos tradicionais de desenvolvimento.

Combinando ensaio filosófico, análise social e reflexão histórica, Trópicos Utópicos convida o leitor a pensar o País para além dos clichês do atraso ou da promessa não cumprida. Giannetti argumenta que, justamente por estar à margem dos centros tradicionais de poder, o Brasil tem a chance de experimentar alternativas, no convívio plural, na valorização da natureza, na ética da moderação e na busca por uma convivência mais justa e solidária. Ao mesmo tempo, não ignora as contradições internas, a herança da escravidão, o autoritarismo e os déficits educacionais que atravancam esse potencial.

O livro é um chamado à responsabilidade e à imaginação: como transformar o "jeitinho" em inteligência social? Como fazer da diversidade uma força, e não um obstáculo?