Política de trabalho

O livro Economia Política de Dados e Soberania Digital: Conceitos, Desafios e Experiências no Mundo, organizado pelos pesquisadores Helena Maria Martins Lastres, José Eduardo Cassiolato e Marcos Dantas, é resultado da investigação pioneira denominada "Medição de Economia de Dados: um estudo de caso sobre o Brasil". O levantamento foi realizado pelo Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento e pela Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos e Inovativos Locais.

Em um cenário onde as tecnologias de comunicação favorecem o capital, a obra auxilia na compreensão da economia política dos dados e da digitalização da sociedade.

Essas mesmas tecnologias estão sob o domínio de grandes corporações de um único país, e os autores reforçam a importância de enfrentar essas novas formas de colonialismo, para construir uma política que vise a soberania digital e de dados.

"O livro fornece referenciais críticos para compreender a transformação digital e as novas formas de produção e comercialização de dados no mundo. É uma leitura obrigatória para encontrar caminhos que promovam desenvolvimento com justiça social e soberania digital", afirma um dos organizadores.

 

Em A Ensandecida Geração do Like, Felipe Daroit mostra que embora nunca tenha se produzido tanto na história das civilizações, a pós-modernidade também formou uma geração extremamente mimada, ansiosa e angustiada. Uma sociedade que absolutamente tudo que faz necessita de postagens em redes sociais para validação externa e carregada de futilidade.

Na geração ensandecida pelo like, a cada curtida o usuário recebe uma gota de dopamina que o incentiva a postar cada vez mais, dos grandes feitos até os pequenos e mais íntimos momentos, como num vício. O livro analisa criticamente desde a ascensão da inteligência artificial até a dependência excessiva de smartphones, abordando as consequências psicológicas, como a ansiedade, a depressão e a insatisfação pessoal gerada pela cultura do like.

O autor também destaca os riscos reais que as redes sociais apresentam à autoestima e à saúde mental. "É preciso urgentemente parar de depender da validação externa para a autoestima e buscar uma vida mais autêntica, além das telas, e se reconectar com experiências reais, com o que realmente importa, sem a obsessão por aprovação digital", afirma o autor. Uma escrita crítica, com reflexões filosóficas e humor, elaborada de forma leve, mas profunda, assim como a geração ensandecida pelo like.