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Publicada em 19 de Abril de 2024 às 18:00

A importância da implementação da Política ESG em hotéis

Paulo de A. Porto é Consultor Hoteleiro & Turístico

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Paulo de A. Porto/arquivo pessoal/jc
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Paulo de A. Porto
Paulo de A. Porto
Consultor Hoteleiro & Turístico
O turismo sustentável emerge como uma necessidade crítica em face dos desafios ambientais globais. Se não houver uma mudança imediata e decisiva em nossas práticas de viagem, corremos o risco de comprometer irreversivelmente os destinos que amamos. A exploração desenfreada e a falta de responsabilidade ambiental estão resultando em danos significativos à biodiversidade, alterações climáticas e exploração cultural. É hora de reconhecer que nossas escolhas como turistas têm implicações de longo alcance.
O turismo verde emerge como uma tendência significativa para 2024, destacando a crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade no setor. Viajantes agora buscam experiências que não apenas encantem, mas também preservem o meio ambiente.
Optar por hospedagens que adotem práticas sustentáveis, como eficiência energética, gestão da água e iniciativas de reciclagem, é uma maneira crucial de apoiar o turismo verde. Muitos hotéis e resorts agora buscam certificações ESG para validar seu compromisso com a preservação.
A indústria hoteleira é um dos setores mais impactantes em termos de sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança corporativa (ESG, na sigla em inglês). A implementação de políticas ESG em hotéis não apenas reflete uma preocupação com o meio ambiente e a sociedade, mas também pode ser uma estratégia inteligente de negócios.
1. Sustentabilidade Ambiental
A indústria hoteleira é conhecida por seu alto consumo de recursos naturais, como água e energia. A implementação de políticas ESG pode ajudar os hotéis a reduzir seu impacto ambiental, adotando práticas sustentáveis, como a instalação de sistemas de energia renovável, a redução do desperdício de água e a implementação de programas de reciclagem. Além disso, hotéis que adotam práticas sustentáveis podem atrair um público cada vez mais consciente e preocupado com o meio ambiente.
2. Responsabilidade Social
A responsabilidade social é outra área importante para os hotéis. A implementação de políticas ESG pode ajudar os hotéis a promover a igualdade de gênero, a diversidade e a inclusão em sua força de trabalho, bem como a apoiar comunidades locais por meio de programas de voluntariado e doações para organizações sem fins lucrativos. Além disso, hotéis que adotam práticas responsáveis podem melhorar sua reputação e atrair clientes que valorizam empresas socialmente responsáveis.
3. Governança Corporativa
A governança corporativa é fundamental para o sucesso a longo prazo de qualquer empresa, incluindo hotéis. A implementação de políticas ESG pode ajudar os hotéis a melhorar sua transparência, prestação de contas e gestão de riscos. Além disso, hotéis que adotam práticas de governança corporativa sólidas podem atrair investidores e parceiros de negócios que valorizam a integridade e a responsabilidade.
Conclusão
A implementação de políticas ESG em hotéis é fundamental para a sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança corporativa. Além de ajudar os hotéis a reduzir seu impacto ambiental, promover a igualdade de gênero e melhorar sua transparência, a adoção de práticas ESG pode ser uma estratégia inteligente de negócios, ajudando os hotéis a atrair um público cada vez mais consciente e preocupado com o meio ambiente e a sociedade. Em última análise, a implementação de políticas ESG pode beneficiar tanto os hotéis quanto o meio ambiente e a sociedade como um todo.
Isso precisa ser aplicado a todas as propriedades e principalmente em destinos turísticos; não é questão de ideologia, é de necessidade.

IA Generativa: o kit de alquimia feito de bits onde quase tudo é possível

Alex Winetzki é CEO da Woopi, empresa de Inteligência Artificial do Grupo Stefanini

Alex Winetzki é CEO da Woopi, empresa de Inteligência Artificial do Grupo Stefanini

Woopi/divulgação/jc
Alex Winetzki
CEO da Woopi, empresa de Inteligência Artificial do Grupo Stefanini
Vivemos tempos apressados. No espaço de apenas algumas décadas, acompanhamos o surgimento dos PCs, da internet e dos telefones celulares, que evoluíram para os smartphones e, posteriormente, para os wearables (vestíveis). As ondas de choque geradas por essas tecnologias ainda são sentidas na maneira como trabalhamos, nos comportamos, nos relacionamos e escolhemos nossos líderes.
Tempos turbulentos, portanto. E ainda assim, o potencial transformador causado pela IA Generativa talvez seja maior que todas as outras evoluções. Isso porque as outras tecnologias são aceleradoras da capacidade humana e de processos necessários em nosso dia a dia, de comunicação a logística, de produção à gestão. Mas não substituem ou se comparam à habilidade humana em raciocinar e criar, que é exatamente o caso da IA Generativa.
Diferente do tear mecânico, do avião e do smartphone, essa tecnologia não apenas nos ajuda a fazer algo melhor ou de maneira mais eficiente, mas realiza tarefas cognitivas, antes unicamente reservadas aos humanos.
A IA Generativa escreve, desenha, cria vídeos e música, seleciona, resume, compara, calcula e ensina; aprende mais rápido e pode tomar decisões de alta qualidade numa infinidade de tarefas.
Comando dezenas de cientistas e técnicos que, a cada dia, descobrem aplicações para esta tecnologia que, há 18 meses, acreditávamos serem impossíveis para uma máquina.
O ano passado foi um ano de espanto e descoberta, em que não economizamos recursos para testar os limites, melhores práticas e perigos de um conjunto de algoritmos que parecem um kit de alquimia, mesmo para nós que temos anos de experiência em Inteligência Artificial.
Ao aplicar corretamente essa poção mágica feita de bits, quase tudo é possível. Tenho visto críticas tecnicamente corretas sobre os perigos e cuidados que devemos ter com a IA Generativa. Porém, boa parte dessas críticas esquece ou omite o ponto principal: quando utilizados de maneira correta, os modelos generativos entregam tanto ou mais do que prometem.
E o aprendizado sobre como usá-la está chegando rápido. Ao longo de 2023, testamos modelos e os refinamos, fizemos provas de conceito mais ou menos ambiciosas, entendemos o que fazer e não fazer e, principalmente, assistimos a uma corrida frenética de cair o queixo, travada com bilhões de dólares por todas as maiores empresas de tecnologia do mundo, as famosas big techs.
Esse cenário mostra que a tecnologia funciona. Já no final do ano passado, começamos a colocar projetos em produção, capazes de reduzir o tempo de execução de um número crescente de processos, antes executados apenas por pessoas, em 80% ou 90%. Neste ano, com a experiência acumulada, faremos muito mais, estimulando a adoção da tecnologia por outras organizações públicas e privadas, o que levará a um novo ciclo de aceleração.
A IA Generativa não passará ou perderá energia. Não agora, não no futuro que consigo enxergar, pois estamos tocando apenas a superfície do que ela pode e vai fazer.
Portanto, conseguir aplicá-la da maneira correta talvez seja o maior diferencial competitivo. Esse deve ser o foco das organizações que desejam se sobressair nessa corrida tecnológica cada vez mais frenética, disruptiva e desafiadora.
 

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