Marca de cosmético circular que transforma refugo de uva de vinícolas em cosméticos, de xampus, sabonetes a hidratantes, a Ziel ganhou a primeira operação de varejo. Alma em dinamarquês, a Ziel pode ser comprada em quiosque no Shopping Iguatemi, em Porto Alegre, aberto em novembro. Em meados de dezembro, a marca gaúcha desembarca no Shopping Rio Design Barra, no Rio de Janeiro. Em 2024, estão previstos mais três quiosques próprios em shoppings de São Paulo e Brasília, informa a empresa.
A farmacêutica Ana Koff fundou a empresa de cosméticos em 2021, em Bento Gonçalves. "Beleza circular é pegar o insumo que iria para o lixo e colocar novamente no consumo, dando uma segunda vida. Fazemos cosméticos em barra, naturais, veganos, perfumados com óleos essenciais. Nosso principal ativo vem da circularidade", explica a farmacêutica.
A marca utiliza todos os resíduos possíveis (da uva à maçã) e ganhou mais atenção ao criar a primeira esfera para banho efervescente com cristais naturais da fermentação do vinho. O resíduo que fica depositado nos recipientes das vinícolas, após o processo de vinificação e que seria incinerado, transforma-se no novo produto da marca.
Outro detalhe da Ziel é que há produto em embalagem de plástico. Todos são em formato de barra, do sabonete, que é mais comum, ao xampu e outros itens. A farmacêutica desenvolveu os produtos e depois partiu para a o negócio solo a partir de uma inquietação da infância. "Via montanhas de refugo de casca e sementes de uva da produção da vinícola da nossa família", recorda ela.
Ao cursar a faculdade em Porto Alegre, a jovem percebeu que teria a chance de mudar a destinação dos resíduos que se multiplicam nas áreas de produção da bebida. "O shopping é uma vitrine importantíssima para mostrar os produtos aos consumidores", comenta a fundadora.
Sobre o futuro da marca, Ana antecipa que mais refugo de outras espécies vegetais vão virar produtos. "Vamos lançar 40 novos produtos até maio de 2024. A gente quer chegar ao Brasil todo. Começamos pelo vinho, fomos para a maçã e vem mais material de refugo de vegetais por aí", avisa a empreendedora.


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