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Opinião

- Publicada em 27 de Outubro de 2023 às 17:08

Reestruturação Empresarial e Recuperação Judicial, diferentes medidas para superar a crise da empresa

André Cardoso Vasques Advogado é sócio da Xavier Vasques Advogados Associados

André Cardoso Vasques Advogado é sócio da Xavier Vasques Advogados Associados


Xavier Vasques Advogados/divulgação/jc
André Cardoso Vasques
André Cardoso Vasques
Advogado e Sócio da Xavier Vasques Advogados Associados
 
A crise financeira na vida de uma empresa não é um fenômeno raro, e pode acontecer por diversos motivos: questões na economia que afetem os negócios (seja do próprio país, seja de ordem mundial), mudanças no mercado, esgotamento da vida dos produtos/serviços da empresa, conflitos entre sócios, inadimplência dos clientes etc.
Quando uma empresa enfrenta uma crise, é importante, desde logo, identificar as razões que a geraram e adotar as medidas necessárias o mais rápido possível para saná-la. Nesse caso, é preciso tomar a decisão de realizar um processo de reestruturação empresarial, que é diferente da recuperação judicial. O objetivo da reestruturação é sair da crise e dar a volta por cima — processo cujo nome, no mercado, é também conhecido por turnaround.
A reestruturação empresarial pode se valer de diversas ferramentas, sendo a recuperação judicial uma delas e, via de regra, a última a ser utilizada, já que, se frustrada, acarretará a falência da sociedade empresária. A reestruturação pode ser feita por meio de: i) redesenho do negócio; ii) reposicionamento no mercado; iii) reestruturação de dívidas, como bancárias e/ou com fornecedores; iv) capitalização da empresa (através da obtenção de financiamento ou da venda de unidades produtivas não essenciais ao negócio, de empresas do grupo, de parte da própria empresa em crise e de ações a fim de reduzir as dívidas e voltar a focar e investir no negócio principal); v) utilizar a recuperação extrajudicial, chamando os credores com transparência e definindo um plano para pagamento dos seus créditos; dentre outras.
Porém, não raro, o que temos visto acontecer? No Brasil, 90% das empresas são familiares. Quando chega a crise, o fundador que trabalhou sua vida toda, dedicando-a ao negócio, acredita que poderá superá-la e, por isso, "vai levando", vendendo ativos sem nenhuma estratégia e contraindo novas dívidas para pagar as anteriores. Isso sem a assessoria de profissionais com conhecimento em reestruturação empresarial e sem um plano de reestruturação.
Muitas vezes, a crise só se agrava. Em alguns casos, após tentar de todas as formas superar a crise na empresa — endividada —, sem recursos em caixa, sem recebíveis, sem quaisquer ativos, e esgotado emocionalmente, o empresário ou o núcleo familiar controlador da sociedade empresária pode resolver buscar uma recuperação judicial. Infelizmente, na maioria dos casos, será tarde.
A recuperação judicial é uma ferramenta legal, através da qual uma empresa se protege temporariamente das ações judiciais dos credores, para que sua atividade não seja inviabilizada enquanto organiza um plano de recuperação, que deverá ser aprovado pelos próprios credores. Isso pode ser colocado de forma muito simples: é essencial dizer que a recuperação judicial só será deferida pelo Poder Judiciário se a recuperação da empresa for viável.
Finalizo deixando um conselho simples aos empresários, mas que pode ser decisivo para salvar o seu negócio. Ao identificar os primeiros sinais de crise na sua empresa, procure rapidamente a assessoria de profissionais experientes em reestruturação empresarial para reorganizar o seu negócio e, de forma rápida e segura, superar a crise.

Revolucionando a Mídia Exterior (OOH) com IoT e Edge Computing

Gabriel Climas
Head de Marketing na Roost, empresa de tecnologia especializada em soluções de edge computing
O marketing digital é fundamental em toda estratégia empresarial, seja em abordagens orgânicas ou em publicidade paga. Segundo a pesquisa 'Maturidade do Marketing Digital e Vendas no Brasil', 94% das empresas o escolheram como estratégia principal de crescimento. Isso se deve aos benefícios oferecidos, como segmentação precisa, adaptação para o público, análises detalhadas, custos acessíveis, flexibilidade para ajustes rápidos, entre outros.
Apesar da crescente digital, a mídia OOH (Out of Home) mantém sua força. Projeções da Allied Market Research indicam um mercado de US$ 58,67 bilhões até 2031, e no Brasil, a Cenp-Meios registrou crescimento de 7,7% no último ano, destacando sua contínua relevância.
A visão é promissora, mas a Mídia OOH enfrenta limitações em termos de segmentação, especialmente para empresas que precisam alcançar públicos mais específicos e restritos. Além disso, os custos são consideravelmente mais altos do que os anúncios digitais, principalmente em locais de grande visibilidade, e a falta de métricas claras dificulta a avaliação do desempenho do investimento. No entanto, com a introdução de tecnologias avançadas como IoT e Edge Computing, a análise de desempenho das campanhas se torna uma possibilidade real, permitindo a obtenção de dados precisos e a adaptação de discurso de anúncios com base em eventos do local veiculado.
Vale mencionar também que a transição da Mídia OOH para a Mídia DOOH (Digital Out of Home) representa uma mudança significativa, saindo do estático e proporcionando dinamismo na troca de conteúdo, como vídeos, animações e interatividade. Veja, abaixo, qual o papel delas na mensuração de uma DOOH Inteligente:
IoT - Internet das Coisas: IoT conecta objetos físicos à internet para coleta e troca de dados específicos. Simplificando, "dá inteligência" a objetos para que estes possam interagir e trocar informações com outros dispositivos, softwares e sistemas conectados à internet.
Por exemplo, uma câmera de vigilância é apenas uma câmera, mas se adicionarmos dispositivos de IoT ela fica inteligente, e se bem configurada consegue analisar imagens e enviar um alerta para o seu celular, caso detecte um movimento dentro da sua casa. Em Mídia Externa, IoT vai trabalhar na parte de insights, dados, buscas de informações e inteligência para o modelo de anúncio.
Edge Computing (computação na borda): é como ter um "mini-processador" próximo de onde os dados são gerados, ao invés de depender de um processador longe do local. Imagine o exemplo da câmera com IoT em sua casa: em vez da IoT enviar todas as filmagens para um processador distante, para analisar as imagens para detectar, o "mini-processador de edge computing" analisa o material diretamente na câmera, economizando tempo e internet.
Os benefícios são agilidade e redução do tempo de resposta (latência), ou seja, no exato momento em que o movimento ocorrer em sua casa, você receberá o alerta. Sem o Edge Computing existiria um gap até os dados serem trafegados, analisados e enviados para o seu celular. Em mídia externa, Edge Computing vai acelerar a troca de informações, trazendo real dinâmica para os anúncios em tempo real e criando possibilidades de interação com o público. A união da velocidade do Edge Computing com a inteligência da Internet das Coisas é o casamento perfeito e o início da revolução das mídias externas, solucionando os clássicos problemas dessa modalidade.
Entre as vantagens estão:
Dados ricos para análises do anúncio - Com IoT as análises de performance que eram nulas serão palpáveis por meio da extração de características demográficas em torno do anúncio. Dados básicos como idade, gênero e etnia, e informações complementares como altura, cor e tamanho do cabelo, barba e bigode serão facilmente detectados. Rastreamento de movimentos e fluxos também poderão ser extraídos, e com isso, a possibilidade de entender o movimento das pessoas em torno dos anúncios, levantando dados como 'o número de pessoas que olharam diretamente para a propaganda', 'quantas passaram em frente', 'o tempo que que leram o anúncio' etc. Já imaginou descobrir a reação emocional das pessoas com seu anúncio? Sim, com IoT isso será possível para otimizar o conteúdo e provocar maior impacto.
Custo alto, mas mensurável: O custo vai continuar o mesmo, mas com todas as possibilidades de análises da Internet das Coisas as equipes de marketing terão as possibilidades de entender a eficácia do investimento. Assim, dados como CPV (Custo por Visualização), CPC (Custo por Clique), talvez custo por leitura de um QR Code no Anúncio, CTR (taxa de cliques), ROI e ROAS poderão existir no mundo físico, e isso significa menos dinheiro gasto com anúncios que não performam.
Experiência únicas e sentimentos com Inteligência Artificial; Como a mídia externa está presente fisicamente no mundo real, onde as pessoas interagem umas com as outras, o uso de Inteligência Artificial em mensagens tem o poder de impactar de maneira única. Se bem planejada, uma campanha no trânsito, por exemplo, pode surpreender com mensagens criativas e visualmente envolventes.