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trabalho

- Publicada em 28 de Agosto de 2023 às 00:50

Profissionais 50 enfrentam o desafio de buscar recolocação no mercado

Cerca de 60% das empresas afirmam que têm dificuldade em contratar pessoas com mais de 50 anos

Cerca de 60% das empresas afirmam que têm dificuldade em contratar pessoas com mais de 50 anos


/freepik/divulgação/jc
A população 50 é a que mais cresce no Brasil. Para a criação da compreensão de uma nova perspectiva mais inclusiva e estratégica por parte de empresas e governos, a Maturi, startup especializada no mercado de trabalho 50 , em parceria com a EY Brasil, líder em consultoria e auditoria, realiza um estudo inédito sobre a percepção de profissionais 50 do mercado de trabalho e sobre si mesmos.
A população 50 é a que mais cresce no Brasil. Para a criação da compreensão de uma nova perspectiva mais inclusiva e estratégica por parte de empresas e governos, a Maturi, startup especializada no mercado de trabalho 50 , em parceria com a EY Brasil, líder em consultoria e auditoria, realiza um estudo inédito sobre a percepção de profissionais 50 do mercado de trabalho e sobre si mesmos.
"É muito importante que as organizações compreendam a relevância do assunto em termos de ganhos competitivos frente a um país que envelhece. As pessoas 50 do estudo possuem alta escolaridade e necessidade de reingresso no mercado formal, por que desperdiçar esses talentos?", declara Raquel Thomazi, gerente de People Advisory Services da EY.
As 4.840 pessoas cadastradas na Maturi foram entrevistadas. Com base nessas respostas e informações da pesquisa feita em 2022 com a participação de 191 empresas de diversos portes que atuam em 13 setores diferentes, foi produzido um estudo que buscou evidenciar as barreiras do mercado formal de trabalho para Maturis.
O material, divulgado na 6ª edição do MaturiFest, maior festival de empreendedorismo e mercado de trabalho 50 , mostra ainda que há uma lacuna crescente entre a necessidade de recolocação e o apetite das organizações em recolocar 50 .
De um lado, os entrevistados ressaltam que a postergação da aposentadoria é inevitável, 9 em cada 10 Maturis estão buscando recolocação. Além de possuir um alto nível educacional, esses profissionais têm buscado atualização, 89% fizeram algum curso nos últimos anos. E 80% dos entrevistados sentem-se preparados para o mercado de trabalho.
De outro, as vagas abertas para esse público caíram 53% quando comparadas com o ano anterior (base - julho de 2022 à julho de 2023). O setor que prevalece interessado em ter colaboradores 50 é o de serviços. No entanto, 33% das empresas desse setor têm apenas 5% ou menos de colaboradores 50 . Cerca de 60% das empresas afirmam que têm dificuldade em contratar pessoas com mais de 50 anos, mas 91% acreditam que os profissionais nessa faixa etária têm dificuldade em ser contratados.
Depois de um ano da última pesquisa, foi constatado que as empresas não evoluíram em relação ao tema do envelhecimento. Apesar da maioria (61%) do estudo de 2022 alegarem que é uma pauta na organização com ações em andamento e a serem iniciadas, para 42% o tema ainda não é prioritário para a estratégia do negócio. "Enquanto o tema for abordado como um posicionamento de marca, dificilmente haverá uma transformação genuína na sociedade. Porém, nós entendemos que esse esforço não pode caminhar sozinho pelo setor privado, é necessário que o governo e a sociedade estejam na mesma direção", comenta Mórris Litvak, CEO e fundador da Maturi.

O que pode ser feito

O estudo conclui que há muito trabalho a ser feito em todas as pontas, os profissionais maduros devem ficar atentos às vagas afirmativas, principalmente nos setores de Saúde e Serviços. Buscar atualizações e não se prender às experiências do passado, pois as empresas estão mais abertas em níveis hierárquicos menores.
Já as empresas precisam abrir vagas para pessoas 50 , realizar levantamento de dados para saber se os 50 estão chegando em suas shortlists ou se candidatando de forma orgânica em suas vagas abertas, promover ações internas de combate ao etarismo, investir no desenvolvimento desses profissionais, e oferecer programa voluntário de preparação para aposentadoria.
A pesquisa na íntegra pode ser acessada aqui. Para fazer parte da Comunidade Maturi e ter acesso a oportunidades de emprego, cursos de especialização profissional e uma rede de networking com mais de 220 mil profissionais basta acessar o site. Todo o processo é online e gratuito.

Estudo mostra que 33% dos profissionais brasileiros enfrentam transtornos

O estudo "Um olhar aprofundado sobre a saúde mental nas organizações brasileiras", conduzido pela Vittude no corrente ano, revelou uma realidade preocupante no cenário corporativo do Brasil. Conforme a pesquisa, cerca de um terço dos funcionários brasileiros enfrenta algum tipo de transtorno mental. De acordo com os pesquisadores, é intrigante observar que, em um país conhecido por sua vibração e calor humano, a saúde mental ainda seja um tema pouco discutido e, muitas vezes, negligenciado. Perguntas pertinentes emergem: Por que os brasileiros não tratam adequadamente de sua saúde mental? O que está por trás desse fenômeno alarmante?
Em um contexto global, as estatísticas também apontam para uma tendência preocupante. Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, e de Harvard, nos Estados Unidos, conduziram um estudo amplo, chegando à conclusão de que metade da população mundial desenvolverá algum distúrbio de saúde mental ao longo da vida. O Brasil, infelizmente, não está imune a essa realidade.
Algumas empresas estão se mobilizando para enfrentar essa questão de frente. Reconhecendo a necessidade de um ambiente de trabalho saudável e equilibrado, muitas organizações estão adotando medidas para melhorar o bem-estar de seus funcionários. Isso inclui investimentos em treinamento de líderes para promover uma abordagem mais empática e compreensiva, bem como incentivos para a prática de esportes e atividades físicas, que já demonstraram ter um impacto positivo na saúde mental.

box retranca - O que as empresas podem fazer

André Minucci, mentor de empresários, destaca a importância de abordar o tema de forma proativa. Ele ressalta que oferecer treinamento em inteligência emocional pode ser um divisor de águas, permitindo que os líderes compreendam e apoiem melhor seus funcionários. A capacidade de lidar com as próprias emoções e entender as dos outros é fundamental para criar um ambiente de trabalho que promova a saúde mental e o bem-estar geral. Segundo o mentor é importante as empresas desenvolverem algumas ações:



Promova a Conscientização: Inicie uma conversa aberta sobre saúde mental, derrubando estigmas e fornecendo informações claras sobre os desafios que os funcionários podem enfrentar. Campanhas de conscientização e palestras educativas podem fazer a diferença.

Crie um Ambiente de Apoio: Desenvolva uma cultura que valorize o bem-estar mental. Isso pode incluir oferecer apoio psicológico, linhas diretas de ajuda e programas de aconselhamento para funcionários.



Flexibilidade: Ofereça opções flexíveis de trabalho, como horários flexíveis ou trabalho remoto, para acomodar as necessidades individuais dos funcionários e ajudá-los a equilibrar a vida profissional e pessoal.



Treinamento de Liderança: Proporcione um treinamento em inteligência emocional e habilidades de liderança para os gestores. Isso os capacitará a reconhecer sinais de estresse e dificuldades emocionais em sua equipe e a oferecer o apoio necessário.



Incentive a Comunicação: Promova a abertura e a comunicação entre colegas e superiores. Criar um ambiente onde os funcionários se sintam à vontade para compartilhar suas preocupações pode reduzir o isolamento e o estresse.



Promova o Equilíbrio: Incentive intervalos regulares, pausas para relaxamento e a importância de desconectar após o expediente. O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é crucial para a saúde mental.