Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Empresas & Negócios

Com a palavra

- Publicada em 27 de Maio de 2023 às 00:00

Sucessão da Termolar garante modernidade

Executiva destaca a importância de um bom ambiente organizacional

Executiva destaca a importância de um bom ambiente organizacional


Termolar/Divulgação/JC
Entusiasta de aventuras esportivas, a presidente da Termolar Natalie Ardrizzo faz o possível para encaixar na sua agenda as suas duas paixões: trilhas e viagens. Foi assim que a executiva de 34 anos vivenciou experiências como Caminho de Santiago de Compostela (em solo europeu), Agulhas Negras (São Paulo) e a Travessia Petrópolis (Teresópolis no RJ, Chapada Diamantina). "Já participei de vários momentos inesquecíveis como me hospedar em um lodge na Uganda, andar de balão sobre as ruínas de Teotihuacán, visitar o Taj Mahal, conhecer a Ocktoberfest de Munique e voar pelo o Heart Reef na Austrália", enumera. Destas experiências, somadas à pratica de jiu-jitsu e de dança, ela "lapida a mente" para enfrentar os desafios de dar seguimento ao negócio familiar, que há mais de seis décadas é uma das mais conhecidas fabricantes de garrafas térmicas e componentes do Rio Grande do Sul.
Entusiasta de aventuras esportivas, a presidente da Termolar Natalie Ardrizzo faz o possível para encaixar na sua agenda as suas duas paixões: trilhas e viagens. Foi assim que a executiva de 34 anos vivenciou experiências como Caminho de Santiago de Compostela (em solo europeu), Agulhas Negras (São Paulo) e a Travessia Petrópolis (Teresópolis no RJ, Chapada Diamantina). "Já participei de vários momentos inesquecíveis como me hospedar em um lodge na Uganda, andar de balão sobre as ruínas de Teotihuacán, visitar o Taj Mahal, conhecer a Ocktoberfest de Munique e voar pelo o Heart Reef na Austrália", enumera. Destas experiências, somadas à pratica de jiu-jitsu e de dança, ela "lapida a mente" para enfrentar os desafios de dar seguimento ao negócio familiar, que há mais de seis décadas é uma das mais conhecidas fabricantes de garrafas térmicas e componentes do Rio Grande do Sul.
Empresas & Negócios - Em que a sua experiência no setor financeiro da Termolar ajudou na missão de assumir a presidência da empresa?
Natalie Ardrizzo - Isso foi essencial para a minha gestão e à perpetuidade do negócio. Mesmo não sendo aquilo que realmente faz meus olhos brilharem, meu olhar financeiro contribuiu para o cuidado com a alavancagem financeira da Termolar, um melhor uso dos recursos e garantias, e otimização das despesas financeiras. Na minha gestão dentro da área, introduzimos o fluxo de caixa indireto e um olhar forte para a NCG (Necessidade de Capital de Giro), além de um cálculo mais refinado do CMPC (Custo Médio Ponderado de Capital). Meu pai já dizia: para todo empresário, entender de finanças (pelo menos o básico) não é opcional.
E&N - Quais foram as principais estratégias para conseguir superar a crise de 2015?
Natalie - Na parte de caixa, tomamos algumas medidas que utilizamos também durante a pandemia (outra intensa crise que nos ajudou a construir a resiliência que temos hoje). Entre elas, o cuidado com fornecedores/clientes e um olhar muito forte para entradas e saídas, protegendo o caixa das variações do dia a dia. Além disso, mesmo com a rentabilidade prejudicada, fizemos um trabalho comercial forte para não perder faturamento, o que nos ajudou a equalizar as contas.
E&N - Da mesma forma, que tipo de ações foram tomadas durante o período da pandemia?
Natalie - Em uma semana após o estouro da pandemia, tínhamos uma estrutura montada visando proteger as pessoas e a empresa. A agilidade nos ajudou muito naquele momento. Criamos auditorias de Covid, buscando a adesão de todos às medidas criadas: colaboradores 100% com máscara, desinfecções constantes, higienização de postos de trabalho a cada três horas, proteções em acrílico no refeitório e estações de trabalho, medições diárias de temperatura, grupo de risco e administrativo em home office, entre outros. E, conforme o cenário mudava, íamos agindo e nos adaptando às medidas continuamente, sempre comunicando aos colaboradores o cenário e tudo que estava sendo feito. Sabíamos que precisávamos manter as pessoas seguras e a empresa operando, e nossas ações foram muito bem vistas, inclusive pelos órgãos reguladores. Na parte de custos, despesas e gestão interna, tivemos um aumento de mais de 70% no custo das nossas matérias-primas, o que fez com que criássemos um Comitê de Crise com foco em redução de despesas, cuidado com o caixa e vendas de produtos de maior valor agregado. Na pandemia estávamos muito mais maduros como liderança e tínhamos um conhecimento muito maior sobre o negócio, o que nos permitiu agir bem mais e com maior eficiência.
E&N - A sua administração tem um forte foco na gestão de pessoas. Quais são os benefícios e incentivos introduzidos na sua gestão?
Natalie - Logo que entrei na presidência e após incontáveis anos olhando números (antes da Termolar eu trabalhava em uma multinacional também na área financeira), descobri que somente através das pessoas os números conseguem sair do papel e se tornarem uma realidade. Eu precisava das pessoas e sabia disso. E as pessoas buscavam uma empresa com uma cultura que as fizesse sentir especiais. Isso nós já tínhamos. Então decidimos intensificá-la por meio de uma transformação cultural. Redefinimos os norteadores estratégicos e pilares da nossa cultura, incentivando alguns comportamentos que queríamos fomentar cada vez mais. O protagonismo e a colaboração eram alguns desses pilares e eles deram origem ao PLR (Programa de Participação nos Lucros). O objetivo era fazer com que as pessoas acreditassem, fizessem sua parte (protagonismo) e trabalhassem junto com as demais áreas (colaboração) para atingir os resultados departamentais e globais da companhia e ter uma participação. Em 2022, atingimos nossas metas e distribuímos o primeiro PLR (que tenho conhecimento) da história da Termolar (sujeito a critérios individuais e coletivos acordados em sindicato). Junto com a produção e o desenvolvimento humano, reinventamos a segurança, fomentando que as pessoas se sentissem seguras e felizes aqui dentro. Instituímos uma série de prêmios e indicadores (alguns já existiam e só revisitamos o conceito): colaborador destaque, prêmio da segurança (IPS - Índice de Performance Segura), Índice de Oportunidade de Carreira Interna, Índice de Retenção de Talentos. A última pesquisa de clima mostrou que 84% das pessoas tinham orgulho de trabalhar na Termolar. Então, sim, uma cultura forte ajuda e muito na retenção de talentos e na felicidade das pessoas.
E&N - Quais são as suas principais ações em relação à tecnologia e inovação?
Natalie - Estimamos que 2024 seja um ano importante de lançamentos de produtos que, talvez, não sejam expressivos em termos de volume, mas sim em resolver dores dos consumidores e em inovação. Temos também um projeto de TI para investir em infraestrutura que busca 100% de disponibilidade de sistemas, o que nos proporcionará dar saltos maiores em tecnologia no futuro. Meu objetivo é cada vez mais fomentar uma cultura de inovação, na qual o erro ao fazer o novo (de uma forma mitigada) é incentivado e apoiado. .
E&N - Que movimentos foram feitos para a expansão da marca e quais os seus reflexos?
Natalie - No Brasil, todo mundo tem ou já teve em casa ou teve algum contato (restaurantes, escritórios, casa de amigos) com alguma Termolar. Nossa ideia é fortalecer esse vínculo cada vez mais, estando presente como marca, cada vez mais perto dos nossos consumidores. Nesse sentido, temos participado de diversos eventos (Saint Patrick's Day, Poa Night Run, Poa Half Marathon) e temos trabalhado com diversos amantes da marca em redes sociais para divulgar ainda mais os nossos produtos. Também temos contribuído com algumas marcas especialistas complementares (erva-mate, café). Construímos também alguns mercados queridinhos como Argentina, Paraguai e Uruguai. Inclusive neste último, demos vida ao Botija, transformando nossa icônica garrafa de aço Inox, a R-Evolution, no mascote da seleção uruguaia. No Rio Grande do Sul, os gremistas estão podendo usufruir de uma linha especial do atacante Luis Suárez. A Termolar hoje é a empresa que mais exporta garrafas térmicas no Brasil. Queremos, por meio de um marketing assertivo, lançar produtos inovadores e construir novos canais, expandir ainda mais nossa marca em território nacional e também globalmente. Os reflexos disso já se mostram presentes no engajamento das redes sociais, nos feedbacks dos consumidores e no crescimento que temos atingido nos últimos anos.
E&N - Há planos para novos investimentos a partir de 2023?
Natalie - Sempre há planos para investir, principalmente em mercados onde existem dores e ainda não se veem boas soluções hoje. Além disso, na parte operacional temos um mapa de investimento anual que engloba segurança, infraestrutura, produtos novos, automatização e automação.
E&N - Em termos de produtos, quais são os lançamentos?
Natalie - Temos uma meta interna de lançamentos que consiste em buscar um grande lançamento anual. Por grande entende-se volume expressivo. Mas não nos prendemos a isso. Ano passado, por exemplo, lançamos uma linha inteira de hidratação. Este ano, até maio, já lançamos nossa nova coleção (troca de cores e decorações), R-Evolution Preta Hub com rolha Clickmate, Bule Luna 500 ML, coleção Gramado, linha Termolar Grêmio Suárez. Para o segundo semestre, também teremos algumas novidades: a chegada da nossa nova garrafa de hidratação, a Moove, na cor degradê branco com preto; uma coleção especial com o Sport Club Internacional; e algumas cores novas, ainda da nova coleção. Outra novidade que está chamando a atenção é a possibilidade de personalizar os produtos direto do site. Estamos acompanhando uma tendência global de consumo em que as pessoas buscam cada vez mais experiências personalizadas.