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Empresas & Negócios

Com a Palavra

- Publicada em 25 de Março de 2023 às 00:00

FFP expande sua atuação para mais sete estados

Para o administrador, a expectativa é de que a entidade consiga atender todo o País no futuro

Para o administrador, a expectativa é de que a entidade consiga atender todo o País no futuro


/FFP/Divulgação/JC
As adesões ao Regime de Previdência Complementar (RPC) por parte dos entes federativos, cuja obrigatoriedade foi instituída pela Reforma da Previdência, possibilitou à Fundação Família Previdência (FFP), maior gestora do segmento no Rio Grande do Sul, a expansão de seus negócios. Desde o período inicial dos processos, com aberturas de editais de concorrência, a entidade já conquistou a confiança de 101 municípios para gerir os planos previdenciários de seus servidores. Segundo Rodrigo Sisnandes Pereira, presidente da entidade, com esse novo mercado, a FFP tem expectativas de alcançar todo o País. Mestre em Administração e Negócios pela Pucrs, Pereira assumiu seu primeiro cargo na FFP em 2016. No ano de 2018, assumiu a presidência da Fundação. Nos dias de hoje, também participa do Conselho Deliberativo da Abrapp, entidade que congrega o segmento de previdência complementar no Brasil.
As adesões ao Regime de Previdência Complementar (RPC) por parte dos entes federativos, cuja obrigatoriedade foi instituída pela Reforma da Previdência, possibilitou à Fundação Família Previdência (FFP), maior gestora do segmento no Rio Grande do Sul, a expansão de seus negócios. Desde o período inicial dos processos, com aberturas de editais de concorrência, a entidade já conquistou a confiança de 101 municípios para gerir os planos previdenciários de seus servidores. Segundo Rodrigo Sisnandes Pereira, presidente da entidade, com esse novo mercado, a FFP tem expectativas de alcançar todo o País. Mestre em Administração e Negócios pela Pucrs, Pereira assumiu seu primeiro cargo na FFP em 2016. No ano de 2018, assumiu a presidência da Fundação. Nos dias de hoje, também participa do Conselho Deliberativo da Abrapp, entidade que congrega o segmento de previdência complementar no Brasil.
Empresas & Negócios - Como foi o ano de 2022 para a FFP?
Rodrigo Sisnandes Pereira - Estamos em um período de crescimento em volume de participantes em nossos planos previdenciários. Atingimos 18.300 clientes, em dezembro do ano passado. Só em 2022, mais de 2.400 participantes ingressaram em nossos planos para formar uma poupança previdenciária de longo prazo e constituir uma renda futura com os recursos aportados. Mesmo em um período de volatilidade no mercado financeiro, obtivemos resultados globais de rentabilidade na ordem de 7,3% ao longo do ano. No entanto, cabe destacar que previdência privada é um produto para ser pensado no longo prazo. Mesmo com as oscilações pontuais do mercado ao longo do tempo, nos últimos 15 anos entregamos uma rentabilidade acumulada de 325% para os nossos participantes. O ano de 2022 também foi importante com relação ao crescimento de clientes institucionais com o ingresso de entes federativos ao regime de previdência complementar.
E&N - O que diferencia a FFP de outras entidades previdenciárias?
Pereira - Há dois segmentos de previdência privada no Brasil. Um deles, com fins lucrativos, é operado por bancos e seguradoras que oferecem produtos financeiros para seus clientes, mas que entregam apenas parte da rentabilidade auferida nos investimentos. A Fundação Família Previdência atua em outro segmento, sem fins lucrativos, no qual repassamos toda a rentabilidade líquida obtida nos investimentos para os planos previdenciários de nossos participantes. Mantemos nossa estrutura administrativa somente com uma pequena parcela do retorno dos investimentos, limitada, por lei, a 1% ao ano sobre o patrimônio. No entanto, temos planos com custeio anual inferior, de 0,5% ao ano, por exemplo, que acabam gerando ainda mais retorno para os clientes. Outro diferencial é que temos como missão pagar benefícios de aposentadoria e pensões na forma de renda continuada para os nossos participantes. Hoje, pagamos uma folha mensal de
R$ 58 milhões para 9.000 aposentados e pensionistas. Então, nós administramos ativos financeiros, investindo os recursos no mercado e também administramos o passivo, gerando benefícios de longo prazo para nossos participantes.
E&N - A fundação existe desde 1979, o que sustentou ela por tantos anos?
Pereira - Em 1979, a Fundação foi criada para administrar exclusivamente o fundo de previdência complementar dos empregados da CEEE. Nesses 43 anos, já cumprimos boa parte dessa missão, gerando benefícios para os aposentados e pensionistas vinculados aos planos previdenciários. No entanto, nos últimos 20 anos, a Fundação passou a administrar novos produtos para outras empresas e entidades associativas e mais recentemente para entes federativos. Esse movimento oxigenou a massa de participantes ao longo do tempo, mantendo um contingente significativo de pessoas que continuam investindo para a futura aposentadoria. Como destaquei na pergunta anterior, praticamente metade de nossos participantes já recebem benefícios dos planos aos quais estão vinculados. Mas também temos outros 9.000 que estão na fase de constituição de suas reservas previdenciárias. Além disso, conseguimos ótimos retornos nos investimentos de longo prazo, o que acaba atraindo novos clientes institucionais e participantes vinculados às empresas e entidades associativas para as quais administramos os planos previdenciários.
E&N - Quais são os planos e serviços mais procurados?
Pereira - Estamos com três produtos abertos voltados para nichos diferentes de mercado. O Plano Família Previdência Associativo é dirigido para entidades que queiram ofertar o plano a seus associados. Neste produto, apenas o participante contribui para constituir sua poupança previdenciária. Outro produto é o Plano Família Previdência Corporativo, dirigido a empresas que queiram ofertar a seus empregados um benefício pós-emprego. Nesse caso, além da contribuição do participante, a empresa também contribui para o plano, o que é muito vantajoso para o empregado. O terceiro produto é o Família Previdência Municípios, dirigido aos entes federativos. Nesse plano, há contribuição do servidor e também do município. Em 2022, assumimos a gestão de um plano já existente, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, e estamos em negociação para assumir a gestão de outros dois planos previdenciários. Esse é um novo segmento que estamos desenvolvendo, oferecendo a nossa expertise e eficiência em previdência complementar.
E&N - Em maio de 2022 o Regime de Previdência Complementar Família Previdência Municípios já contava com 54 municípios conveniados. Como fechou o ano? Qual a expectativa de crescimento?
Pereira - Totalizamos 109 prefeituras que estão ofertando um de nossos produtos aos servidores municipais, gerando um potencial de ingresso de 60 mil pessoas ao Plano Família Previdência Municípios. São 77 municípios gaúchos e outros 32 municípios de sete estados.
E&N - Quem pode aderir ao Família Previdência Municípios?
Pereira - Todos os servidores municipais vinculados aos municípios que firmaram convênio de adesão ao nosso plano. Por consequência, os familiares desses servidores podem ingressar em outro produto administrado pela Fundação, o Família Previdência Associativo.
E&N - Em janeiro deste ano, a FFP anunciou o convênio com a Famurs, permitindo a adesão ao Plano Família Previdência Associativo, também um RPC, por servidores de todos os municípios do RS. Como ele funciona?
Pereira - O Plano Família Previdência Associativo, oferecido pelo convênio com a Famurs, se diferencia do Família Municípios por não prever contrapartida contributiva do ente federativo. O fundo de previdência é constituído somente com as contribuições do servidor.
E&N - De que forma os servidores de municípios sem regimes próprios de previdência social podem utilizar do Plano Família Previdência Associativo?
Pereira - Esse convênio com a Famurs beneficia os servidores dos municípios que não possuem Regime Próprio de Previdência Social porque estes não estão obrigados a criar um regime de previdência complementar. Somente os municípios com Regimes Próprio estão obrigados a criar um regime de previdência complementar e contribuir para seus servidores por meio de um plano como o Família Municípios.
E&N - Quais as expectativas de crescimento para o ano de 2023?
Pereira - Queremos desenvolver o Família Previdência Municípios entre os entes federativos que assinaram convênio de adesão conosco e o Família Associativo junto aos municípios gaúchos que não possuem regimes próprios de previdência social. Além disso, estamos preparados para assumir a gestão de planos já existentes, a exemplo do Ieaprev da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil que mencionei anteriormente e de outras instituições que já estão em tratativas conosco. Outro caminho de crescimento são as portabilidades e aportes de recursos financeiros dos atuais participantes que aumentam o volume de recursos sob nossa gestão.