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RESPONSABILIDADE SOCIAL

- Publicada em 06 de Novembro de 2022 às 17:43

ResGatinhos atua abrigando e tratando gatos em situação de rua e maus-tratos

Iniciativa resgata, realiza tratamentos e encaminha para adoção responsável gatos que vivem nas ruas da Capital

Iniciativa resgata, realiza tratamentos e encaminha para adoção responsável gatos que vivem nas ruas da Capital


/Mariana Pacheco/DIVULGAÇÃO/JC
Inquietas com a grande quantidade de gatos abandonados no bairro Santa Teresa, zona Sul de Porto Alegre, Ana Luiza Ratier e Maitê Brackmann decidiram unir forças para mudar a realidade dos animais que perambulavam pela vizinhança em que moravam. Então, em 2013, na busca por recursos para custear o tratamento dos bichinhos que haviam resgatado, as duas amigas criaram uma página no Facebook chamada ResGatinhos, inaugurando um grupo de voluntários que atua resgatando, tratando e abrigando gatos em situação de rua ou vítimas de maus-tratos.
Inquietas com a grande quantidade de gatos abandonados no bairro Santa Teresa, zona Sul de Porto Alegre, Ana Luiza Ratier e Maitê Brackmann decidiram unir forças para mudar a realidade dos animais que perambulavam pela vizinhança em que moravam. Então, em 2013, na busca por recursos para custear o tratamento dos bichinhos que haviam resgatado, as duas amigas criaram uma página no Facebook chamada ResGatinhos, inaugurando um grupo de voluntários que atua resgatando, tratando e abrigando gatos em situação de rua ou vítimas de maus-tratos.
O ResGatinhos não se trata de uma ONG, mas, sim, de um trabalho 100% voluntário, não contando com auxílio financeiro de órgãos oficiais, destinando todos os recursos arrecadados aos gatinhos acolhidos. Dessa forma, os titulares do projeto e voluntários eventuais atuam transformando suas residências em lares temporários para que os bichanos possam receber cuidados veterinários (castração, vermifugação, teste de FIV/FeLV, exames etc.) e tempo adequado de recuperação até serem encaminhados para um lar.
"As pessoas podem entrar em contato com o projeto informando que têm um cômodo disponível para abrigar um gato temporariamente, que a gente se compromete a dar tratamento e procurar um adotante para esse animal. A pessoa voluntária só fica responsável por alimentar e ceder o espaço", explica Mariana Pacheco, coordenadora do projeto. Hoje, a entidade conta com quatro voluntários fixos que dividem as tarefas.
Nessa quase uma década de atuação, mais de 300 gatinhos foram resgatados e encaminhados para tutores. Em 2022, o grupo de voluntários focou seus esforços em gatos que, caso não fosse a atuação da entidade, não conseguiriam sobreviver (animais atropelados, com tumores, esporotricose e outras doenças). No entanto, como esse tipo de trabalho gera muito mais despesa, o coletivo precisou focar em filhotes e bichanos que tivessem uma passagem mais rápida pelo projeto.
"A castração é a única solução a longo prazo para resolver o problema dos gatos abandonados", afirma a coordenadora. Partindo disso, neste ano, de forma paralela ao ResGatinhos, foi criado um projeto que atua, de forma voluntária e gratuita, baseado no método CED (captura, esterilização e devolução) para reduzir o número de gatos de rua, semi-domiciliados (bichos que vivem na rua, mas tem um cuidador) ou que pertencem a pessoas em situação de vulnerabilidade social. Para 2022, a meta era castrar um bichinho por dia do ano. Até o momento, foram operados cerca de 320 felinos.
Para quem busca adotar um dos gatos catalogados no site do ResGatinhos é preciso, primeiramente, responder a um questionário bem criterioso. O projeto sempre busca fazer adoções responsáveis para que os animais não corram o risco de voltar para a rua. Dessa forma, um dos requisitos mínimos para adoção é um lar totalmente telado, de forma que os animais não tenham acesso à rua.
A iniciativa dá prioridade a adoções conjuntas, pessoas que já adotaram com a ResGatinhos e, por fim, a pretendentes que já tenham gato. "Ter um animal é um compromisso que a pessoa tem que estar preparada e pensar nos gastos que isso implica", afirma Mariana. Aliás, a ResGatinhos segue monitorando os animais após a adoção.
 

Projeto procura voluntários para continuar dando suporte para os bichanos

Para a coordenadora do ResGatinhos, Mariana Pacheco, a principal dificuldade enfrentada pelo projeto é a questão financeira. Apesar de terem um bom número de seguidores no Instagram (20mil), o grupo de voluntários não recebe o suficiente para manutenção mensal da proposta. Uma das estratégias que a iniciativa tem para se manter viável é cobrar uma taxa de adoção, que varia de acordo com o perfil do gato. Os animais que podem ser adotados estão catalogados no site www.resgatinhospoa.com.br.
A pandemia, inicialmente, teve um impacto positivo. O fato de as pessoas estarem mais tempo em casa gerou uma grande procura por animais de estimação e, nesse período, muitos gatos do projeto foram adotados e conseguiram lares temporários. Por outro lado, a crise econômica levou a um aumento do número de animais abandonados, além de diminuir o número de doações de contribuintes.
Outra dificuldade listada pela ação é conseguir mobilizar pessoas que estejam comprometidas por um período de tempo mais longo. O ResGatinhos procura e precisa de voluntários de diversas áreas, desde fotógrafos, pessoas com veículos que possam levar os gatos para as consultas, e, principalmente, pessoas que possam dar abrigo temporário. Inclusive, no momento, com cerca de 50 gatos abrigados, o projeto suspendeu os resgates por conta da sobrecarga dos voluntários.
Existem diversas formas de ajudar o Resgatinhos, a começar pela doação de ração, areia, alimentos úmidos, medicamentos, brinquedos e camas. Também é possível ser um doador mensal através da plataforma apoia.se (https://apoia.se/resgatinhospoa). Todo o valor é inteiramente usado para pagar os custos de ração, sachês e areia higiênica, enquanto os bichanos não são adotados.