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Com a palavra

- Publicada em 03 de Julho de 2022 às 19:17

Código 2D irá revolucionar relações de consumo

Executivo destaca a importância da inovação na cadeia de abastecimento

Executivo destaca a importância da inovação na cadeia de abastecimento


GS1 Brasil/Divulgação/JC
Cristine Pires
Quando assumiu a presidência da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), no início dos anos 1990, João Carlos de Oliveira já acompanhava de perto as mudanças no setor de autosserviço. Oliveira sempre teve sua vida profissional com forte participação do varejo. Presidiu também a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a Associação Latino Americana de Supermercados (Alas). Graduado em Administração de Empresas pela Pucrs e pós-graduado em Planejamento Empresarial pela Faculdade Porto Alegrense, o empresário está sempre atento às novidades, e acompanha de perto todos os eventos e feiras que mostrem o que há de mais moderno para a atividade. Mas, por mais que a inovação chegasse ao setor de forma cada vez mais veloz, era difícil imaginar o que o futuro reservava. "Hoje, é o código 2D a tecnologia que promete revolucionar completamente as relações de consumo", afirma Oliveira que, apesar da agenda atribulada, não abre mão de sua corrida matinal para manter a saúde em dia.
Quando assumiu a presidência da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), no início dos anos 1990, João Carlos de Oliveira já acompanhava de perto as mudanças no setor de autosserviço. Oliveira sempre teve sua vida profissional com forte participação do varejo. Presidiu também a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a Associação Latino Americana de Supermercados (Alas). Graduado em Administração de Empresas pela Pucrs e pós-graduado em Planejamento Empresarial pela Faculdade Porto Alegrense, o empresário está sempre atento às novidades, e acompanha de perto todos os eventos e feiras que mostrem o que há de mais moderno para a atividade. Mas, por mais que a inovação chegasse ao setor de forma cada vez mais veloz, era difícil imaginar o que o futuro reservava. "Hoje, é o código 2D a tecnologia que promete revolucionar completamente as relações de consumo", afirma Oliveira que, apesar da agenda atribulada, não abre mão de sua corrida matinal para manter a saúde em dia.
Empresas & Negócios - Qual a importância do código de barras para a cadeia de abastecimento?
João Carlos de Oliveira - A informação hoje é o bem mais precioso das empresas e o código de barras padrão GS1 é o mais usado em 150 países para identificar produtos e servir de base para os processos de automação. A rotina da cadeia de abastecimento começa pelo sistema de leitura dos códigos de barras, que promove a evolução em velocidade de captura de dados, precisão, redução de custos e segurança do consumidor. A capacidade de capturar, armazenar e processar a infinidade de dados que são gerados diariamente se tornou fator fundamental para a sobrevivência de empresas e para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
E&N - Como os códigos de barras GS1 evoluíram ao longo do tempo?
Oliveira - Os códigos lineares conhecidos pelo consumidor há quase 50 anos evoluíram para os códigos bidimensionais, que foram padronizados pela GS1 e estão em franco processo de implantação em todo o mundo. Os bidimensionais proporcionam engajamento do consumidor e a conexão com informações ampliadas sobre produtos. São também uma das causas de transformação das práticas de gestão dos integrantes da cadeia de abastecimento, principalmente no varejo, para que as lojas protejam seus clientes de compra de produtos expirados, falsificados ou inseguros. Nos sistemas de varejo, o atendimento completo dessas necessidades dos consumidores exige maior qualidade da identificação e quantidade de informação. Também conhecido como código 2D, tem a mesma função que o linear, porém, com capacidade muito maior de armazenar dados. Enquanto os códigos de barras 1D trabalham com informações em apenas uma dimensão, a horizontal, o código 2D faz a varredura de dados tanto no plano horizontal quanto na vertical, informando lote, data de validade e número serial, por exemplo.
E&N - Quais são os diferenciais desse código em relação aos já utilizados?
Oliveira - Além da dimensão reduzida para impressão em embalagens, o código 2D é capaz de carregar dados adicionais que proporcionam mais inteligência ao ponto de venda (PDV). Ele pode interpretar algumas informações e sugerir decisões como, por exemplo, bloquear a venda no PDV de um produto vencido ou lote recolhido. A digitalização dos itens no PDV desencadeia processos de automação que hoje beneficiam a integração do fluxo de dados no mundo físico e no digital, o que chamamos de conceito Phygital. São benefícios como gerenciamento de estoque aprimorado; apoio e integração com iniciativas de rastreabilidade e sustentabilidade; atendimento a regulamentações como gestão de data de validade, recalls e rastreabilidade; mais segurança; precisão no inventário de loja; checagem da autenticidade dos produtos; suporte a iniciativas de prevenção de vendas e gerenciamento de trocas; e experiências inovadoras para o consumidor.
E&N - Quais são as vantagens dessa tecnologia para a cadeia de abastecimento?
Oliveira - A interação com os consumidores e seu engajamento em uma nova era de consumo é uma das maiores contribuições. A indústria tem um código mais interativo e que ocupa menos espaço na embalagem. Ele funciona como uma embalagem estendida, possibilitando a inserção de dados adicionais e variáveis, ações de prevenção de perdas, recall, logística reversa, economia circular, sustentabilidade, campanhas promocionais e muito mais agilidade nos processos de gestão.
E&N - E para o consumidor final? Quais os benefícios?
Oliveira - O consumidor pode viver experiências inéditas como informações detalhadas do produto por meio de um link para página web no conceito de embalagem estendida. Há várias iniciativas nesse sentido. O consumidor está mais exigente e pode ter mais informações sobre a origem do produto, ingredientes, cuidados.
E&N - O código bidimensional está sendo bem utilizado no País?
Oliveira - Já está sendo usado por muitas indústrias, varejo e provedores de soluções que estão criando aplicações para os mais diversos modelos de negócios. Empresas como Vapza Alimentos, Leroy-Merlin, Fugita, Parla Deli Delicatessen, Massimo Zanetti, Supermercado Pinheiro, Bic Data, Epson, GIC, MHA, PSR, Toshiba, Winn, Zebra, Urano e Totvs são exemplos no país. Os provedores de soluções exercem um papel fundamental nessa transformação do mercado, sendo agentes responsáveis por criar, desenvolver e implementar planos de transição. É um novo horizonte que se abre.
E&N - Como a GS1 Brasil dissemina essa nova onda de tecnologia do código bidimensional?
Oliveira - No mercado interno, a associação incentiva o uso dos códigos bidimensionais por meio de campanhas aos associados e nos meios de comunicação. Além disso, a GS1 mantém parcerias com entidades que entenderam a oportunidade de desenvolvimento dos seus setores no processo de transição do código de barras linear para o 2D. São elas a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados, Associação Brasileira de Supermercados, Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços, Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção, Produce Marketing Association, Associação Brasileira de Embalagem, Associação Brasileira das Indústrias e Setor de Sorvetes, Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização e Associação Brasileira de Produtos de Limpeza e Afins.
E&N -A GS1 Brasil participa de eventos públicos com o objetivo de levar as novidades ao público?
Oliveira - Sim, sem dúvida os eventos são uma forma relevante de transferirmos a cultura e nossos padrões. Neste ano participamos de vários, e também estamos organizando o Brasil em Código 2022. Chegamos à 10ª edição desse nosso evento multissetorial que reúne executivos das principais associações, indústria e varejo. Esperamos um público de 1.000 participantes para networking, intercâmbio de experiências, palestras, apresentação de casos inovadores e exposição de soluções. O encontro terá a proposta de ser um Festival de Tecnologia que se destina a definir as melhores práticas na gestão de pessoas, no varejo, na indústria e em marketplaces, além de reunir empreendedores e entusiastas de Environmental, Social and Governance (ESG). Será em 10 de agosto, em São Paulo, quando vamos trazer especialistas reconhecidos para debatermos tendências e propor soluções que inovam os mundos online e offline, conectando toda a cadeia de produção e abastecimento.
 
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