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Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 27 de Outubro de 2014 às 00:00

Porto Alegre Clínicas comemora 30 anos de atendimento ao trabalhador


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
Alexandre Diamante considera-se um idealista. Há 30 anos, deixou de lado a cirurgia geral para investir na “democratização do acesso à saúde pelo trabalhador”. Com esse mote, fundou a Porto Alegre Clínicas, uma das líderes no segmento de Medicina do Trabalho, responsável pelo atendimento de 50 mil funcionários do setor empresarial. No início, era uma sala de espera e dois consultórios. Hoje, as unidades de Cachoeirinha, Gravataí e Canoas se somam à da Capital, e oferecem também planos de saúde ambulatorial, hospitalar e odontológico. No total, são 300 funcionários.
Alexandre Diamante considera-se um idealista. Há 30 anos, deixou de lado a cirurgia geral para investir na “democratização do acesso à saúde pelo trabalhador”. Com esse mote, fundou a Porto Alegre Clínicas, uma das líderes no segmento de Medicina do Trabalho, responsável pelo atendimento de 50 mil funcionários do setor empresarial. No início, era uma sala de espera e dois consultórios. Hoje, as unidades de Cachoeirinha, Gravataí e Canoas se somam à da Capital, e oferecem também planos de saúde ambulatorial, hospitalar e odontológico. No total, são 300 funcionários.
Essa história começa em 1983. Com as economias angariadas na unidade de atendimento a acidentados em que trabalhava, Diamante alugou um espaço comercial na Rua dos Andradas para realizar seu propósito. “O médico precisa é se importar com as pessoas, trabalhamos com saúde. Ao ver uma pessoa morrendo, sendo atendida às pressas em um pronto socorro, tu tens que fazer uma escolha”, justifica. O quadro da incipiente Porto Alegre Clínicas era bem mais modesto que o atual: ele, a futura sócia, Maria Dorita Selencovich, e outros dois médicos. “Fazíamos consultas com especialistas, exames de imagem e exames laboratoriais”, recorda.
À época, miravam empresas de construção civil, oferecendo planos de atendimento a “preços módicos”. Valores impossíveis de especificar devido aos inúmeros planos econômicos adotados nos anos subsequentes, os maiores embargos à bem-aventurança empresarial, cita Diamante, junto às regularizações do setor. Agruras da alçada comercial de qualquer negócio, o mais difícil era convencer as empresas que o funcionário merecia o benefício. Diamante tinha que vender seu peixe.
No arquivo da instituição, recortes de fotografias com miss. Ele sorri e desconversa: “Como não tínhamos muito dinheiro pra investimento em propaganda, fizemos muitos eventos periféricos.” Prestavam assistência médica no autódromo de Tarumã, o que rendia prestígio, recorda Diamante, mas pouco retorno financeiro. “Já éramos muito fortes, mas não ganhávamos dinheiro”, argumenta. As oscilações no ramo imobiliário fizeram com que acentuassem o enfoque no comércio.
A grande virada viria na extinta Multifeira de Esteio, em 1988. Diamante conta que fechou contrato com cerca de 30 dos 80 expositores presentes. Nessa época, já estavam instalados num centro comercial na avenida Independência, seguindo uma progressão geométrica de expansão. Os dois consultórios da Andradas viraram quatro em um prédio junto a Praça Dom Feliciano, oito na Independência, até se estabelecerem na avenida Farrapos, em 1993, onde funcionava uma antiga revendedora de tratores. Com o tempo, e graduais aportes financeiros em atendimento e infraestrutura, as 16 salas iniciais da unidade passaram a figurar como uma única ala entre os cinco prédios da atual sede na Capital. Um dos diferenciais da Porto Alegre Clínicas de hoje, evidencia Diamante, é a centralização do atendimento. O paciente não precisa se deslocar. Realiza no mesmo local de exames ambulatoriais até pequenos procedimentos cirúrgicos.
A breve jornada nas cercanias da Dom Feliciano está suspensa com adornos cômicos na memória de Diamante. A salinha na Andradas não suportava mais a demanda da clínica, então ele vendeu seu Monza e alugou um andar inteiro em um prédio próximo à praça, no Centro da Capital. “À medida que a necessidade foi crescendo, fomos ampliando o espaço e a atuação”, explica o empresário.
Diamante é do tipo que prefere não olhar para trás. Descarta qualquer retorno à atuação clínica ou cirúrgica e relativiza as dificuldades de sua trajetória. “Sempre existirá percalços, mas quem é craque tem que saber contornar”, brinca. “Concorremos contra gigantes do setor, e, quando se está em campo, se ganha e se perde”. Diamante gosta de destacar que a Porto Alegre Clínicas “tem cara”. Muito bem-humorado, comenta que enquanto outros dirigentes do segmento passarão, ele seguirá no seu posto, na cadeira de presidente da empresa que criou e gerencia. Ressalta: “temos um retrato, e por isso fomos, lenta e gradualmente, conquistando nosso espaço entre os líderes do mercado”.
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