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Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 25 de Novembro de 2013 às 00:00

Sorveteria Joia mantém tradição e qualidade no produto e no atendimento


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
Quem costuma viver pela Cidade Baixa tem como uma das paradas certas um ponto na rua da República, esquina com José do Patrocínio. Há 35 anos no mercado, a Sorveteria Joia, uma das mais tradicionais da capital gaúcha, vem fazendo a alegria de gerações apreciadoras de um genuíno sorvete.
Quem costuma viver pela Cidade Baixa tem como uma das paradas certas um ponto na rua da República, esquina com José do Patrocínio. Há 35 anos no mercado, a Sorveteria Joia, uma das mais tradicionais da capital gaúcha, vem fazendo a alegria de gerações apreciadoras de um genuíno sorvete.
E a história para o proprietário, João Klein Selau, começou ainda como cliente. Ele trabalhava em um condomínio na avenida Getulio Vargas, no Bairro Menino Deus, e fazia as compras de materiais de limpeza em um minimercado em frente ao prédio. A partir dali, começou a crescer a amizade e o contato com o proprietário do local, que o convidou para trabalhar no estabelecimento, largando o trabalho de sete anos no condomínio. “Um tempo depois ele me convidou para ser sócio”, conta seu João.
Além do mercadinho, havia na jogada também uma sorveteria na José de Alencar, mas a ideia era abrir um novo ponto. O local em uma esquina privilegiada na Cidade Baixa, onde funcionava uma loja que vendia artigos de lã, foi o ponto escolhido. E o imóvel foi adquirido pelo valor módico de Cr$ 50 mil na época. Assim, nascia a história da Sorveteria Joia na Cidade Baixa.
O bairro passou por uma grande transformação desde a segunda metade da década de 1990. A Cidade Baixa, antes um bairro considerado familiar e até, de certa forma, de terceira idade, começou a receber a boemia, especialmente com o surgimento dos bares na rua General Lima e Silva, que depois se espraiaram por outras ruas, mudando o cenário e o público do local. Mas Selau salienta que o público da sorveteria não mudou. “A minha clientela é mais família, o pessoal dos bares fica do outro lado do bairro, não chegam aqui porque não vendemos cerveja”, ressalta. Mesmo assim, o dono do estabelecimento ainda revela histórias curiosas em relação à clientela mais alternativa que frequenta o bairro. “Esses dias mesmo veio um aqui e me perguntou se vendia cigarro avulso fiado. E eu nunca tinha visto a criatura”, ri.
Com o falecimento do sócio, Selau procurou os herdeiros para comprar a parte do negócio e recebeu a ajuda do irmão, que é dono de uma sorveteria Joia localizada na avenida Venâncio Aires. Questionado sobre as dificuldades de manter o negócio, lembra que os períodos de crises econômicas e as constantes trocas de moedas no fim dos anos 1980 e início dos anos 1990 dificultaram por vezes a manutenção do local. “Foram épocas feias, mas sempre conseguimos superar.”
O segredo, segundo ele, é manter quantidade e qualidade do produto para que a clientela sempre volte. Além disso, o preço do produto precisa ser convidativo. O sorvete com uma bola, por exemplo, pode ser encontrado ao preço de R$ 3,00, enquanto que em outras sorveterias o valor pode chegar ao dobro. “Aqui na Cidade Baixa tem que vender bastantão e com preço bom”, explica.
A tradicional sorveteria vem, ao longo dos anos, mantendo a originalidade. A fachada é a mesma desde os primórdios. Quem entra na loja, percebe os letreiros com o anúncio dos sabores ainda no estilo dos anos 1980. A máquina que fazia os sorvetes continua ali, exposta para os visitantes. Mesmo com as mudanças no mundo nos últimos 35 anos, a manutenção da tradição garante que o estabelecimento sobreviva.

Alimento próprio e com qualidade

A rotina de João Klein Selau começa cedo. Às sete da manhã, ele já está na loja para começar a produção de sorvetes. Para manter a qualidade e cremosidade dos sorvetes vendidos há 35 anos para os porto-alegrenses, investiu na compra de uma nova máquina de produção e montou em um dos ambientes da sorveteria a fantástica fábrica de sorvetes que alegra gerações de consumidores.
A nova máquina produz em até sete minutos dez litros de sorvete. A anterior, que hoje é peça de exposição na sorveteria, fazia o mesmo volume de sorvete em no mínimo doze minutos. “Só durante esta manhã (quando foi feita a reportagem), já produzi cerca de 90 litros de sorvete”, informa.
A reforma feita para atender à necessidade de produção foi feita há quatro anos. Para o futuro, Selau pensa apenas naquele que considera o maior patrimônio do negócio: a manutenção de um público fiel e cativo, que passa de geração em geração o gosto pelo sorvete diferenciado da Joia. “Aqui é tudo feito com amor e carinho para o cliente”, conclui.
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