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Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 17 de Junho de 2013 às 00:00

GrêmioMania é uma das precursoras do varejo esportivo


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
De uma simples loja nas dependências em um estádio a uma rede com 21 pontos em diferentes cidades do Rio Grande do Sul. A trajetória da GrêmioMania se confunde com as profundas mudanças vivenciadas pelo futebol brasileiro nos últimos anos. O esporte mais popular do Brasil ganhou contornos de negócio bilionário e, com isso, os clubes passaram a buscar novas fontes de receita. Desta forma, o varejo se tornou um dos principais catalisadores de recursos. E nesse campo o Grêmio foi um dos pioneiros no País.
De uma simples loja nas dependências em um estádio a uma rede com 21 pontos em diferentes cidades do Rio Grande do Sul. A trajetória da GrêmioMania se confunde com as profundas mudanças vivenciadas pelo futebol brasileiro nos últimos anos. O esporte mais popular do Brasil ganhou contornos de negócio bilionário e, com isso, os clubes passaram a buscar novas fontes de receita. Desta forma, o varejo se tornou um dos principais catalisadores de recursos. E nesse campo o Grêmio foi um dos pioneiros no País.
Historicamente, os clubes brasileiros sempre tiveram seus espaços de comercialização de artigos. Mas, nos primórdios, os estabelecimentos eram praticamente amadores. No caso do Grêmio, o varejo começou a ser explorado com mais intensidade em 1977, com a criação da Mosqueteiro Souvenir, cujo nome fazia alusão ao mascote do Tricolor. Durante um longo tempo, a marca manteve estruturas nas dependências do Olímpico e no Centro de Porto Alegre.
O negócio foi uma espécie de embrião da GrêmioMania, cuja fundação ocorreu em 1995. Naquela época, o Grêmio era comandado por Luiz Felipe Scolari e empilhava taças no Estado, no País e no continente. As camisas azul, preto e branco vendiam como água. Foi então que o clube resolveu aproveitar o momento vitorioso para levar a experiência lojista a um novo patamar. “Aí começou a comercialização de produtos de uma forma mais oficial”, recorda João Basílio, então diretor financeiro da agremiação e hoje gerente da loja do Olímpico (até o final de 2013, ocorre a mudança do local para a Arena).
Após a inauguração da matriz, no Olímpico, começaram a surgir outros pontos na Capital, principalmente em shoppings. Até 2011, o sistema de licenciamento era o utilizado. No entanto, a partir de então, o Tricolor começou a estruturar um modelo de franquias GrêmioMania. A iniciativa saiu do papel no ano passado. Aqueles comerciantes que já tinham vínculo foram convidados a migrar para o novo formato, e a maioria aceitou.
Hoje, são 19 franqueados em 10 municípios gaúchos, que se somam ao estabelecimento administrado pela equipe gremista e a outro gerido pelo fornecedor de material esportivo. “No sistema de licenciamento, as lojas iam crescendo de forma desordenada. Com as franquias, conseguimos dar uniformidade ao negócio em todos os aspectos: visual, atendimento, linha de produtos e comunicação”, salienta Carlos Alberto Carvalho Filho, executivo de marketing tricolor. Para conduzir o processo, o clube fechou parceria com a paulista Meltex Franchising até 2018.
Em meio às mudanças nas últimas décadas, a gama de produtos se expandiu de maneira significativa. Atualmente, o Grêmio tem mais de 2 mil itens licenciados. A linha têxtil continua sendo o carro-chefe, gerando 65% das vendas. Mesmo assim, a equipe vislumbra a expansão em novos nichos. “Apostamos, no curto prazo, em crescimento de produtos para o mercado pet, na linha infantil e nos artigos femininos”, elenca Filho.
Segundo o dirigente, a quantidade de artigos ofertados teve um salto a partir de 2005, quando houve uma sistematização do licenciamento da marca Grêmio. Neste ano, os royalties devem render cerca de R$ 9 milhões ao caixa. E quanto mais itens são disponibilizados, mais o faturamento se alavanca. Apenas o ponto localizado na velha casa gremista, no bairro Azenha, vendeu R$ 17 milhões no ano passado.

Rede quer chegar a 65 lojas até 2014

A partir do sistema de franquias, o Grêmio planeja chegar a 65 lojas até o final de 2014. E o clube não quer fincar bandeira apenas no Rio Grande do Sul. Além de expandir a participação em municípios gaúchos, a ideia é colocar lojas em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, locais onde estão mais concentrados os gremistas fora do Estado. A primeira saída além da divisa do rio Mampituba já tem data marcada. Em junho, será inaugurado um estabelecimento em Chapecó, no Oeste catarinense, o 22º da marca.
“Fora do Estado, neste ano, iremos priorizar Santa Catarina. A ideia é abrir lojas também em Florianópolis e Lages”, explica a gerente de expansão da GrêmioMania, Carolina Rosito. A estratégia de ampliação, porém, ainda deve ser puxada pelo Rio Grande do Sul. Carolina enfatiza que ainda existem muitas localidades gaúchas com potencial para receber um ponto comercial gremista.
O investimento inicial em uma franquia GrêmioMania varia de R$ 150 mil a R$ 300 mil, dependendo do tipo de negócio. São quatro os formatos possíveis: quiosque em shopping, loja de rua, loja de shopping e loja grande, onde é agregado o quatro social do clube e o consulado tricolor da cidade. Os contratos firmados têm duração de cinco anos.
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