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Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 29 de Abril de 2013 às 00:00

Lojas Tabajara aposta no atendimento para se manter viva


Jonathan Heckler/jc
Jornal do Comércio
Um dos mais tradicionais estabelecimentos de moda feminina de Porto Alegre, a Lojas Tabajara teve sua trajetória iniciada no longínquo ano de 1947, quando sequer era um negócio do comércio.  O escritório, na época localizado na rua dos Andradas, permaneceu, até o ano seguinte, focado no fornecimento de tecidos a outras companhias, quando, finalmente, entrou em operação a Modas Tabajara, antiga razão social da empresa, sob o comando do alemão Israel Cutin.
Um dos mais tradicionais estabelecimentos de moda feminina de Porto Alegre, a Lojas Tabajara teve sua trajetória iniciada no longínquo ano de 1947, quando sequer era um negócio do comércio.  O escritório, na época localizado na rua dos Andradas, permaneceu, até o ano seguinte, focado no fornecimento de tecidos a outras companhias, quando, finalmente, entrou em operação a Modas Tabajara, antiga razão social da empresa, sob o comando do alemão Israel Cutin.
Aberta até hoje e em pleno funcionamento na avenida Borges de Medeiros, com o empenho de agregar os novos aspectos do mercado às lojas, a Tabajara somente foi para as mãos da família Navaux  - atual detentora – em 1953, quando Cutin retornou ao seu país de origem. Foi então que a marca começou a ganhar características marcantes para sobreviver ao mercado e ao tempo. Hoje, a empresa mantém quatro unidades em Porto Alegre: na avenida Borges de Medeiros, no Shopping Praia de Belas, Moinhos Shopping e na avenida Ramiro Barcelos.
Herdeira da administração da loja, Patricia Navaux explica que a família sempre teve vínculo com o comércio de vestuário. Seu avô, o belga Joseph Navaux, passou boa parte da vida trabalhando em lojas de roupas na Inglaterra, até que, ao lado da mulher e do filho, rumou ao Rio de Janeiro, a fim de trabalhar em uma grande loja de departamento na então capital federal. Algum tempo depois, já em Porto Alegre, viu a oportunidade de ingressar no comércio através da Tabajara. “No Rio de Janeiro, meu avô e minha avó, Mariette, conheceram quem seria o futuro sócio deles. Entre 1953 e 1958, eles trabalhavam sozinhos na Tabajara, sem folga ou férias. Então convidaram o senhor Alberto Zielinsky para ser sócio da empresa, situação que permaneceu até 1990, quando assumimos novamente toda a empresa”, contextualiza a empresária.
A entrada de Zielinsky na empresa foi fundamental para o início de sua expansão. Com o capital agregado pelo sócio, foi possível a abertura da segunda unidade da loja. Na década de 1970, outro passo importante foi dado: a contratação de um comprador carioca que, antenado às tendências de moda, ajudou a revigorar a imagem e os produtos da Tabajara perante o público. A loja, aliás, já havia inovado, sendo a primeira da Capital a vender calças compridas femininas (na época chamadas de slack), bem como foi pioneira em realizar desfiles dentro do estabelecimento para mostrar as coleções às clientes.
O cuidado em oferecer atendimento personalizado é considerado por Patricia um dos maiores segredos para consolidação e manutenção da Tabajara no mercado gaúcho. De acordo com a empresária, no início esse era um processo natural, já que os proprietários atendiam diretamente as clientes. “Não foi uma coisa planejada no começo, meus avós atendiam com simpatia, educação e os clientes foram voltando, demonstrando que valorizavam esse tipo de postura, então percebemos que era um diferencial e pensamos em desenvolver isso”, alega.  Entre as estratégias, está o bom relacionamento com os colaboradores, num processo que estimula a criação de identificação entre clientes e vendedores.
Patricia explica que muitos dos funcionários têm uma longa trajetória dentro da loja, criando uma relação loja-cliente muito mais próxima. Dentro dessa perspectiva, a ideia da Tabajara é traçar caminho contínuo de melhorias no atendimento. “Um bom atendimento cativa o cliente, então, uma das coisas que estão no nosso foco é exatamente desenvolver o nosso público interno para atender cada vez melhor nosso público externo”, destaca.

Gestão e tecnologias para melhor atuar

No universo das empresas familiares, trabalho e relacionamentos pessoais são compartilhados no mesmo ambiente. Entre os desafios dessa dinâmica, está a capacidade de aprender com os próprios erros e qualificar a gestão do empreendimento. Essa é a opinião da administradora da Lojas Tabajara, Patrícia Navaux, que sucedeu o pai e hoje toca os negócios ao lado da irmã. A empresária conhece a sentença na própria pele. Entre as décadas de 1980 e 1990, a Tabajara empreendeu a abertura de algumas lojas, como a de Novo Hamburgo, estratégia que não se consolidou. A empresa refez seus planos, dessa vez com o aval de duas herdeiras qualificadas pela faculdade de administração, o que ajudou a profissionalizar a gestão com a adoção de controle sobre todas as áreas da operação.
Patricia explica, também, que a companhia optou por distribuir as lojas entre shoppings e ruas de Porto Alegre, já que esse era o mercado que melhor se adaptou ao modelo de negócios. Além disso, a companhia conta cada vez mais com a tecnologia, que vem auxiliando em um melhor andamento do processo de compras e escolha das coleções comercializadas.
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