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Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 12 de Novembro de 2012 às 00:00

GNC Cinemas: tecnologia e novos serviços para crescer


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
Comandada por três famílias que têm no seu DNA o entretenimento, a rede gaúcha GNC Cinemas chega ao final de 2012 com um saldo de 45 milhões espectadores e 3,2 mil filmes exibidos em pouco mais de duas décadas de atuação.
Comandada por três famílias que têm no seu DNA o entretenimento, a rede gaúcha GNC Cinemas chega ao final de 2012 com um saldo de 45 milhões espectadores e 3,2 mil filmes exibidos em pouco mais de duas décadas de atuação.
A empresa, que foi a primeira no Estado a inaugurar salas de exibição dentro de um shopping center - no Praia de Belas, em 1991 -, trabalha agora para levar tecnologias e serviços diferenciados para os consumidores.
“O filme é commoditie. A grande distinção que poderá haver hoje entre as empresas desse segmento são os serviços oferecidos aos consumidores”, observa o diretor de operações do GNC Cinemas, Ricardo Difini Leite. Ele comenta que a concorrência é muito grande, e Porto Alegre, inclusive, é uma das cidades onde os espectadores são mais disputados: são 10 players e 70 salas disponíveis.
Para atender a um consumidor cada vez mais exigente e em busca de conforto, o GNC inaugurou, em 2011, na cidade de Blumenau (SC), a sua primeira sala VIP, um equivalente à classe executiva dos aviões. Poltronas reclináveis, bandeja para acomodar as comidas e um bar exclusivo ajudam a dar um ar sofisticado para quem aceita pagar mais por isso.
Além disso, a aposta é nas salas mais amplas, requintadas e acolhedoras. E, claro, em novas opções para a compra dos ingressos. O autoatendimento trouxe maior agilidade, bem como a possibilidade de compra pela internet. A escolha prévia dos lugares, que foi inaugurada pela rede no Shopping Iguatemi, também caiu no gosto dos cinéfilos.
Alguns desses diferenciais já podem ser sentidos pelos clientes do GNC Cinemas Praia de Belas, que passou recentemente por uma grande modernização. O novo complexo está disponível para os espectadores através de seis salas, localizadas no terceiro andar do centro de compras. Já as salas remodeladas do Moinhos Shopping foram entregues ao público na semana passada.
Para o segundo semestre de 2013, a rede prepara a inauguração do seu mais novo complexo, desta vez no Shopping Gravataí, Região Metropolitana de Porto Alegre. Serão cinco salas à disposição dos consumidores.
O GNC está presente em nove shopping centers com um total de 44 salas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A estratégia da rede, aliás, é se concentrar nesses dois estados. “Ainda temos mercados importantes a serem atendidos nessa região”, comenta o diretor de programação do GNC Cinemas, Hormar Castello Jr.
Além dessa questão dos serviços, foram muitas as evoluções vividas pelo cinema e pelo GNC nesses últimos anos. Depois da mudança do cinema de rua para o de shopping, veio o formato Multiplex, com mais salas e um espaço maior. Mais recentemente, o mercado passou a vivenciar a onda da tecnologia 3D, além das sofisticações em imagem e som digital.
O próximo passo é a digitalização dos parques cinematográficos brasileiro e mundial, um dos movimentos mais importantes que está acontecendo neste momento, comenta Castello Jr. “Acredito que a migração total do filme de película para o digital deverá acontecer em até dois anos no Brasil”, diz, sem esconder a nostalgia.
A cada complexo de seis salas do GNC, duas já estão digitalizadas. E a empresa está iniciando o processo de digitalização de todo o parque, o que envolverá a compra conjunta de projetores, com incentivo do governo de um projeto que está começando agora. Em até dois anos, deve estar tudo digitalizado.

Cinema vive um período de retomada no País

Praia de Belas foi o primeiro a receber complexo no Estado, em 1991. SÉRGIO SOUZA/DIVULGAÇÃO/JC
O GNC Cinemas é resultado da união de duas empresas gaúchas tradicionais nesse ramo: os proprietários do cinema Imperial e do cinema Guarani, da Praça da Alfândega, que tinha como um dos sócios a família de Hormar Castello Jr.; e o Cinema Carlos Gomes, que ficava na Vigário José Inácio, da família de Ricardo Difini Leite. Hoje também está no comando da operação a família Cuervo Silva.
Juntos, eles implantaram as primeiras salas em shopping centers de Porto Alegre, no Shopping Praia de Belas. “Saímos do formato tradicional de cinema de rua para acompanhar um movimento que começava a surgir no Brasil e que se consolidaria nos anos seguintes”, comenta Difini Leite.
Depois do Praia de Belas, o grupo abriu salas em Santa Catarina, na cidade de Blumenau, e então voltou ao Estado, inaugurando em Caxias do Sul, Bourbon Assis Brasil, Moinhos Shopping e Novo Hamburgo.
O investimento é grande. Uma única sala dificilmente sai por menos de R$ 1,5 milhão. Apesar disso, esse é um bom negócio, dizem os sócios. “A indústria do cinema é um exemplo de inovação e de superação. Desde que eu me conheço por gente, escutamos que o cinema está com os dias contados, mas ele, na verdade, está cada dia melhor porque consegue se reinventar”, diz Castello Jr.
O ano de 2010 marcou uma espécie de retomada do cinema no Brasil, quando se ultrapassou a marca de 100 milhões de espectadores em todo o País. “O que a gente vende são momentos mágicos, experiências especiais. As pessoas não vão ao cinema só para ver um filme, elas vão para se divertir e se emocionar”, acrescenta.
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