O que começou como uma oficina de consertos de eletrodomésticos se transformou em uma das maiores redes de eletroeletrônicos do Brasil. A Lojas Colombo nasceu em Farroupilha, Interior do Rio Grande do Sul, no ano de 1959, do empreendedorismo de dois jovens, os primos Adelino Raymundo Colombo e Dionysio Balthasar Maggioni. Em 52 anos, a pequena oficina se transformou em uma das redes mais conceituadas do Brasil. Hoje, são 330 filiais distribuídas entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais em diferentes formatos, das convencionais de rua, passando por lojas de shoppings, as chamadas Premium, loja web, televendas e m-commerce, que possibilita compras pelo smartphone.
A Colombo emprega mais de 6 mil colaboradores e faturou R$ 1,5 bilhão em 2010, o que representa um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. A previsão estimada até agosto de 2011 é superar em 10% os recursos obtidos no mesmo período de 2010. Mas para chegar a números tão expressivos foi necessário muito trabalho. “Meu negócio começou quando, aos 17 anos, fui trabalhar em um armazém de secos e molhados e armarinhos, em Farroupilha. Depois de sete anos, junto com mais dois colegas, compramos o Armazém Colombo”, lembra Adelino, que tinha o sonho de ser vendedor e hoje vê os frutos da decisão acertada de ter investido ali todas as suas economias.
Em novembro de 1959, já com experiência adquirida, iniciaram a comercialização de produtos eletrônicos em uma oficina de assistência técnica. “Como a maioria das empresas brasileiras, começamos com capital zero e um patrimônio que abrangia experiência e vontade de vencer”, lembra Adelino. A estratégia começou naquele mesmo ano, quando os sócios tiveram uma grande sacada para incrementar os negócios: aproveitaram a chegada da qualidade de transmissão de televisão no Estado para demonstrar a novidade em frente à loja. Depois, passaram a emprestar os aparelhos para as famílias que poderiam adquiri-los e, nesta sequência, criaram o primeiro consórcio para a venda de TVs.
As vendas incluíam geladeiras, fogões, móveis e outros produtos da linha eletrônica. A demanda criou a necessidade de contratar pessoas para ajudar na entrega, instalação e cobrança das prestações.
Depois da primeira filial, em Caxias do Sul, foi questão de tempo para chegar à Capital gaúcha. “Partimos para expansão, abrindo lojas em bairros e shoppings”, destaca o empresário.
A partida para outros estados foi um fenômeno natural. “Hoje o cenário é bem diferente de quando começamos. O brasileiro tem mais condições de compra e facilidades para aquisição”, diz. Ele destaca o crescimento do poder de compra das classes C e D, a disseminação de produtos de alta tecnologia e a expansão das vendas pela internet. Isso sem falar na concorrência. “O consumidor nunca teve tanta oferta como atualmente.” A empresa, contudo, continuará sua expansão e está pronta para novos desafios, garante Adelino.
O segredo para a longevidade
Adelino Colombo não esconde a receita quando questionado sobre qual o segredo da longevidade da Lojas Colombo. “Sempre priorizei trabalhar com uma margem operacional fixa, sem rebaixar preços, selecionando a clientela e sendo muito cuidadoso na concessão de crédito e na cobrança. Além disso, nunca desisti e optei, mesmo com dificuldades, por partir para o “ataque”, afirma. E vai além. “Pelo menos nos meus primeiros anos joguei mais no ataque do que na defesa. E foi assim, avançando instintivamente, que consegui atravessar crises econômicas e chegar a 330 lojas nestes quase 52 anos.”
A Lojas Colombo comercializa móveis, eletrodomésticos, produtos das linhas de informática, vídeo, cine, foto, som, telefonia, motos, bazar, brinquedos, fitness, entre outros produtos. A rede investe constantemente em suas equipes. Desde a fundação até os dias atuais, a empresa investe no desenvolvimento e na valorização dos colaboradores por meio de programas direcionados à realidade de seu próprio negócio e do quadro funcional.
A companhia se baseia em três pilares para gerir seus recursos humanos: carreira, remuneração competitiva e clima organizacional, visando ao desenvolvimento sustentável do capital intelectual e, desta forma, assegurando o presente e o futuro da companhia.
Próxima semana: Lojas Paquetá