O Zoológico de Sapucaia do Sul é o único foco ativo de gripe aviária (H5N1) no Rio Grande do Sul, atingindo pelo menos dez aves silvestres de espécies variadas, de acordo com os dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa); ao todo, 166 animais de 10 espécies foram vitimados no local. Os demais focos de infestação do Estado foram contidos.
"Os focos de vida selvagem não são saneados, vão persistindo enquanto houver animais doentes. Como não se elimina todos os animais, acaba prolongando. Mas será feita nova coleta de amostras em aves para verificar se a causa de óbito segue sendo influenza", explicou a Secretaria Estadual de Agricultura em nota enviada à imprensa neste domingo (15).
O Estado vinha registrando seguidos casos suspeitos de animais infectados desde o dia 15 de maio, quando foi detectado o vírus em uma granja no município de Montenegro. O governo gaúcho chegou a declarar emergência em saúde animal e obteve reveses econômicos na exportação de aves. O caso foi o primeiro registrado na avicultura comercial do País.
Com embargos à exportação de carne de frango brasileira, os embarques do produto no País em maio caíram 12,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. No caso do Rio Grande do Sul, terceiro maior exportador da proteína entre os estados brasileiros, o índice reduziu 8,1% no mesmo mês.
No nível nacional, há outros cinco focos de gripe aviária ativos. Três deles afetam aves silvestres: um na Capital Brasília, no Distrito Federal, que atinge um animal em vida livre, um em Minas Gerais, afetando quatro animais de diferentes espécies criados em um sítio, e outro no estado de São Paulo, com um caso confirmado em uma ave migratória. Os outros dois casos, em Goiás e no Mato Grosso, afetam aves domésticas criadas para subsistência.
O caso de Goiás é o primeiro registrado no Estado, tendo sido informado à Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) na segunda-feira passada (09). A ocorrência foi em aves de subsistência (fundo de quintal) no município de Santo Antônio da Barra. Lá, aproximadamente 100 galinhas apresentaram sinais como asas caídas, secreção nasal, dificuldade respiratória, apatia, diarreia e edema de face.
Já no registro paulista, também é o primeiro caso confirmado em 2025 de gripe aviária no Estado. O registro foi feito em uma ave silvestre migratória, que não estava em uma granja e não era comercializada ou utilizada para produção de alimentos.