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Publicada em 19 de Maio de 2025 às 20:11

Ministério da Agricultura investiga H5N1 em Estância Velha

Painel em tempo real com informações sobre investigações é ativo de confiabilidade, disse Carlos Fávaro

Painel em tempo real com informações sobre investigações é ativo de confiabilidade, disse Carlos Fávaro

Emater/divulgação/jc
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Claudio Medaglia
Claudio Medaglia Repórter
O Brasil mantém quatro investigações ativas para possíveis focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1). Um deles fica em Estância Velha, com aves de subsistência. Os outros três locais são em Ipumirim (SC) e Aguiarnópolis (TO), em ambiente de produção comercial, e em Salitre (CE), também com criação de aves de subsistência.
O Brasil mantém quatro investigações ativas para possíveis focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1). Um deles fica em Estância Velha, com aves de subsistência. Os outros três locais são em Ipumirim (SC) e Aguiarnópolis (TO), em ambiente de produção comercial, e em Salitre (CE), também com criação de aves de subsistência.
Nesta segunda-feira (19), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse os casos suspeitos em Triunfo, Nova Brasilândia (MT) e Graccho Cardoso (SE) tiveram resultados negativos. Conforme o Ministério da Agricultura, desde o surgimento dos primeiros casos da doença em aves migratórias, em 2023, mais de 2,5 mil investigações já foram realizadas, sendo 310 somente neste ano. E os dados são atualizados em um painel de acesso público desenvolvido pela pasta, como resposta aos governos de países importadores que custavam a crer na ausência de casos em granjas comerciais no País.
É um painel em tempo real, com duas atualizações diárias. Foi a forma que encontramos de mostrar, como líderes globais que somos na exportação dessa proteína, toda a transparência do nosso sistema de proteção”, afirmou.
O ministro reforçou a robustez do sistema de biossegurança sanitária do País.
Pode ter sistema igual - que eu não conheço -, mas não mais eficiente que o brasileiro. A transparência é o nosso atestado de confiabilidade. Quando disser que está livre, o mercado confia".
O Brasil mantém relações comerciais para exportação de carne de frango com 165 países. Desde a notificação da presença do H5N1 em uma granja de Montenegro, na sexta-feira, o governo parou de emitir certificados de embarques para o México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia, Argentina, África do Sul, Rússia, Peru, República Dominicana, Bolívia, Marrocos, Paquistão e Sri Lanka, além de China e os 27 países da União Europeia.
Cuba restringiu compras apenas do RS, enquanto o Japão não recebe produtos do município onde ocorreu o foco da doença, e Singapura vetou apenas o perímetro de 10 quilômetros da granja infectada. Mas, como Montenegro não produz frangos de corte para exportação, o impacto nas vendas gaúchas e nacionais para o Japão e Singapura não existe.
Fávaro disse também que a União trabalha para revisar todos os protocolos para que os acordos estabeleçam a regionalização em necessidade de restrição de embarques. Mas insistiu que para isso é preciso mostrar a força do sistema de proteção.
O lado positivo dessa crise é mostrar que não (o vírus) sai do primeiro foco. Isso será um ativo de convencimento com os países parceiros para regionalizar. É o desafio. E temos de dar o tempo de cada país, precisa respeitar. Reino Unido, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita já adotam a regionalização”, acrescentou.
O ministro lembrou ainda que até algumas semanas atrás, o Japão fecharia para produtos de todo o Brasil. Mas a revisão do protocolo levou a um efeito nulo no caso de Montenegro.

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