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Publicada em 05 de Dezembro de 2024 às 17:56

Associação Brasileira de Angus e Ultrablack elege nova diretoria

José Paulo Cairoli quer ampliar ainda mais a presença de bovinos Ultrablack pelo País e fortalecer programa de carne Angus certificada

José Paulo Cairoli quer ampliar ainda mais a presença de bovinos Ultrablack pelo País e fortalecer programa de carne Angus certificada

ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
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Claudio Medaglia
Claudio Medaglia Repórter
O agropecuarista José Paulo Cairoli assumirá em janeiro, pela terceira vez, a presidência da Associação Brasileira de Angus e Ultrablack. A nova diretoria foi definida nesta quinta-feira (5) em reunião da entidade. Ele substituirá Mariana Tellechea, que está no comando desde 2023.
O agropecuarista José Paulo Cairoli assumirá em janeiro, pela terceira vez, a presidência da Associação Brasileira de Angus e Ultrablack. A nova diretoria foi definida nesta quinta-feira (5) em reunião da entidade. Ele substituirá Mariana Tellechea, que está no comando desde 2023.
Criador de bovinos Angus Brangus e eqüinos crioulos e produtor de soja na Reconquista Agropecuária, com sede em Alegrete, Cairoli pretende dar sequência à consolidação do programa de carne certificada Angus, com mais de 20 anos e presente em 11 Estados e no Distrito Federal. A entidade pretende, ainda, fortalecer a participação em exposições importantes para divulgação da raça, com ênfase para a Expoutono, de Uruguaiana, a ExpoChapecó e a Expointer.
Também pretendemos estreitar nossa relação com criadores de Brangus. Vemos de forma muito positiva a combinação das duas raças, e por isso teremos o presidente da Associação Brasileira de Brangus, Antonio Carlos Corrêa Osório, na diretoria de Fomento da nossa gestão”.
O pecuarista comemora, igualmente, a expansão do Ultrablack pelo País, e entende que há espaço para ampliar ainda mais a presença desses animais nas regiões de clima mais próximo do tropical. Os bovinos Ultrablack têm ¼ de sangue zebuíno, o que ajuda animais de raças europeias a enfrentar ambientes de maior temperatura, por exemplo. Paralelamente, exemplares brangus apresentam 3/8 de sangue de zebu.
Cairoli mostra entusiasmo e expectativa positiva com os preços atuais da carne bovina no mercado, após dois anos de baixa. O período de retração nas cotações da commodity também provocou queda nas exportações, venda e abate de matrizes.
Mariana Tellechea, presidente da Associação brasileira de Angus | THAYNÁ WEISSBACH/JC
Mariana Tellechea, presidente da Associação brasileira de Angus THAYNÁ WEISSBACH/JC
 
A avaliação coincide com a de Mariana Tellechea, para quem 2024 foi um ano desafiador, com preço do boi muito deprimido e difícil para comercialização. Mas o ano foi positivo para venda de carne certificada.
Tivemos um crescimento de 8% ano passado. As exportações, no ano passado, cresceram quase 65%. Então, apesar de todo um ano mais complicado para a pecuária brasileira, a carne Angus certificada conseguiu se superar e crescer”, conta Mariana.
Um dos destaques da atual gestão foi a aprovação da aceitação de cruzamento entre animais angus com as raças leiteiras Holandês e Jersey - sempre com mais de 50% de sangue Angus, entre outros critérios – dentro do programa de carne certificada. A mistura já é desenvolvida em outros países, como nos Estados Unidos, por meio do programa Beef & Diary, unindo carne e leite. Iniciativas com ótimos resultados já vêm sendo alcançadas no Paraná e no Rio Grande do Sul.
É extremamente interessante para os produtores de elite. Eles precisam de uma vaca produzindo leite. Inseminando com Angus, os terneiros, que não tinham finalidade, entram em confinamento e no programa de carne certificada”, conclui a pecuarista.

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