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Publicada em 23 de Maio de 2024 às 18:51

Umidade no solo prejudica colheita de grãos de verão no RS

Na soja foram registradas perdas por grãos germinados, mofados e pela debulha natural

Na soja foram registradas perdas por grãos germinados, mofados e pela debulha natural

Emater-RS/divulgação/jc
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Apesar do predomínio de dias nublados e de chuvas com menor frequência e intensidade, registradas em períodos anteriores, o excesso de umidade prejudicou a finalização da colheita da soja na metade Norte do Rio Grande do Sul. No entanto, mesmo nas regiões onde as precipitações foram menores, os solos permanecem saturados de umidade, prejudicando a atividade. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira pela Emater/RS-Ascar, a área colhida no Estado alcançou 91%, estando 9% da área em maturação. Nas áreas em colheita, além das perdas por grãos germinados, mofados e pela debulha natural, que aumentam a cada dia de atraso, os custos têm sido elevados em razão da colheita em solo úmido, levando à utilização parcial dos graneleiros, em função do excesso de peso, para evitar danos na locomoção.A entrega da soja nas unidades de secagem e armazenamento também foi impactada, especialmente nos primeiros dias de retomada da colheita, em razão da alta umidade dos grãos, muitas vezes próxima a 30%. Para a armazenagem adequada, é necessário reduzir a umidade para cerca de 14%, mas a capacidade dos secadores é limitada. As cooperativas com unidades de recebimento nas regiões Central e Campanha têm transportado os grãos para realizar a secagem nas sedes localizadas no Planalto Médio, em decorrência da alta demanda de tempo e lenha para a combustão nos locais de colheita.As perdas nas lavouras colhidas, após o período chuvoso, são elevadas, mas observa-se que naquelas implantadas mais tardiamente, cujo ciclo se encerrou há poucos dias, o índice de grãos avariados ou germinados é menor. A estimativa de produtividade projetada inicialmente era de 3.329 kg/ha, porém deverá variar negativamente, dependendo dos resultados dos levantamentos que estão sendo realizados nas áreas a serem colhidas e perdidas.A operação de colheita do milho avançou 4% em relação à semana anterior, atingindo 92% da área cultivada. As precipitações e umidades elevadas, em grande parte do Estado, atrasaram a operação nas últimas semanas. Contudo, as lavouras por colher (6% em maturação e 2% em enchimento de grãos) passam a apresentar senescência, fungos – com alto risco de desenvolvimento de micotoxinas – e germinação em espiga, o que gera certa urgência pela retirada da cultura do campo. A área de cultivo está estimada em 812.795 hectares, e a produtividade atual em 6.464 kg/ha, podendo haver redução, conforme resultado dos levantamentos de perdas, que estão em andamento.A colheita de milho silagem prosseguiu de forma gradual. Nas regiões mais ao Sul do Estado, houve maior atividade, beneficiada pela diminuição das precipitações, que possibilitou a utilização das lavouras ainda em ponto de ensilagem. Apesar da alta umidade, devido à reduzida exposição ao sol, as plantas apresentaram algumas folhas cloróticas, o que compromete a qualidade do produto a ser armazenado. Observa-se um aumento na senescência das folhas, e estima-se que as atividades de ensilagem sejam concluídas em breve nas últimas áreas cultivadas. A colheita alcançou 98%. A produtividade projetada para a safra permanece em 35.518 kg/ha.A colheita de arroz foi retomada e se aproxima do final, beneficiada pelo clima com poucas chuvas nas regiões Sul, Centro e Oeste do Estado. Estima-se que aproximadamente 95% das lavouras tenham sido colhidas. Contudo, as perdas provocadas pela submersão de cultivos maduros e pelo acamamento de plantas estão consolidadas, levando muitos produtores a abandonarem as áreas remanescentes, devido à inviabilidade técnica e econômica para realizar a operação. Em alguns municípios, os produtores estão concluindo a colheita e aproveitando o tempo mais seco para realizar as atividades de incorporação das restevas e adiantar o preparo dos talhões para a próxima safra.
Apesar do predomínio de dias nublados e de chuvas com menor frequência e intensidade, registradas em períodos anteriores, o excesso de umidade prejudicou a finalização da colheita da soja na metade Norte do Rio Grande do Sul. No entanto, mesmo nas regiões onde as precipitações foram menores, os solos permanecem saturados de umidade, prejudicando a atividade. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira pela Emater/RS-Ascar, a área colhida no Estado alcançou 91%, estando 9% da área em maturação. Nas áreas em colheita, além das perdas por grãos germinados, mofados e pela debulha natural, que aumentam a cada dia de atraso, os custos têm sido elevados em razão da colheita em solo úmido, levando à utilização parcial dos graneleiros, em função do excesso de peso, para evitar danos na locomoção.

A entrega da soja nas unidades de secagem e armazenamento também foi impactada, especialmente nos primeiros dias de retomada da colheita, em razão da alta umidade dos grãos, muitas vezes próxima a 30%. Para a armazenagem adequada, é necessário reduzir a umidade para cerca de 14%, mas a capacidade dos secadores é limitada. As cooperativas com unidades de recebimento nas regiões Central e Campanha têm transportado os grãos para realizar a secagem nas sedes localizadas no Planalto Médio, em decorrência da alta demanda de tempo e lenha para a combustão nos locais de colheita.

As perdas nas lavouras colhidas, após o período chuvoso, são elevadas, mas observa-se que naquelas implantadas mais tardiamente, cujo ciclo se encerrou há poucos dias, o índice de grãos avariados ou germinados é menor. A estimativa de produtividade projetada inicialmente era de 3.329 kg/ha, porém deverá variar negativamente, dependendo dos resultados dos levantamentos que estão sendo realizados nas áreas a serem colhidas e perdidas.

A operação de colheita do milho avançou 4% em relação à semana anterior, atingindo 92% da área cultivada. As precipitações e umidades elevadas, em grande parte do Estado, atrasaram a operação nas últimas semanas. Contudo, as lavouras por colher (6% em maturação e 2% em enchimento de grãos) passam a apresentar senescência, fungos – com alto risco de desenvolvimento de micotoxinas – e germinação em espiga, o que gera certa urgência pela retirada da cultura do campo. A área de cultivo está estimada em 812.795 hectares, e a produtividade atual em 6.464 kg/ha, podendo haver redução, conforme resultado dos levantamentos de perdas, que estão em andamento.

A colheita de milho silagem prosseguiu de forma gradual. Nas regiões mais ao Sul do Estado, houve maior atividade, beneficiada pela diminuição das precipitações, que possibilitou a utilização das lavouras ainda em ponto de ensilagem. Apesar da alta umidade, devido à reduzida exposição ao sol, as plantas apresentaram algumas folhas cloróticas, o que compromete a qualidade do produto a ser armazenado. Observa-se um aumento na senescência das folhas, e estima-se que as atividades de ensilagem sejam concluídas em breve nas últimas áreas cultivadas. A colheita alcançou 98%. A produtividade projetada para a safra permanece em 35.518 kg/ha.

A colheita de arroz foi retomada e se aproxima do final, beneficiada pelo clima com poucas chuvas nas regiões Sul, Centro e Oeste do Estado. Estima-se que aproximadamente 95% das lavouras tenham sido colhidas. Contudo, as perdas provocadas pela submersão de cultivos maduros e pelo acamamento de plantas estão consolidadas, levando muitos produtores a abandonarem as áreas remanescentes, devido à inviabilidade técnica e econômica para realizar a operação. Em alguns municípios, os produtores estão concluindo a colheita e aproveitando o tempo mais seco para realizar as atividades de incorporação das restevas e adiantar o preparo dos talhões para a próxima safra.

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