Exames realizados no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) confirmaram a infecção de duas aves silvestres localizadas em um açude no município de Rio Pardo pelo vírus N5N1, causador de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. A doença foi detectada em duas caraúnas (Plegadis chihi). Esse é o sexto foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul, registrado em aves silvestres e mamíferos aquáticos (leões-marinhos e lobos-marinhos).
A notificação não afeta o status sanitário do Estado e do País, nem impacta o comércio de produtos avícolas, afirma a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação. Também não há risco no consumo de carne e ovos, porque a doença não é transmitida por meio do consumo.
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De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, uma reunião técnica com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e com a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado foi realizada definição da estratégia de atuação.
“As equipes da Secretaria da Agricultura atuarão na vigilância ativa, monitorando inicialmente um raio de cinco quilômetros a partir do foco, a fim de evitar uma possível disseminação da doença e levar orientação aos criadores para manterem cuidados de biossegurança em suas propriedades, especialmente evitando a circulação de aves e, na medida do possível, impedindo ambientes de convívio entre aves silvestres e domésticas”, ressalta Rosane.
Diante da confirmação, A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Organização Avícola do Estado do Rio Grande do Sul (OARS/Asgav/Sipargs) emitiram nota conjunta informando que estão acompanhando as ações de monitoramento e reforçando importância da adoção de medidas de biossegurança recomendadas pelos órgãos oficiais para proteger os plantéis comerciais.
Entre as ações estão revisar as telas, passarinheiras, portões e cumeeiras dos galpões. Proteger fontes, caixas d’água e silos de ração do contato com aves de vida livre também é apontado como importante pela Secretaria de Agricultura, bem como a desinfecção de veículos na entrada e saída dos criatórios e a troca de roupas e calçados para ingressar na unidade produtiva, entre outras medidas.