A Rangel Equipamentos, de Santo Antônio da Patrulha, está trocando de mãos. Rebatizada com o nome de Gadima, ela será o novo braço do Grupo Masal, com sede no mesmo município. Entre a compra e a reestruturação da empresa para voltar a operar, o investimento será de R$ 10 milhões, em um primeiro momento, e marca os 70 anos de atividades da Masal.
A ideia é revitalizar o complexo e retomar a produção de carros-socorro e plataformas de socorro automotivo, além de guindastes florestais. A previsão é de que a empresa deverá entrar em operação já no início de 2024. Pioneira na fabricação de guindastes veiculares, plataformas de auto-socorro, implementos agrícolas, florestais e rodoviários, a Rangel foi fundada em 1977. A empresa está instalada em uma estrutura com mais de 4 mil metros quadrados.
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“A Rangel estava em dificuldades. Estamos fazendo esse movimento pensando em resgatar esse mercado em que a empresa atuava e, na sequência, ampliá-lo”, revela o presidente do Grupo Masal, Claudio Bier.
O dirigente ingressou no segmento em 1983, quando adquiriu a Masal, criada 30 anos antes. Com cerca de 300 funcionários no Rio Grande do Sul, o grupo tem representações em todos os Estados brasileiros e também no Distrito Federal. Ao longo desse período, construiu um pavilhão de 10 mil metros quadrados em Farroupilha, adquiriu a concorrente Fundição Jacuí, de Cachoeira do Sul, e um estaleiro no município de Taquari.
Presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers), Bier projeta um 2024 mais auspicioso para o setor em relação ao ano que está terminando. Apesar do grande volume de chuvas verificado no segundo semestre, o tempo firme dos últimos dias permitiu o avanço na semeadora da soja e do milho.
“Tivemos uma queda de 15% nas vendas sobre os resultados de 2023. O próximo ano será melhor, mas é preciso ficar de olho nos preços das commodities, para avaliar a capitalização dos produtores rurais. Viemos de uma régua muito alta em 2022, quando a comercialização foi bastante grande. Com as eleições, mudança de governo, juros altos e queda nas commodities, o produtor colocou o pé no freio”, finaliza Bier.