As entidades da cadeia produtiva do tabaco foram recebidas nesta terça-feira (20) pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, em Brasília. Na pauta da audiência, marcada pelo deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB), estava a 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP 10), que será realizada no mês de novembro, no Panamá, e retomará a discussão, em âmbito mundial, de novas regras para a produção de tabaco e uma possível exigência de diminuição da área plantada.
O grupo reforçou a importância da fumicultura para a economia do País e a agricultura familiar, entregando um documento com dados sobre o desempenho do setor, e pedindo sensibilidade nas posições a serem adotadas pela delegação oficial brasileira na COP 10. Para Schuch, o governo federal deve levar em conta que a cultura está consolidada, envolve diretamente mais de 128 mil famílias de produtores, gera milhares de empregos e é a base da economia de 488 municípios da Região Sul. A expectativa é de que Alckmin seja o interlocutor da cadeia do tabaco com o governo.
As entidades também manifestaram repúdio à campanha “Plante comida, não plante tabaco” encampada pelo Ministério da Saúde. “Foi uma iniciativa muito infeliz. Não é criminalizando os produtores que vamos combater o tabagismo”, critica Schuch, lembrando que os fumicultores também produzem alimentos, uma vez o tabaco ocupa menos de 25% das propriedades, sendo o restante destinado à diversificação de cultura.


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