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Agro

Feiras

- Publicada em 21 de Março de 2023 às 16:09

Irrigação e proteção à fumicultura pautam abertura da Expoagro

Werner pediu agilidade nos processos de licenciamento para construção de reservatórios de água

Werner pediu agilidade nos processos de licenciamento para construção de reservatórios de água


LULA HELFER/EXPOAGRO AFUBRA/DIVULGAÇÃO/JC
Foi aberta nesta terça-feira (21), em Rio Pardo, a 21ª Expoagro Afubra, em solenidade que reuniu centenas de pessoas em defesa dos assuntos da agricultura familiar. A feira, que segue até sexta-feira no parque de exposições na localidade de Rincão Del Rey, reúne mais de 500 expositores de diferentes setores da atividade agropecuária e tem na inovação e na produção sustentável os pilares para alavancar negócios e fomentar o desenvolvimento das pequenas propriedades rurais.O evento contou com a presença do governador do Estado, Eduardo Leite, acompanhado por grande parte do secretariado, prefeitos da região, deputados estaduais e federais e lideranças do setor agropecuário gaúcho. Foi o palco ideal para lançar luzes sobre as demandas e preocupações dos agricultores. Já no início de sua fala, ao recepcionar o público da mostra, o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, tratou de ressaltar as perdas sofridas pelas atividades agrícola e pecuária por conta da estiagem. E, com isso, renovar o pedido para que as amarras que dificultam a construção de reservatórios de água nas propriedades sejam desfeitas.“A estiagem vem arrasando diferentes culturas, causando prejuízos aos agricultores, ao poder público e aos consumidores. Precisamos acelerar os processos de licenciamento para construção de reservatórios. Já há projetos para barragens em municípios como Sinimbu e Vera Cruz. Nossa região se desenvolve e cresce além da produção rural, também nas áreas urbanas. Mas precisa de água”, disse.O dirigente também pediu apoio em defesa da fumicultura, diante da retomada das discussões em torno da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que determina a adoção de medidas intersetoriais nas áreas de propaganda, publicidade, patrocínio, advertências sanitárias, tabagismo passivo, tratamento de fumantes, comércio ilegal e preços e impostos. Segundo ele, o setor precisa ser visto não como vilão, mas como gerador de recursos sociais, econômicos e ambientais. Desde que começaram as restrições ao fumo, na safra 2004-2005, até hoje, mais 70 mil famílias abandonaram a atividade nos três Estados do Sul. “Defendemos o mercado dos agricultores. Na safra 2004-2005, quando se iniciaram as restrições ao fumo, éramos 198 mil famílias produtoras. Atualmente somos 125 mil famílias. E a área plantada caiu de 439 mil hectares para 246 mil hectares. Nossa preocupação é legítima”, justificou Werner.Em resposta, Eduardo Leite garantiu que a produção da fumicultura encontrará sempre respeito e respaldo do governo gaúcho, por sua importância econômica. “É importante que se valorize o cultivo, que se entenda o impacto que tem. Uma coisa é conscientizar a população sobre os problemas causados por uma série de produtos, não apenas do fumo. Mas condenar a produção, não aceito. O setor da fumicultura pode contar com nosso apoio”, acrescentou.Leite também ressaltou que o governo tem trabalhado para conseguir pagar as obrigações, reorganizar as contas e voltar a ter a capacidade de investimentos, inclusive para irrigação. “Teremos investimentos sem precedentes nesse novo ciclo, direcionados aos produtores rurais. Vamos anunciar um plano de investimentos robustos para viabilizar tudo o que for necessário para a irrigação. E a irrigação precisa também de legislação moderna, com a possibilidade de fazer reserva de água sem causar prejuízos e com melhor convivência com a legislação ambiental”, acrescentou.Ainda durante o evento, o deputado estadual e ex-prefeito de Rio Pardo Edivilson Brum (MDB), representando a Assembleia Legislativa, trouxe à pauta a questão do endividamento dos produtores rurais, com mais uma frustração de safra. “Temos estimadas perdas de pelo menos 30% na soja e 40% no milho. Mas quanto isso representa para as famílias? Estamos renegociando hoje o que foi negociado ontem para poder viabilizar o amanhã. Ao mesmo tempo, a irrigação é necessária, mas talvez inviável, por conta do custo, da topografia do solo, dos recursos hídricos e da legislação ambiental. Esse tema deve ser tratado como plano de governo, com alçada nacional”, enfatizou o parlamentar.
Foi aberta nesta terça-feira (21), em Rio Pardo, a 21ª Expoagro Afubra, em solenidade que reuniu centenas de pessoas em defesa dos assuntos da agricultura familiar. A feira, que segue até sexta-feira no parque de exposições na localidade de Rincão Del Rey, reúne mais de 500 expositores de diferentes setores da atividade agropecuária e tem na inovação e na produção sustentável os pilares para alavancar negócios e fomentar o desenvolvimento das pequenas propriedades rurais.
O evento contou com a presença do governador do Estado, Eduardo Leite, acompanhado por grande parte do secretariado, prefeitos da região, deputados estaduais e federais e lideranças do setor agropecuário gaúcho. Foi o palco ideal para lançar luzes sobre as demandas e preocupações dos agricultores. Já no início de sua fala, ao recepcionar o público da mostra, o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, tratou de ressaltar as perdas sofridas pelas atividades agrícola e pecuária por conta da estiagem. E, com isso, renovar o pedido para que as amarras que dificultam a construção de reservatórios de água nas propriedades sejam desfeitas.
“A estiagem vem arrasando diferentes culturas, causando prejuízos aos agricultores, ao poder público e aos consumidores. Precisamos acelerar os processos de licenciamento para construção de reservatórios. Já há projetos para barragens em municípios como Sinimbu e Vera Cruz. Nossa região se desenvolve e cresce além da produção rural, também nas áreas urbanas. Mas precisa de água”, disse.
O dirigente também pediu apoio em defesa da fumicultura, diante da retomada das discussões em torno da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que determina a adoção de medidas intersetoriais nas áreas de propaganda, publicidade, patrocínio, advertências sanitárias, tabagismo passivo, tratamento de fumantes, comércio ilegal e preços e impostos. Segundo ele, o setor precisa ser visto não como vilão, mas como gerador de recursos sociais, econômicos e ambientais.
Desde que começaram as restrições ao fumo, na safra 2004-2005, até hoje, mais 70 mil famílias abandonaram a atividade nos três Estados do Sul.
“Defendemos o mercado dos agricultores. Na safra 2004-2005, quando se iniciaram as restrições ao fumo, éramos 198 mil famílias produtoras. Atualmente somos 125 mil famílias. E a área plantada caiu de 439 mil hectares para 246 mil hectares. Nossa preocupação é legítima”, justificou Werner.
Em resposta, Eduardo Leite garantiu que a produção da fumicultura encontrará sempre respeito e respaldo do governo gaúcho, por sua importância econômica.
“É importante que se valorize o cultivo, que se entenda o impacto que tem. Uma coisa é conscientizar a população sobre os problemas causados por uma série de produtos, não apenas do fumo. Mas condenar a produção, não aceito. O setor da fumicultura pode contar com nosso apoio”, acrescentou.
Leite também ressaltou que o governo tem trabalhado para conseguir pagar as obrigações, reorganizar as contas e voltar a ter a capacidade de investimentos, inclusive para irrigação. “Teremos investimentos sem precedentes nesse novo ciclo, direcionados aos produtores rurais. Vamos anunciar um plano de investimentos robustos para viabilizar tudo o que for necessário para a irrigação. E a irrigação precisa também de legislação moderna, com a possibilidade de fazer reserva de água sem causar prejuízos e com melhor convivência com a legislação ambiental”, acrescentou.
Ainda durante o evento, o deputado estadual e ex-prefeito de Rio Pardo Edivilson Brum (MDB), representando a Assembleia Legislativa, trouxe à pauta a questão do endividamento dos produtores rurais, com mais uma frustração de safra.
“Temos estimadas perdas de pelo menos 30% na soja e 40% no milho. Mas quanto isso representa para as famílias? Estamos renegociando hoje o que foi negociado ontem para poder viabilizar o amanhã. Ao mesmo tempo, a irrigação é necessária, mas talvez inviável, por conta do custo, da topografia do solo, dos recursos hídricos e da legislação ambiental. Esse tema deve ser tratado como plano de governo, com alçada nacional”, enfatizou o parlamentar.
Schuch pediu apoio para debater a reforma tributária
Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, o deputado federal Heitor Schuch (PSB) exaltou a atividade desenvolvida nas pequenas propriedades rurais e fez uma provocação sobre um tema que ganhou destaque nas últimas semanas:
“No Rio Grande do Sul, a cada 100 famílias de agricultores, 84 têm menos de 50 hectares de terra. E nessas propriedades não tem trabalho infantil nem trabalho análogo à escravidão”.
Schuch, que pretende levar a discussão sobre a Convenção-Quadro para o Congresso Nacional, apontou para a necessidade da reforma tributária.
“Quero desafiar os prefeitos e prefeitas para que se integrem nas discussões da reforma tributária no Congresso Nacional. O mel de abelha paga imposto, mas o avião está isento, isso não está certo e deve ser consertado”.
O parlamentar pediu ainda a redução das taxas de juros para o crédito rural para que o produtor possa transformar sua atividade em qualidade e preço competitivo.