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Comércio exterior

- Publicada em 15 de Dezembro de 2022 às 16:58

Exportações de frango batem recorde e vão a 4,8 milhões de toneladas

Santin atribui o desempenho alcançado ao profissionalismo do setor

Santin atribui o desempenho alcançado ao profissionalismo do setor


© Mario Castello
Claudio Medaglia
As indústrias brasileiras de carne de frango encerrarão o ano comemorando o alcance de uma exportação recorde de 4,8 milhões de toneladas e projetando um 2023 ainda melhor. A análise foi feita pelo presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, em coletiva à imprensa nesta quinta-feira (15).
As indústrias brasileiras de carne de frango encerrarão o ano comemorando o alcance de uma exportação recorde de 4,8 milhões de toneladas e projetando um 2023 ainda melhor. A análise foi feita pelo presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, em coletiva à imprensa nesta quinta-feira (15).
O desempenho positivo, com 5,6% de aumento na produção e de 29,3% no faturamento, se deve à combinação dos efeitos da guerra na Ucrânia e a redução de oferta de insumos para a alimentação animal, levando à diminuição da produção global, com o impacto da incidência de focos de influenza aviária em diversos países desde o início do ano. Conforme o dirigente, esse combo abriu oportunidades para que o Brasil, livre da doença e com milho suficiente para as aves, abastecesse novos mercados pelo mundo.
“Já projetávamos um crescimento neste ano, mas não nesse patamar. Porém, o País só teve condições de conquistar esse espaço no trade global devido ao profissionalismo do setor, que nunca enfrentou surtos de influenza e, caso ocorra, está preparado para lidar com a situação sem perder seu status sanitário. Aliás, a produção mundial de carne de frango (100 milhões de toneladas em 2022) deverá superar a de suínos dentro de cinco anos (110 milhões de toneladas)”, disse o dirigente.
Santin reforçou por diversas vezes que o eventual aparecimento da doença em aves que não sejam de produção não impacta sobre as exportações. Salientou, ainda, que todos os protocolos de biossegurança nas plantas produtoras e abatedoras foram atualizados, assim como o treinamento dos profissionais que atuam diretamente nesses espaços e a interface com os órgãos públicos.
Para 2023, a expectativa é de um aumento de 2% na produção e de 8,5% nos embarques ao mercado externo, batendo na casa das 5,2 milhões de toneladas, um novo recorde.
Já em relação à carne suína, que teve queda de 2,8% no volume de embarques neste ano e de 5,3% na receita, a ABPA vê um cenário bastante promissor a partir de janeiro. A abertura de relações comerciais com o Canadá e, principalmente, com o México, pode levar a um crescimento de até 12% nas exportações, ou 1,2 milhão de toneladas a mais em relação a 2022.
Além disso, o início do relaxamento das políticas de enfrentamento à Covid-19 na China, com a retomada dos food services, a liberação de viagens domésticas e o Festival da Primavera, que se inicia em 22 de janeiro, deve fazer crescer a demanda pelo produto. E, como os preços estão altos naquele país, a tendência é de aquecimento das importações como mecanismo de regulação. “Apesar dos custos elevados com ração e energia no Brasil, esses mesmos parâmetros estão ainda mais altos em outros países, revigorando a competitividade nacional e viabilizando negócios. O panorama é positivo”, afirmou Ricardo Santin.
A indústria de ovos, que reduziu os plantéis de matrizes no início do ano para enxugar custos, registrou queda de 5% na produção em 2022, de 54,9 bilhões de unidades no ano passado para 52 bilhões, e deve minguar a 51 bilhões em 2023. Apesar disso, as exportações tiveram alta de 2,1% em volume e de 50,2% em faturamento. Para o ano que vem, a ABPA projeta uma elevação de até 10% nas vendas externas no ano que vem, com 11 milhões de toneladas, quase alcançando os patamares de 2021.
Ricardo Santin avalia que a forte presença do Brasil como exportador dessas proteínas, a tendência é de que o mercado interno consuma mais desses produtos. “Temos oferta, mesmo com exportações em alta. O que vai acontecer é a manutenção dos preços nessa nova realidade, sem perspectiva de queda, porque o preço elevado do milho e do farelo de soja seguirá pressionando o produtor, levando a um inevitável repasse aos demais elos da cadeia”, completou o dirigente.
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